domingo, 22 de junho de 2014

The New 52: Futures End #5

Mr. Terrific revela ao mundo (em um evento no estilo "lançamento de iPhone") sua mais nova invenção, a "Esfera U", um dispositivo capaz de armazenar toda as memórias e a praticamente a vida do usuário e muito mais. Grifter está paralisado do pescoço para baixo e é levado a ilha Cadmus por King Faraday. Na ilha vemos Fury de Terra-2 em ação contra alguns O.M.A.C. e somos apresentados a uma nova personagem, uma garotinha ainda sem nome. Após semanas dentro da Matriz Nuclear, Ronnie Raymond liberta Jason Rusch. Jason decide que não quer mais ser Nuclear. É o fim da dupla adolescente. Ainda temos Constantine investigando estranhos sinais em um milharal no meio do Kansas.
A equipe de autores nesta edição faz um bom trabalho acresecentando uma boa dose de suspense e dinamismo nas cenas com Terrific e finalmente volta ao tema de Nuclear colocando as duas metades do herói em conflito. O discurso de Terrific é muito legal, lembrando bastante o hype e a sensação meio "over the top" no lançamento dos produtos Apple e similares. Já as cenas com Grifter e King Faraday estou achando bem confusas e sem graça. Constantine tem uma pequena aparição meio que introdutória que pode ou não ter algumas referência a Brainiac ou Shade. De qualquer forma a cena não tem muito impacto ainda no escopo geral da trama.
A arte de Jesus Merino é bem irregular. O desenhista faz alguns quadros interessantes, principalmente nas cenas com Nuclear e Constantine, mas no resto da HQ o leitor sente o esforço que o artista faz para caracterizar o resto deste elenco. Por isso não posso dizer que esta arte aqui me deixou totalmente satisfeito. Infelizmente a falta de uniformidade nos desenhos é o preço que a DC Comics vai pagar por um título semanal com múltiplos artistas e prazos tão curtos para os profissionais envolvidos.
Future's End 5 é uma edição razoável. A história avança bastante e os protagonistas sofrem transformações, mas o foco ainda é totalmente voltado para personagens sem muita expressão no Universo DC (encaixaram até uns OMAC nesta edição). Isso acaba se mostrando cada vez menos natural. Sinto que os autores são forçados a contar esta história sob o ponto de vista de protagonistas secundários com o intuito de deixá-los mais em evidência. É um esforço louvável sim, mas quando você pega uma saga da DC pra ler você inevitavelmente vai se perguntar sobre os grandes ícones da editora e isso não é tratado ainda e nem sei se será tratado em edições futuras.  

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