Já começo dizendo que a edição é foda. Pronto. Com isso fora do caminho posso começar. A Liga é transportada para o Planeta Rann e continua tentando enfrentar a criatura transmorfa da edição passada e recebe uma ajudinha de Kara Zor-El, Supergirl. Lá eles conhecem Sardath, o chefe dos cientistas de Rann que explica sobre o projeto ultra e que o vilão Byth corrompeu suas pesquisas na Terra e no resto da galáxia. Enquanto isso em Thalsalla, uma Lua próxima a Thanagar a porrada estanca feio entre Lobo e Gavião Negro. Byth está prestes a concluir seu objetivo que é dar vida a uma criança chamada Ultra, que tem o DNA combinado de várias criaturas de toda a galáxia.

Jeff Lemire consegue a proeza de fazer uma edição com a dose exata de explanação e ação. O leitor dessa forma não fica nem boiando e nem entediado com muita falação. As vantagens de um argumento mais simples são que em duas ou no máximo três páginas o roteirista consegue passar a idéia principal do título e quais as motivações de cada membro do elenco. Os diálogos continuam muito bem feitos e os personagens tem voz própria. Você consegue identificar cada um deles pelo jeito como as falas são escritas e isso mostra o talento do autor em manejar um time grande sem deixar as falas genéricas. O ritmo aqui é bem acelerado. A Liga enfrenta uma ameaça e já parte pra outra. Existe um clima de urgência muito bem vindo neste grupo e apesar de existirem alguns conflitos de personalidade eles ficam ainda em segundo plano frente a ameaça a ser combatida. A entrada de Supergirl no time é feita de maneira ridiculamente simples e eficiente. Tipo: "Ah, eu estava passando por aqui e vi que vocês estavam com problemas e vim ajudar". Ótimo. Pra mim não precisa de mais explicação que isso. Ela é a Supergirl. Ela tem super audição e bastante tempo livre pra ajudar os coleguinhas. Então deixa ela entrar no grupo.
A arte de Mike McKone dispensa comentários. Ótima caracterização, tomadas lindas nas cenas de ação e principalmente na luta entre o Gavião Negro e Lobo, cenários fantásticos e um enorme capricho com todas as páginas. O estilo da arte aqui é bem reto e limpo, voltado totalmente pra ação. Desenhos perfeitos pra uma HQ de super-heróis. Eu sei que muita gente detesta essa encarnação do Lobo (#TAMOJUNTO!), mas, todavia e entretanto se você fingir que aquele não é O Maioral as cenas dele com o Gavião Negro aqui são muito, muito fodas. Leia e diga que não são.
Justice League United 2 tem tudo que um fã de quadrinhos clássicos quer ler: Ação com boa dose de ficção, mas sem uma premissa muito complicada, um elenco forte e com bastante personalidade e uma arte muito consistente. Ótima leitura.
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