
Jason Aaron novamente alterna entre passagens mais sérias e diálogos com esquisitices engraçadas (a cena inicial de Orb contando seus sonhos é bem legal). A história diminui um pouco o ritmo e os personagens que estavam investigando os assassinatos (excluindo o grupo do Cavaleiro da Lua) praticamente não fazem nada além de constatações meio óbvias. De qualquer maneira lendo atentamente o leitor pode sim já ter uma idéia do rumo da história daqui pra frente.
A arte de Mike Deodato é o destaque nesta edição. O desenhista tem oportunidade novamente de mostrar toda sua versatilidade com um elenco numeroso, variado e em cenários bem diferentes uns dos outros. O enquadramento (com espaços quadrados em branco em várias páginas) cria uma sensação estranha de um quebra-cabeças faltando peças que lentamente vai sendo preenchido. É uma sacada sutil e bem pensada do artista que em uma edição mais paradona consegue manter um certo dinamismo na parte gráfica.
Original Sin aparentemente é uma edição bem inerte. Tirando o mega cliffhanger das últimas páginas nada de muito importante aparentemente acontece. APARENTEMENTE. Mas se você ler atentamente esta edição talvez já consiga desvendar alguns dos mistérios da saga. Pode parecer que Jason Aaron te enrolou durante as 25 páginas deste número 3, mas leia de novo e talvez você possa ser surpreendido. Só vou dizer isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário