
Peter David explora bastante a personalidade e valores dos protagonistas nesta edição.Novamente o autor brinca com a idéia dos dois lados da moeda sempre dando uma perpectiva diferente sobre as velhas noções de "mocinho" e "vilão" tão engessadas nos quadrinhos hoje em dia. Ao mostrar todas as versões da história o roteirista desvilaniza o antagonista e coloca o X-Factor em uma situação bem delicada e interessante no fim deste número. Os diálogos e pequenas subtramas entre os membros do time estão presentes e dão algumas dicas dos acontecimentos nas próximas edições. Bem divertido ler X-Factor. Quem leu o volume anterior da HQ do grupo vai se sentir bem familiarizado com a cadência e o tratamente dado a cada um dos membros desse elenco. Chegamos a um ponto em que praticamente todos os protagonistas já tem uma tridimensionalidade bem evidente. Isso pra mim é o ponto forte da revista, muito mais do que a trama em si.
A arte de Carmine Di Giandomenico... A arte de carmine di Giandomenico... Bom, o que falar? Tenho que engolir essa arte meio Aeon Flux mesmo. Não tenho nenhum apreço pelo trabalho do desenhista, mas reconheço que ele é um artista competente apesar de não me agradar nem um pouco neste título.
All-New X-Factor continua sendo uma ótima alternativa mensal pra você que está de saco cheio dos títulos de equipes sem alma que proliferam no quadrinhos hoje em dia. Apesar da arte não me agradar a história é de extremo bom gosto, os diálogos e o elenco são muito bons e a cada nova edição você é meio que surpreendido pelas escolhas narrativas do autor. Ótima leitura.
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