domingo, 22 de junho de 2014

Batman Eternal (2014-) #8

Acabou o amor entre o Departamento de polícia de Gotham City e o Cavaleiro das trevas. O comissário Jack Forbes deixa isso bem claro para o Morcegão nesta edição de Batman Eternal. Batman agora é um criminoso procurado e ninguém tem intenção de prendê-lo vivo. Stephanie Brown se vê na mesma situação. Ela é alvo de seu pai e mãe que a querem morta a qualquer custo. Para descobrir os planos de Carmine Falcone Batman parte para Hong Kong no final desta edição.
Este número oito da saga semanal do elenco de Gotham é bem movimentado. Além das cenas com Batman imprensando os capangas de Falcone contra os becos e de Stephanie fugindo de um atentado ainda temos cenas entre o detetive Bard que se aproxima perigosamente de Vicky Vale e se mostra o único aliado do Cavaleiro das trevas na polícia. John Layman, Scott Snyder e James Tynion IV fazem um trabalho narrativo bem legal nesta edição. Assim como um bom seriado semanal a presença de várias linhas narrativas distintas fazem desta HQ uma diversão muito interessante. Em momento algum o leitor fica cansado desta ou daquela trama pois tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. É claro que por este mesmo motivo algumas histórias (a prisão de James Gordon por exemplo) podem ficar paradas por muito tempo, mas estou me divertindo com a guerra de facções criminosas em Gotham e Batman contra a polícia sempre é bacana de ler.
A arte de Guillem March é que infelizmente não atende a qualidade do material escrito. Este título se beneficiaria demais com um artista mais consistente. As cenas urbanas são muito pobres e sem impacto, os personagens são mal caracterizados e a arte toda é meio desmilinguida. Não existe uma página realmente memorável neste número. E acho que pelo que acontece, principalmente na cena entre o comissário Forbes e Batman a HQ merecia um tratamento melhor.
Batman Eternal 8 é uma edição bem agitada e divertida. A situação em Gotham foge totalmente do controle de Batman (que é o protagonista aqui) e o obriga a viajar até outro país para descobrir um pouco mais sobre o retorno de Carmine Falcone. Stephane Brown vive momentos de desespero e todas as tramas caminham para alguma espécie de clímax grandioso. A arte é ruim, no entanto não o suficiente pra estragar a leitura.

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