
Mark Waid reintroduz o anti-herói Shroud (esqueci como traduzem isso no Brasil, desculpem) como o antagonista aqui. Resumidamente Max Cooleridge é um herói totalmente desequilibrado que faz justiça com as próprias mãos e não tem o menor senso de higiene pessoal. Assim como o Demolidor, Shroud também é cego, é treinado em diversas artes marciais e tem habilidade sobre uma dimensão sombria podendo invocar as trevas para se esconder a qualquer momento.
Shroud ao saber da presença do Demolidor em seu território e ciente de sua identidade agora pública vai tomar satisfações com o Demônio.
Novamente Mark Waid e Chris Samnee se mostram a dupla de autores mais entrosada da Marvel atualmente. O argumento simples e casual, os diálogos e voice boxes muito fluídos e bem escritos e a arte simples, clara e linda fazem deste número uma leitura extremamente prazeroza e obrigatória pra fãs do personagem. É o bom e velho Matt do Waid tentando conciliar uma nova vida pessoal em uma nova cidade cheia de perigos enquanto tenta não ser sugado pela persona do Demolidor.
Chris Samnee rapidamente se tornou um especialista em cenas de luta corpo a corpo. O Demolidor contra Shroud aqui é mais uma prova de como nestas cenas é muito mais válido uma arte que deixe claro quem está fazendo o que do que uma mega splash page tota cheia de onomatopéias confusas. Os quadros são todos retinhos e a arte é explicitamente clara. O design dos personagens de Samnee nunca esteve tão bonito e personalizado. É aquele tipo de arte que você quer em todas as HQs que está lendo.
Dardevil 2 é empolgante, é divertida, é extreamemente simples de ler e ainda assim é um direcionamento totalmente original pra um personagem que já tem mais de 50 anos de existência. O Demolidor é um personagem vulnerável e superar esta vulnerabilidade foi sempre o que me cativou neste título. Waid nos trás um Demolidor vulnerável, mas sem dramas. É um trabalho extremamente difícil de realizar e para os fãs uma leitura deliciosa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário