A Terra não existe. Os mutantes e poucos humanos que restaram vivem no Planeta X, que é governado por Eimin e o conselho X formado por Scott Summers, Jean Grey, Cable, Tempestade, Psylocke, Magneto e Mercúrio. Alex Summers e o que restou dos Fabulosos Vingadores (Vespa e Fera) conseguem destruir a barragem de táquions, dispositivo que impedia as viagens no tempo. Agora eles recebem ajuda de Thor, Kang e seus "Chrono Corps", uma equipe bem interessante de personagens de várias linhas temporais composta por Conflyto, May Parker (como Mulher-Aranha), Ahab, Destino 2099, Magistrada Braddock, Abominável Deathlok e Arno Stark.O plano de Kang é resgatar Wolverine e Solaris que são prisioneiros do conselho X e transferir suas mentes de volta ao passado antes da Terra ser destruída.

É tudo bem complicado mesmo. Essa parece ser a intenção de Rick Remender desde o início deste arco. Quanto mais esforço você fizer pra entender a trama melhor pelo visto. Eu não sei quem é essa Jean aí. Não sei como diabos Alex Summres teve uma filha com Vespa e não tenho como explicar quase nada dessa história aqui. No geral temos boas cenas de ação e combate entre um elenco bem interessante. Remender sempre que possível coloca personagens relacionados se enfrentado (nesta edição Betsy Braddocks se enfrentam psiônicamente). O problema é que o pano de fundo não tem relevância. A Terra não foi destruída no Universo Marvel, o Capitão América e Vampira não morreram, só neste título aqui. Por isso não dá pra levar muito a sério nada disso aqui.Os diálogos são muito frios. Ao que parece não existe linguagem coloquial na Terra X. Todos os personagens falam EXATAMENTE do mesmo modo extremamente polido e você não consegue diferenciar as falas entre si. Isso é grave em uma HQ com muitos personagens. O único personagem que parece ter algum modo específico de se expressar é Thor, que fala um inglês ainda mais polido que o resto do elenco de Uncanny Avengers. Palmas pra ele.
A arte de Daniel Acuna não me agrada. O design dos personagens é até legal, mas o traço simplificado e meio cru do artista realmente não tem nada a ver com um título como esse. Essa revista pedia um traço mais clássico de quadrinhos. Estou meio cansado de me repetir, mas a verdade é que o artista é muito mal encaixado aqui. Ele até se esforça, mas a arte dá um visual pobre e mundano a situções que pedem por uma abordagem mais fantástica e grandiosa.
Não recomendo Uncanny Avenger atualmente. A complicação e furos narrativos infecta este título desde a décima sexta edição, mas como o arco finalmente parece estar chegando ao fim faço um esforço e continuo lendo. No entanto tenho que deixar claro que estou lendo isso aqui mais por teimosia do que por prazer.