segunda-feira, 30 de junho de 2014

Moon Knight (2014-) #3

Em Moon Knight 3 Marc Spector enfrenta uma gangue de arruaceiros fantasmas. É isso mesmo. O Cavaleiro da Lua dá porrada em fantasmas aqui. É isso.
Eu nem preciso escrever muito sobre esta edição e pra falar a verdade nem sobre esse título. O roteiro em formato de história curta e fechada é simples e perfeito.Warren Ellis domina este tipo de conto e parece que estava guardando um monte de histórias curtinhas e geniais como essas esperando uma oportunidade de usá-las em algum personagem obscuro. Felizmente Marc Spector por sua natureza sobrenatural e esquizofrênica é o protagonista ideal pra esse tipo de história. Não tem quase nada de diálogo e a história é tão bem feita que em 3 minutos de leitura você já acabou e quer mais.
A arte de Declan Shalvey com colorização de Jorde Ballaire é uma síntese do noir e do horripilante e é uma grosseria melancólica (Eu não sei de onde eu tirei esse termo, mas foi a melhor maneira que achei pra descrever essa arte). Parece que você está lendo um story board de alguma coisa do Ti West. Todos os quadros tem muito impacto e são fabulosos na sua simplicidade. Não dá pra imaginar outro tipo de arte pra essas histórias.
Seguinte: Cala a boca e compra logo essa porra! Aliás você pode pegar esta edição 3 e depois ler a 1 ou 2. Não importa a ordem. Realmente o formato deste título é tão genial que o leitor não precisa saber praticamente nada e pegar qualquer edição de Moon Knight e se divertir. Sem sacanagem, já cansei de dar motivo pra vocês pegarem este título. Isso aqui já é um novo clássico da biblioteca Marvel e acho muito difícil alguém me convencer do contrário.

Hulk (2014-) #3

A edição passada foi um baque e uma decepção imensa pra mim e talvez alguns fãs do Hulk. Apesar de adorar o trabalho do roteirista em outras franquias, o jeito como Bruce Banner foi retratado ali me desestimulou bastante a continuar lendo o material do Mark Waid. Por pura teimosia comprei Hulk 3 no dia de seu lançamento e deixei guardada até minha raiva e desolação darem uma esfriada. Recentemente peguei pra ler esta edição e tive uma grata surpresa: Bruce Banner não virou um retardado completo.
A história continua do ponto em que a edição anterior nos deixou: Maria Hill cercada por atacantes misteriosos, Abominável caindo na mão com o Verdão e temos mais algumas informações sobre quem está por trás dos ataques a Banner. Nesta edição o Hulk recebe ajuda dos Vingadores para conter o Abominável, que teve seus poderes modificados para emitir doses de radiação letais. Descobrimos que toda a vez que Banner se torna o Hulk o fator de cura do monstro tentar regenerar o tecido cerebral que sofreu danos por causa do tiro na cabeça que ele recebeu. Com isso o cérebro de Banner corre sério risco de se regenerar de maneira errada e comprometer suas capacidades cognitivas. Vemos aqui um Banner que altera entre seu habitual brilhantismo, a burrice da edição anterior e a loucura total. E isso é muito legal. No final o protagonista põe em risco sua própria sanidade para ajudar seus amigos Vingadores. Uma premissa muito legal e uma idéia que eu não esperava. Ponto para o Waid e finalmente depois de muitas edições consegui me divertir e vibrar com alguma coisa do Hulk.
Os desenhos de Mark Bagley vão de regulares a bons nesta edição. Sem dúvida as cenas de ação entre o Hulk e o Abominável são as melhores. A página final também é uma amostra de como o desenhista pode caprichar quando quer. No entanto em cenas com personagens sem máscaras ou com expressões mais humanas o traço do artista ainda é muito genérico e sem sal. De qualquer maneira a HQ não é prejudicada nem um pouco pela arte de Bagley.
Hulk 3 é um triunfo de Mark Waid. O autor conseguiu levar Bruce Banner ao limite de sua sanidade através de uma construção paciente e bem planejada e de uma premissa que chegou a me enganar por um momento. O tema do dano cerebral físico é uma coisa que nunca foi usada neste personagem. A maneira como o protagonista é posto contra a parede e é obrigado a abdicar de sua integridade pelo bem estar de outras pessoas é uma das características primordiais de Bruce Banner. Hulk 3 é uma leitura movimentada, bem escrita e recupera aquele clima de imprevisibilidade que no fundo é o que me fez um apaixonado pelo personagem até hoje.  

domingo, 29 de junho de 2014

Aquaman (2011-) #27

Aquaman versus o Karanqan, uma criatura tão esquisita e imensa que faz o Kraken de Fúria de Titãs  parecer uma maquete de feira de ciências. Sacanagem... Eles são basicamente do mesmo tamanho (um pouquinho maiores que a bunda da J-Lo). Tá bom! Tá bom! Foi a última piada.
Voltando a HQ Arthur está na Islândia e tenta se conectar mentalmente com a criatura sem sucesso, enquanto isso na base Triton o Sr. Blythe auxiliado pelo Doutor Chin tentam de alguma maneira obter uma amostra de tecido do monstro.
Jeff Parker escreve um roteiro bem simples, consistente e objetivo. No entanto se você estiver interessado em alguma coisa mais profunda ou com uma trama mais elaborada esqueça isso aqui. Temos um flashback de infância de Arthur quando ele perde a consciência e até alguns flashes revelando a história por trás do Karaqan, mas é só isso. 90% da HQ consiste em Aquaman sendo heróico e tentando parar o Karaqan enquanto o monstro destrói a costa da Escandinávia. Bastante ação e um roteiro com dois núcleos narrativos sem muito rodeio, mas nada espetacular ou imperdível.
A arte é uma colaboração entre Netho Diaz e Paul Pelletier e é muito bem feita. Tanto as cenas de batalha na Islândia quanto as cenas submarinas são bem caprichadas e, apesar de haver uma clara diferença entre os estilos dos dois desenhistas a arte não sofre de quebra de ritmo nem incosistência aqui.
Aquaman 27 não é uma edição imperdível.a série também não é nenhuma abominação atualmente. Temos histórias medianas que não chegam a entediar, mas também não empolgam. Vale a compra para os fãs do personagem ou para quem já estava acompanhando desde a saída de Geoff Johns do título. 

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Iron Man (2012-) #21

Abigail "Red Peril" Burns investiga Troy, a cidade dos irmãos Stark e temos uma bela reunião entre 3 portadores dos anéis do Mandarin. Enquanto isso Tony e Arno Stark tentam descobrir quem é o portador do anel Remaker.
Kieron Gillen escreve uma edição razoável, com boas doses de ação e uma ótima interação novamente entre os irmãos Stark. Arno é um personagem adorável e a dinâmica e o bromance entre ele e Tony é comovente. Os inimigos aqui também tem grande espaço para aparecerem e a tridimensionalidade que o autor consegue alcançar com Red Peril deixa a leitura bem interessante. A personagem acaba sendo uma relutante aliada de Tony contra os outros portadores dos anéis. Isso dá um tom mais humano a esta leitura. Ainda nesta edição, sob o olhar de Abigail, vemos um pouco da infra-estrutura da cidade Troy e qual a filosofia por trás da metrópole sustentável concebida pelos irmãos Stark.
A arte de Joe Bennet aqui também não tem nada demais. Quadros bem simples e sem impacto, uma colorização genérica e cenas de ação de regulares a boas. Nada muito empolgante.
Iron Man 21 é uma revista razoável. Este arco não chega a me desagradar, mas também não empolga e nem é um ponto de partida muito interessante para novos leitores. Para quem já vem lendo este número diverte, mas não tem nada de muito especial aqui.

Green Lantern (2011-) #29

Saint Walker continua vagando sem esperança pelo Planeta Mogo, mas por Mogo também perambula o transmorfo responsável pela guerra contra a Tropa dos Lanternas. Ao contrário do que sugere a capa esta edição não é focada no ex-Lanterna Azul.
Por um acerto entre Guy Gardner e a Tropa dos Lanternas Verdes a Terra está sob a proteção dos Lanternas Vermelhos (coitados de nós). Com isto Hal Jordan vem até o nosso planeta se despedir de seu irmão e sobrinhos e deixar o Planeta sob responsabilidade de Simon Baz (o único Lanterna Verde que foi permitido ficar neste setor espacial). Hal retorna a Mogo e planeja a sua retaliação contra os Kund, os responsáveis pela revolta contra a Tropa. Mas não é só planejamento! Ainda nesta edição vemos a Tropa dos Lanternas em ação levando a luta até o planeta Gwottle e dando uma em dura uma fábrica de drenos de luz.
Uma edição bem interessante onde vemos novamente como Robert Venditti sutilmente transforma o protagonista historicamente egoista em um líder para toda a Tropa. As cenas em que Hal pede ajuda a Killowog, Salaak e a Lanterna 26 são muito bem escritas e definem bem o trabalho do autor em Green Lantern. Não tem nada de especial no que o roteirista escreve, no entanto é um direcionamento um pouco duiferente da era Geoff Johns e as histórias tem a consistência necessária pra manter os leitores entretidos.
A arte aqui é uma colaboração muito boa entre Martin Coccolo e Billy Tan. Com menos páginas para desenhar Tan consegue um resultado bem melhor do que vinha fazendo nas últimas edições. A arte de Coccolo é muito boa e nas cenas de ação o artista se destaca sendo superior ao artista regular do título.
Green Lantern 29 mantém o bom nível de histórias que vem desde as últimas 3 edições. Não é uma HQ imperdível, assim como as outras, mas para quem está interessado no universo dos Lanternas Verdes ou é fã do personagem é uma boa leitura.

Avengers World (2014-) #3

Eu sou meio burro, confesso. Então nas duas primeiras edições de Avengers World tive um pouco de dificuldade pra entender o que Nick Spencer e Jonathan Hickman pretendiam com este título. Pra mim era mais uma tentativa do tipo "Avengers Assemble" de histórias paralelas com os mesmos personagens de Avengers. Nesta terceira edição finalmente entendi que o objetivo dos autores é fazer o que Hickman não tem feito em Avengers. Ou seja, explorar a personalidade e dar voz ao time que forma o grande elenco dos Vingadores atualmente. Por exemplo, nesta fantástica terceira edição os roteiristas dedicam 20 páginas exclusivamente a Shang-Chi, mas não usam este espaço para flashbacks ou para relembrar a origem do personagem. São vinte páginas de ação intensa somente com este personagem. Aqui o leitor entra na pele do Mestre do Kung-Fu de fato e experimenta em primeira pessoa um combate mortal e lindo com um dos vilões mais casca-grossas do Universo Marvel atualmente, o maldito Gorgon. Com narração em primeira pessoa os autores dão o tom filosófico e meio zen que já é carcaterístico das aventuras de Shang-Chi e inserem o herói no contexto geral da subtrama da série em Madripor. A porrada estanca bonito durante toda esta edição e a leitura passa voando.
A arte de Stefano Caselli é SENSACIONAL. Gorgon já é um velho conhecido do desenhista desde a época de Guerreiros Secretos e aqui o artista desenha uma das melhores cenas de ação de sua carreira. A luta é violenta, linda e épica. O cuidado com a movimentação de cada um dos adversários é impressionante e a HQ toda tem um aspecto visual impressionante.
Avengers World 3 mostrou qual é o propósito do título. Pelo visto teremos grupos narrativos distintos e histórias propícias a exploração e desenvolvimento dos personagens. Nada pode ser mais bem vindo tendo em vista que no título principal dos Vingadores isso não ocorre. Esta edição é pura ação. Cenas empolgantes, um antagonista cascudo e uma arte incrível. Ótima leitura.

Batman Eternal (2014-) #10

Nesta edição descobrimos porque Carmine Falcone odeia tanto a Mulher-Gato em um rápido flashback. Em seguida vemos a ladra sendo capturada pelo mafioso e os dois finalmente acabam nas mãos do Doutor Pyg que pretende conduzir uma de suas experiências grotescas com os dois criminosos. Batman recém chegado da China parte para o resgate novamente. Ainda aqui o Morcegão tem tempo de levar a filha de Alfred, Júlia para se recuperar de graves ferimentos na Mansão Wayne e ainda bater um papo com Jason Todd pedindo ao jovem que vá atrás de Barbara Gordon na América do Sul. Ah, e ainda tem um pouquinho mais de Stephanie Brown, que agora mora na biblioteca pública de Gotham.
A equipe de roteiristas (John Laymen, Scott Snyder e James Tynion IV) está trabalhando a todo gás nesta semanal. Os diálogos são curtos e objetivos e a HQ é recheada de ação e suspense.
A arte aqui é de Riccardo Burchielli e não gostei muito do trabalho gráfico. O cara alterna entre quadros medianos e uns muito ruins. A cena de Batman chegando para resgatar a Mulher-Gatos é uma full page com uns erros grosseiros de anatomia e chega a ser engraçada ao invés de impactante. Nas outras cenas o desenhista apenas faz o feijão-com-arroz e não tem uma performance muito bem sucedida nesta edição.
Batman Eternal 10 consegue divertir e instigar mesmo com uma arte muito ruim. As subtramas que pareciam isoladas vão pouco a pouco convergindo e o leitor tem um panorama bem interessante sobre o niverso do Cavaleiro das Trevas e seu futuro daqui pra frente. Uma leitura rápida, dinâmica e bastante interessante pra quem curte as tramas criminais em Gotham.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Deadly Hands of Kung Fu #1

"Deadly Hands of Kung Fu" é uma mini série em quatro partes estrelada pelo personagem Shang-Chi, o Mestre do Kung Fu. Pra quem não conhece Shang-Chi é uma espécie de Bruce Lee da Marvel tendo feito bastante sucesso entre os leitores em títulos como "Heroes for Hire" e alguns especiais e publicações solo na década de 1970. Shang faz uma nova aparição na última década em Shadowland (saga publicada na mensal do Demolidor) e retorna de fato ao cast da Marvel quando o personagem é recrutado pelo Capitão América e Homem-de-Ferro em "Avengers" de Jonathan Hickman. Portanto nada mais natural do que uma mini série solo re-introduzindo o conceito filosófico por trás do personagem aos leitores mais novos.
O problema é que o escritor Mike Benson não faz nada especial aqui nesta primeira edição. A premissa é que uma antiga amante de Shang e agente do MI-6 foi assassinada em Londres por atacantes misteriosos. Ao viajar para prestar homenagem a moça em seu funeral Shang-Chi é atacado e começa a investigar o grupo. Beleza, eu já até li coisas com premissas mais simples do que essa aqui, no entanto a maneira como a história é conduzida é bem monótona. Os voice boxes são bem chatos e não consegui encontrar nada que me motivasse a pegar a segunda edição.
A arte de Tan Eng Huat não é ruim, mas também não tem força o suficiente pra empolgar o leitor. As cenas de ação até que são legais, mas não tem nada de especial no trabalho do artista.
Infelizmente Deadly Hands of Kung Fu 1 não me empolgou o suficiente para retornar ao universo de Shang-Chi na segunda edição. A premissa é até legal, mas a HQ é conduzida de maneira sonolenta pelo roteirista e tem uma arte razoável que não chega a fazer valer o preço da capa. 

The Punisher (2014-) #4

Frank Castle foi capturado pela gangue Dos Sols, que controla o crime organizado na Costa Oeste e agora é torturado por Electro. Enquanto isso os Comandos Selvagens recebem a ordem para matá-lo. Sobra até para o seu contato militar Tuggs e seu coiote de estimação, Loot. Surge uma nova e perigosa peça no já complicado jogo do poder em Los Angeles.
Nathan Edmonson põe o protagonista em uma situação bem complicada no início da edição. Tão complicada que a resolução dessa sitaução parece um pouco corrida e mal arranjada. Tirando isso este número mantém o ritmo acelerado e a dinâmica das edições anteriores. Frank está sempre correndo e / ou matando alguém aqui. Os antagonistas mostram um pouco mais de suas motivações, planos e personalidades. Os diálogos são mantidos no mínimo possível e alguns voice boxes do Justiceiro me parecem meio forçados, principalmente quando o personagem usa seus traumas passados para justificar suas ações.
A arte de Mitch Gerads continua sendo o destaque deste título. A estética visual alcançada pelo desenhista aqui dá tons bem cinematográficos às cenas de ação. Nota-se claramente que o artistas busca referências em algum acervo militar em seu trabalho. A postura nas tomadas tanto de Frank Castle quanto dos Comandos Selvagens é bem militarizada. Desde o jeito em que os personagens seguram os armamentos até a maneira como entram em um cenário. Tudo tem aquele feeling meio Black Ops.
Punisher 4 é uma leitura bem divertida. O autor, apesar de dar algumas escorregadas na narração e na fuga de Castle ainda consegue manter um nível muito bom na narrativa e mantém a ação bem estruturada rolando o tempo todo. A arte é perfeita pra esse tipo de história e o elenco é bem interessante.

Secret Avengers (2014-) #2

Phil Coulson e Nick Fury Jr. estão a deriva no espaço a beira da morte, antigos satélites descomissionados da S.H.I.E.L.D. estão sendo usados com munição e jogados contra o Planeta Terra, Maria Hill está sob mira de um assassino infiltrado no porta-aviões da S.HI.E.L.D. E agora quem poderá nos ajudar? Viúva Negra, Mulher-Aranha e um relutante Gavião-Arqueiro partem para o espaço em um cadillac para salvar Coulson e Fury e tentar impedir que mais satélites sejam arremessado contra o planeta. Quem vai ao resgate de Maria é a mais nova contratação da S.H.I.E.L.D.; M.O.D.O.K.
Ales Kot usa e abusa de simplicidade e bom humor em Secret Avengers 2. Um roteiro muito bem amarrado, um elenco enxuto e bem retratado, diálogos certeiros e uma premissa bem direta colocam o leitor pra comer página deste número. Rapidamente a história de apresentação do novo elenco se concluiu e você quer ler muito mais. O relacionamento entre os personagens aqui em duas edições é mais bem desenvolvido que nas últimas 16 edições do volume anterior de Secret Avengers. O tom deste título é bem leve e a história é bem simples, mas a diversão é garantida. Só não espere nada muito profundo ou elaborado. Isso aqui é uma boa leitura, mas não tem nada de muito brilhante nas idéias do roteirista.
A arte de Michael Walsh dá o tom mais indie para a parte visual do título. Enquadramento básico e design de personegns bem simplificado e cartunesco deixam a história bem dinâmca.
Secret Avengers 2 dá continuidade a um bom título da Nova-Nova Marvel. O elenco enxuto e sem personagens muito poderosos facilita muito a vida do autor que consegue em duas edições brincar bastante com as relações pessoais entre os protagonistas. A arte é bem interessante e o ritmo de leitura é fluido e não deixa ninguém com sono. Não espere nada muito sensacional ou uma trama revolucionária e você está pronto para essa edição.

Uncanny X-Men (2013-) #21

Scott Sumemrs e Illiana Rasputin foram até a escolinha do Tio Logan para tentar entender como seu time está sendo rastreado via Cérebro. Ao chegar os poderes de Ciclope se descontrolaram e o líder dos X-Men começa a disparar rajada óptica pra todos os lados. Pra piorar as coisas Magica também perde controle sobre seus poderes e se transforma em um demônio.Pra piorar ainda mais as coisas a escola é atacada pelo porta-aviões da S.H.I.E.L.D. que também está sendo controlado por alguma força desconhecida. Nesta edição ainda vemos o resgate de Cristal por Magneto em Madripor e o que Mística tem aprontado na S.H.I.E.L.D.
Brian Michael Bendis aumenta a tensão entre os X-Men e a S.H.I.E.L.D. nesta edição. Temos muitas cenas de ação na Escola Jean Grey e parece que finalmente descobriremos que é o "homem de capacete de aquário" responsável pelos ataques das novas Sentinelas nas últimas edições.
A arte de Chris Bachallo é aquela velha história: É boa pra quem gosta, ams acho que nem todo mundo curte o estilo do cara. Eu até acho algumas cenas interessantes, mas no geral acho o enquadramento muito infeliz, as cores muito ruins e as cenas de ação são uma confusão desgraçada. Gosto do design e caracterização dos personagens (apesar de TODAS as personagens femininas aparentarem ter por volta de 17 anos de idade), mas acho que esse título se beneficiaria muito com outro artista.
Uncanny X-Men 21 não me impressionou.Também não me irritou. Apesar de termos bastante ação aqui esta é mais uma edição bem genérica escrita pelo Bendis com uma arte bem mais ou menos. Se você já está acompanhando e gostando do trabalho desta equipe é mais do mesmo. Pra você que não está lendo não aconselho pegar nesse ponto pra ler.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Superman (2011-) #32

Confesso que não estava assim tão entusiasmado com a estréia de Geoff Johns em Superman. Após o final de seu run já meio desgastado em Green Lantern e um final ainda mais fraco em Aquaman eu havia meio que perdido a confiança no roteirista em HQs de personagens solo. Não me levem a mal, gosto muito do trabalho do Johns em geral, principalmente tudo que o autor construiu nesses anos todos no universo dos Lanternas, no entanto achei que com o advento de suas novas funções como editor chefe da DC Comics o cara perdeu um pouco seu toque de originalidade característico e começou meio que se repetir. Por isso peguei esta cópia de Superman 32 mais por ser fã da equipe de arte formada John Romita Jr, Klaus Janson e a colorista Laura Martin. Pra a minha supresa me deparei com uma história empolgante como não lia há bastante tempo em um título do Super.
Eu poderia descrever a trama toda neste parágrafo em linhas que deixariam você babando e louco pra colocar as mãos em uma cópia disso aqui AGORA, mas prefiro não estragar a surpresa e aquela sensação gostosa de estar lendo aquilo que você sempre quis ler desde o reboot da DC. O roteiro é muito simples e familiar e mesmo que você seja um novo ou antigo leitor vai devorar essas páginas e chegar ao final querendo mais 3 edições pra ler. Geoff Johns entende perfeitamente a essência do personagem e atinge o balanço perfeito entre ação, sensibilidade, ficção e de quebra já introduz um novo personagem com um conceito muito interessante que reflete um pouco a origem do protagonista.. A abordagem clássica do Homem-de-aço, o cuidado com o elenco de apoio e a preocupação com os últimos acontecimentos no Universo DC enriquecem ainda mais esta leitura. O Superman está totalmente inserido no coração do Universo DC novamente.
Eu sei que algumas pessoas não são muito fãs da arte de John Romita Jr. Só posso falar por mim mesmo então, dentro de seu estilo (do qual já me declarei fã) o sujeito dá um show de imagens impactantes nesta primeira edição. A primeira aparição do Superman desenhado por Romitinha em uma splash page magnífica ficou impressa na minha memória pra sempre. O artista praticamente joga na tua cara um manifesto artístico de como se desenha uma porra de um Super-Homem fodão. Todo o elenco aqui é muito bem caracterizado. Desde personagens clássicos como Jimmy Olsen e Perry White passando pelas novas caras (que eu não vou revelar quem são) tudo aqui transpira HQ clássica. Estranhamente o destaque desta edição pra mim foram as cenas do cotidiano de Clark em seu apartamente. A sensibilidade da equipe de arte com o alter-ego do herói cria uma das sequências mais bonitas deste número, na qual Clark faz um jantar solitário e folheia um álbum de fotos antigo.
Olha minha opinião sincera é a seguinte: Não sou e nunca fui fã do Superman. Ele não é nem de longe um dos meus personagens favoritos. No entanto por recomendação de colegas nos últimos anos venho lendo bastante material clássico do personagem como parte da minha re-edução no Universo DC. Então o que posso dizer sobre Superman 32 é que fã ou não vale a pena você experimentar esta edição. Há alguns anos eu não lia nada do Superman que me empolgasse de verdade (a última coisa foi All-Star do Morrison) e posso dizer que essa primeira edição me deixou com um enorme sorriso no rosto e uma expectativa muito grande em relação ao futuro do personagem. Para os novos leitores este é um ótimo ponto de partida e uma oportundade de descobrir o que faz deste personagem um dos mais adorados e icônicos da nossa mídia. Para os fãs do Homem-de-Aço esse era o Superman que todos vocês estavam esperando desdo o início dos Novos 52. Não perca tempo e compre.

Batman (2011-) #31

ZERO YEAR: PARTE 11. Pelo que foi anunciado pela DC este é o penúltimo capítulo do arco que se passa durante o primeiro ano de atividade do Cavaleiro das Trevas. O Charada transformou Gotham em uma verdadeira terra selvagem, O super criminoso controla toda a cidade e os únicos capazes de dar fim a esta loucura são Jim Gordon, Lucius Fox e Batman. Nesta edição o jovem Batman desafia o Charada tentando ganhar tempo enquanto James Gordon e Fox tentam sabotar o grid de comunicações da cidade, que é controlado por Edward Nygma.
Scott Snyder escreve uma boa história com bastante ação e vemos aqui um jovem Bruce Wayne com todas as inseguranças de início de carreira enfrentando uma ameaça que claramente não está preparado para enfrentar e superando seus medos e limitações. Bons diálogos entre Nygma e Batman e a história, apesar de ter poucos personagens centrais tem bastante fluidez e não cansa.
A arte de Greg Capullo continua impecável. Ele é de longe o melhor artista trabalhando em títulos do Batman em atividade. Os detalhes, expressões faciais, caracterização, enquadramento de cenas. Tudo é perfeito nesta edição.
Batman 31 é uma boa edição que vai fechando o arco ZERO YEAR. Na minha opinião esta história acabou se estendendo um pouco além do que deveria. Não havia conteúdo para esse tipo de arco em 12 partes e Scott Snyder acabou tendo que encher um pouco de linguiça nas edições anteriores. De qualquer maneira este número é uma ótima leitura para fãs do Morcego com a melhor arte do personagem no mercado atualmente. E se você ainda quer outros motivos pra ler aqui Snyder te dá dois ótimos: Batman voando em cima de uma motocicleta e Batman chutando a bunda de dois leões enormes. É ouro puro.

Uncanny Avengers #19

A Terra não existe. Os mutantes e poucos humanos que restaram vivem no Planeta X, que é governado por Eimin e o conselho X formado por Scott Summers, Jean Grey, Cable, Tempestade, Psylocke, Magneto e Mercúrio. Alex Summers e o que restou dos Fabulosos Vingadores (Vespa e Fera) conseguem destruir a barragem de táquions, dispositivo que impedia as viagens no tempo. Agora eles recebem ajuda de Thor, Kang e seus "Chrono Corps", uma equipe bem interessante de personagens de várias linhas temporais composta por Conflyto, May Parker (como Mulher-Aranha), Ahab, Destino 2099, Magistrada Braddock, Abominável Deathlok e Arno Stark.O plano de Kang é resgatar Wolverine e Solaris que são prisioneiros do conselho X e transferir suas mentes de volta ao passado antes da Terra ser destruída.
É tudo bem complicado mesmo. Essa parece ser a intenção de Rick Remender desde o início deste arco. Quanto mais esforço você fizer pra entender a trama melhor pelo visto. Eu não sei quem é essa Jean aí. Não sei como diabos Alex Summres teve uma filha com Vespa e não tenho como explicar quase nada dessa história aqui. No geral temos boas cenas de ação e combate entre um elenco bem interessante. Remender sempre que possível coloca personagens relacionados se enfrentado (nesta edição Betsy Braddocks se enfrentam psiônicamente). O problema é que o pano de fundo não tem relevância. A Terra não foi destruída no Universo Marvel, o Capitão América e Vampira não morreram, só neste título aqui. Por isso não dá pra levar muito a sério nada disso aqui.Os diálogos são muito frios. Ao que parece não existe linguagem coloquial na Terra X. Todos os personagens falam EXATAMENTE do mesmo modo extremamente polido e você não consegue diferenciar as falas entre si. Isso é grave em uma HQ com muitos personagens. O único personagem que parece ter algum modo específico de se expressar é Thor, que fala um inglês ainda mais polido que o resto do elenco de Uncanny Avengers. Palmas pra ele.
A arte de Daniel Acuna não me agrada. O design dos personagens é até legal, mas o traço simplificado e meio cru do artista realmente não tem nada a ver com um título como esse. Essa revista pedia um traço mais clássico de quadrinhos. Estou meio cansado de me repetir, mas a verdade é que o artista é muito mal encaixado aqui. Ele até se esforça, mas a arte dá um visual pobre e mundano a situções que pedem por uma abordagem mais fantástica e grandiosa.
Não recomendo Uncanny Avenger atualmente. A complicação e furos narrativos infecta este título desde a décima sexta edição, mas como o arco finalmente parece estar chegando ao fim faço um esforço e continuo lendo. No entanto tenho que deixar claro que estou lendo isso aqui mais por teimosia do que por prazer.     

Justice League United (2014-) #2

Já começo dizendo que a edição é foda. Pronto. Com isso fora do caminho posso começar. A Liga é transportada para o Planeta Rann e continua tentando enfrentar a criatura transmorfa da edição passada e recebe uma ajudinha de Kara Zor-El, Supergirl. Lá eles conhecem Sardath, o chefe dos cientistas de Rann que explica sobre o projeto ultra e que o vilão Byth corrompeu suas pesquisas na Terra e no resto da galáxia. Enquanto isso em Thalsalla, uma Lua próxima a Thanagar a porrada estanca feio entre Lobo e Gavião Negro. Byth está prestes a concluir seu objetivo que é dar vida a uma criança chamada Ultra, que tem o DNA combinado de várias criaturas de toda a galáxia.
Jeff Lemire consegue a proeza de fazer uma edição com a dose exata de explanação e ação. O leitor dessa forma não fica nem boiando e nem entediado com muita falação. As vantagens de um argumento mais simples são que em duas ou no máximo três páginas o roteirista consegue passar a idéia principal do título e quais as motivações de cada membro do elenco. Os diálogos continuam muito bem feitos e os personagens tem voz própria. Você consegue identificar cada um deles pelo jeito como as falas são escritas e isso mostra o talento do autor em manejar um time grande sem deixar as falas genéricas. O ritmo aqui é bem acelerado. A Liga enfrenta uma ameaça e já parte pra outra. Existe um clima de urgência muito bem vindo neste grupo e apesar de existirem alguns conflitos de personalidade eles ficam ainda em segundo plano frente a ameaça a ser combatida. A entrada de Supergirl no time é feita de maneira ridiculamente simples e eficiente. Tipo: "Ah, eu estava passando por aqui e vi que vocês estavam com problemas e vim ajudar". Ótimo. Pra mim não precisa de mais explicação que isso. Ela é a Supergirl. Ela tem super audição e bastante tempo livre pra ajudar os coleguinhas. Então deixa ela entrar no grupo.
A arte de Mike McKone dispensa comentários. Ótima caracterização, tomadas lindas nas cenas de ação e principalmente na luta entre o Gavião Negro e Lobo, cenários fantásticos e um enorme capricho com todas as páginas. O estilo da arte aqui é bem reto e limpo, voltado totalmente pra ação. Desenhos perfeitos pra uma HQ de super-heróis. Eu sei que muita gente detesta essa encarnação do Lobo (#TAMOJUNTO!), mas, todavia e entretanto se você fingir que aquele não é O Maioral as cenas dele com o Gavião Negro aqui são muito, muito fodas. Leia e diga que não são.
Justice League United 2 tem tudo que um fã de quadrinhos clássicos quer ler: Ação com boa dose de ficção, mas sem uma premissa muito complicada, um elenco forte e com bastante personalidade e uma arte muito consistente. Ótima leitura.  

terça-feira, 24 de junho de 2014

Amazing Spider-Man (2014-) #1.1

"Learning to crawl" é um arco paralelo iniciado nesta edição 1.1 que nós leva aos primeiros dias de Peter Parker como Homem-Aranha. Logo após o assassinato de Ben Parker o jovem Peter é forçado a lidar com problemas bem reais como despesas funerais, contas pra pagar e tudo aquilo que você geralmente não precisa se preocupar quando tem 17 anos de idade. Para isso Parker usa o Homem-Aranha para tentar ganhar uns trocados se apresentando como um atração circense. Enquanto isso um outro jovem admirador do Homem-Aranha chamado Clayton Cole desenvolve uma identidade super-heróica baseada em seu ídolo.
Dan Slott inicia aqui um trabalho mais ou menos similar ao que Scott Snyder vem fazendo em Batman: Zero Year. O roteirista trás o personagem lá de suas origens nos anos 1960 e sutilmente atualiza seus primeiros dias como se tudo tivesse acontecido há mais ou menos uma década e meia atrás. Então temos algumas cenas aqui com presença de celulares e laptops, coisa que não havia na origem oficial do Aranha. Nada muito gritante ou que descaracterize o legado de Stan Lee e Steve Ditko. Slott se preocupa aqui em mostrar o impacto da perda do Tio Ben para Peter e May e como eles lidam com a culpa e o vazio deixado pela morte do homem da casa. O problema é que realmente eu não estou interessado nisso. Pode haver alguém que queira saber sobre o desempenho escolar de Peter ou de seu primeiro emprego usando a identidade do Aranha pra fazer showzinhos circenses. Eu não quero ler isso. Por esse motivo foi bem complicado chegar ao final desta edição. Tudo me pareceu extremamente monótono e lento na HQ. Novamente repito, não é uma história ruim, mas francamente é uma história que pouco me interessa.
A arte aqui é de Ramon Perez e o desenhista é escolhido intencionalmente para deixar todo o clima da revista bem "retrô". Os quadros são simples e bem quadrados, temos algumas full pages nas cenas de mais impacto, mas basicamente o design de página e personagens é bem na linha Sal Buscema (com desenhos beeeeeeem mais bonitos). A colorização fosca também faz parte desse clima meio saudosista. Ainda sobre a arte temos uma questão um pouco controversa que gostaria de ressaltar: A Tia May neste arco tem um design clássico com aquele aspecto curvado e decrépito de quem já está fazendo hora extra no planeta Terra. No entanto nas últimas histórias do Aranha atual a mesma tem um aspecto de "Vovó garota", com um corte de cabelo moderno e umas roupinhas mais moderninhas e um aspecto meio atlético. Eu não sei como isso fica acertado entre os desnhistas do título, mas vejo como uma parte meio esquisita no título do Aranha.
Bom esta edição 1.1 é basicamente um olhar mais detalhado sobre os primeiros dias de Peter Parker como o Homem-Aranha. Aqui você não vai ver o jovem sendo super-heróico nem enfretando nenhum vilão conhecido, aliás não tem vilão algum aqui. Isso aqui é basicamente a história de uma família tentando superar a perda de uma figura paterna importante e as oportunidades de crescimento que esta perda oferece ao elenco.

Wonder Woman (2011-) #31

Dionísio e Hermes descobrem que a ameaça do Primogênito de Zeus chegou a Hades. Sem o deus da morte para controlar o reino dos mortos, os espíritos caminham livremente pela Terra. Enquanto isso na Ilha Paraíso a Rainha-Deusa Diana promove grandes mudanças nos costumes das Amazonas. Grandes mudanças mesmo. Não, não vou estragar a surpresa. Leiam.
É triste ver que o tempo de Brian Azzarello no comando desta mensal está chegando ao fim. Mesmo em uma edição mais parada como essa o autor faz um trabalho extremamente interessante promovendo novamente uma mudança no status quo deste elenco e da protagonista principal, sem afastá-la de suas raízes. Essa é a mesma Mulher-Maravilha que você já conhece há bastante tempo, no entanto a elevação de sua condição e status no Universo DC (principalmente em seu título principal) foi gradual e notória. Mérito total para o roteirista que em 31 edições nos presenteou com momentos memoráveis e mudanças bem permanentes para todo o elenco. De qualquer forma, o confronto final entre o que sobrou do panteão olímpico e as forças do Primogênito se aproxima e promete mudar ainda mais o universo da Rainha Amazona.
A arte de Goran Sudzuka é sutil e brilhante novamente. A caracterização do elenco é precisa e o artista consegue facilmente alternar entre momentos meigos e doces como as cenas de Zola e Diana e as passagens mais obscuras e grotescas como as cenas de Dio e Hermes no inferno. A identidade visual criada pro Cliff Chiang e posteriormente Sudzuka é fortíssima e com a chegada de uma nova equipe criativa para este título fica difícil imaginar estes personagens desenhados de outra forma.
Wonder Woman 31 não é uma edição muito cheia de ação. Este número foca mais na mudança do modo de vida das Amazonas e a preparação para a batalha final contra o Primogênito. Nem por isso é uma edição ruim de se ler. Pra quem já vem acompanhando a heroína desde o início dos Novos 52 é mais uma edição prazerosa e divertida de acompanhar.

All-New X-Factor (2014-) #7

Scott Dakei é um dos ativistas anti-mutantes mais verborrágicos da atualidade no Universo Marvel, tendo publicado livros anti-mutante e ser um defensor ferrenho do homo sapiens. Sua fllha Georgia divulga um video na internet no qual denuncia abusos do pai. Doug Ramsey - Cifra, o mais recente membro da nova incarnação do X-Factor propõe uma missão de resgate e é lógico que todos topam. Mas chegando lá o X-Factor descobre que Scott Dakei não é tão culpado quanto julgavam e nem Georgia é tão inocente quanto parecia.
Peter David explora bastante a personalidade e valores dos protagonistas nesta edição.Novamente o autor brinca com a idéia dos dois lados da moeda sempre dando uma perpectiva diferente sobre as velhas noções de "mocinho" e "vilão" tão engessadas nos quadrinhos hoje em dia. Ao mostrar todas as versões da história o roteirista desvilaniza o antagonista e coloca o X-Factor em uma situação bem delicada e interessante no fim deste número. Os diálogos e pequenas subtramas entre os membros do time estão presentes e dão algumas dicas dos acontecimentos nas próximas edições. Bem divertido ler X-Factor. Quem leu o volume anterior da HQ do grupo vai se sentir bem familiarizado com a cadência e o tratamente dado a cada um dos membros desse elenco. Chegamos a um ponto em que praticamente todos os protagonistas já tem uma tridimensionalidade bem evidente. Isso pra mim é o ponto forte da revista, muito mais do que a trama em si.
A arte de Carmine Di Giandomenico... A arte de carmine di Giandomenico... Bom, o que falar? Tenho que engolir essa arte meio Aeon Flux mesmo. Não tenho nenhum apreço pelo trabalho do desenhista, mas reconheço que ele é um artista competente apesar de não me agradar nem um pouco neste título.
All-New X-Factor continua sendo uma ótima alternativa mensal pra você que está de saco cheio dos títulos de equipes sem alma que proliferam no quadrinhos hoje em dia. Apesar da arte não me agradar a história é de extremo bom gosto, os diálogos e o elenco são muito bons e a cada nova edição você é meio que surpreendido pelas escolhas narrativas do autor. Ótima leitura.

Batman Eternal (2014-) #9

Em Gotham City Carmine Falcone coloca o Comissário Jack Forbes contra a parede pois seus negócios vem sendo boicotados pela Mulher-Gato ostensivamente. A polícia monta um plano e captura a ladra e agora ela está nas garras do mafioso. Enquanto isso Batman vai até Hong Kong investigar o rival oriental de Carmine, Shen Fang e porque o criminoso deixou a China e voltou para Gotham. O Cavaleiro das Trevas tem ajuda do Sr. Desconhecido, o Batman do Japão e no final tem que resgatar a agente especial Julia Pennyworth, ferida gravemente na batalha contra Fang.
Uma edição bem movimentada e com somente dois núcleos narrativos. A história alterna entre Carmine a caça da Mulher-Gato em Gotham e as cenas de Batman na China. Bons diálogos, boas cenas de ação e a equipe de roteiristas aqui consegue manter a coerência e cadência mesmo ao introduzir a figura de Julia Pennyworth e outros membros do elenco oriental no contexto da trama
A arte de Guillem March melhorou um pouco, principalmente nas cenas de luta, no entanto ainda tenho minhas reservas quanto ao traço do desenhista nas cenas com Forbes e Falcone. De qualquer maneira a arte aqui, mesmo em seus melhores momentos não é nada memorável.
Batman Eternal 9 mantém a bola rolando no mesmo ritmo em que o título já estava. O roteiro da revista é muito extenso e abrangente e envolve praticamente todo o elenco associado ao Morcegão, então não espero que o ritmo acelere muito mais do que isso aqui. Boa leitura pra quem já está acompanhando desde o número 1. Se você for pegar o bonde andando vai ficar meio perdido no meio de tantas tramas paralelas.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

The New 52: Futures End #6

Edição movimentadíssima. Deixa eu me organizar aqui pra não deixar passar nada em branco.
Ok. Sendo uma das mentes mais brilhantes do Universo DC não demorou muito tempo para Michael Holt descobrir a identidade do Batman do Futuro que havia invadido seu prédio. Enquanto isso ao tentar utilizar a Zona Fantasma como atalho pelo espaço Frankenstein, Ray Palmer e Ametista tem que enfrentar Adão Negro e outros super criminosos exilados. De volta ao planeta Terra Lois Lane é assediada por um Ronnie Raymond completamente chapado e finalmente confronta Tim Drake em sua própria birosca (É, Ele virou dono de boteco) sobre sua nova identidade e porque ele deixou os Titãs após a "Guerra". E mais: Três criminosos conhecidos planejam invadir a Terrifitech. Ah e ainda tem uma aparição do Superman de capacete dando uma dura em King Faraday por stalkear Lois.
O argumento aqui é frenético e as cenas se alternam rapidamente não dando tempo nem do leitor bocejar. Mesmo que você não goste de alguém do elenco (meu caso em relação a S.H.A.D.E.) você não ficará de saco cheio lendo isso porque é realmente muita gente participando desta edição e muita informação pra processar em um espaço curtíssimo de tempo. Os diálogos são rápidos e diretos, os autores não tem muito tempo a perder e isso facilita e dinamiza muito a leitura. Ponto para o time composto de Brian Azzarello, Jeff Lemire, Dan Jurgens e Keith Giffen.
A arte deu uma boa melhorada em relaçãom às edições anteriores. Patrick Zircher retorna ao título e bota lenha na fogueira com ótimas cenas de ação na Zona Fantasma e boa caracterização em geral de todo este grandioso elenco.
Futures End 6 é uma edição bem legal de ler. Apesar de eu não curtir todos os núcleos narrativos aqui o ritmo em que as tramas se alternam é tão rápido que não tenho tempo de me entediar. A história avança e a presença do Superman com aquele capacete esquisito dá uma agitada na história e um ar de mistério muito bem vindo para este evento.

Archer & Armstrong (2012- ) #18

A guerra civil do Secto acabou e quem saiu ganhando foi o jovem Obadiah Archer que agora lidera quase todas as facções da sociedade secreta milenar. É lógico que uma dessas muitas facções não está nem um pouco satisfeita com isso.
Começa aqui o arco chamado "Missão: Improvável" (Mission: Improbable no original) um crossover em três partes com o título "Bloodshot" também da editora Valiant. Na trama o projeto Rising Spirit, umas das facções do antigo Secto contrata o assassino meta-humano Bloodshot para dar cabo dos dois protagonistas do título. E é isso. Essa é a premissa. Se você não conseguir entender isso você provavelmente é uma folha de alface.
Fred Van Lente continua o mesmo. Desde o início da série temos um equilíbrio muito legal aqui entre comédia, história antiga, ação e uma dose de poesia clássica. E este início de arco não é nada diferente. Se você já estava curtindo Archer & Armstrong antes e queria ler mais fique tranquilo. O material continua muito bem escrito, bem leve, cheio de ação e tem cenas muito engraçadas aqui. A sacanagem feita com os maçons na cena da iniciação de Archer é ouro puro. Os diálogos são bem objetivos e com 2 páginas de leitura você que é um novo leitor já está totalmente familiarizado com a trama.
A arte melhorou E MUITO em relação ao final do arco anterior. Nunca tinha ouvido falar de Pere Perez, mas o cara destrói nesta edição. O design de personagens é impecável, as cenas de ação com Bloodshot são muito bem feitas e as tomadas em toda a revista são cinematográficas. Arte clássica de HQ de ação de alto nível.
Em Archer e Armstrong 18 Fred Van Lente e Pere Perez dão uma aula de como se escrever quadrinhos divertidos. Isso aqui é um belo de um convite para novos leitores a entrarem no mundo das sociedades, secretas, história antiga e bebedeiras da dupla mais improvável do Universo Valiant. A premissa simples e o roteiro direto ao ponto fazem desta edição um ótimo ponto de partida.. A arte é excelente e os diálogos leves sintetizam bem o que este título representa no contexto da Valiant atualmente: Diversão garantida.

Lazarus #8

Parte 4 do arco chamado "LIFT". Após muito sofrimento e dificuldade os fudidos da família Barret se juntam a caravana em direção a Denver para o processo de seleção dos serventes da família Carlyle.Nesta edição temos flashbacks do treinamento de Forever Carlyle e a própria já adulta investigando a tentativa de atentado terrorista que se desenha contra sua família.
Você logicamente não entendeu porra nenhuma do primeiro parágrafo porque eu não contextualizei, mas quem anda lendo Lazarus entendeu e já sabe que este é um dos títulos mensais mais interessantes do mercado. Greg Rucka criou um universo só dele. O nível de detalhe histórico, cultural, científico e socio-econômico que o roteirista injetou neste universo é sem precedentes pra mim. A quantidade de material extra enriquecendo a leitura em Lazarus (que vai desde um linha do tempo detalhando a cronologia da série até propagandas fictícias de produtos desse universo) não se encontra em nenhum outro título atual. Este é um dos trabalhos de pesquisa e criação mais completos que já vi desde que Tolkien criou a mitologia da Terra-Média. Sem sacanagem. No meio desse enorme contexto temos essa história bem intimista de uma jovem tentando se relacionar com sua família, que é uma das mais poderosas do Planeta. Então você pode começar a entender a tarefa ingrata que é resenhar um material como esse.
De qualquer maneira nesta edição temos bastante ação nos flashbacks e no tempo atual, diálogos bem curtos e diretos e cenas bem emotivas mostrando o quanto o trabalho e o status de Forever Carlyle vai afetando sua personalidade e desgatando a personagem. A transformação da protagonista é tratada com extrema sutileza pelo autor, mas ela vai se tornando cada vez mais presente e uma explosão é iminente. Ainda neste número temos cenas na caravana em direção a Denver com a família onde conhecemos um pouco mais do Michael Barret. No final da HQ as duas tramas são amarradas brilhantemente e  a próxima edição promete o encontro de Forever com os Barret.
Michael Lark novamente faz um trabalho gráfico impecável sem esforço algum. Se você já gostava do traço bruto e cru do artista no Demolidor vai adorar ver o cara desenhando personagens de sua própria autoria. A escassez de diálogos longos e explanatórios (característica de Greg Rucka) abre ainda mais espaço para Lark mostrar toda a sua habilidade. As cena melancólica entre Forever e sua irmã Johanna e o final do diálogo de Forever com seu pai são belos exemplos de como uma imagem forte dispensa falas extensas.
Lazarus 8 mantém o alto nível desde o início da publicação. Este é o tipo de título que merecia uma ampla divulgação pois em qualidade e abrangência supera muito tudo que temos no mercado atualmente na minha opinião. A HQ tem seu ritmo próprio e não se curva diante de modinhas e é isso somado a uma história muito bem feita que mais me motiva a comprar e ler isso aqui todo o mês. 

Sex Criminals #3

Nesta terceira edição de Sex Criminals continuamos a ler sobre o primeiro final de semana e os primeiros dias de John e Suzie juntos. Todo mundo sabe como é lindo o início de um relacionamento com as longas conversas, todo aquele sexo e as visitas as sex-shops favoritas de cada um. Bom, pelo menos foi assim pra esses protagonistas. A história alterna entre o início do namoro dos personagens e um assalto a um banco que acontece alguns anos depois. No entanto, um grupo armado que parece ser imune aos poderes de paralização temporal do casal, aparece durante o assalto.
Matt Fraction mais uma vez nos entrega uma leitura extremamente divertida que aborda temas como pornografia, bissexualidade, masturbação, orgasmo, sexo anal e muitas outras coisas com a mesma naturalidade que você conversa sobre esses assuntos com o seu melhor amigo. Isso tudo embalado com diálogos muito naturais e divertidos e a dose certa de romance. Suzie e John são aquele tipo de casal pelo qual todo mundo torce. O tom atingido por Matt Fraction aqui é um equilíbrio delicadíssimo entre a comédia e o romance. Qualquer desvio mais abrupto pra qualquer um dos lados poderia acabar em um pastelão ou em uma chatice. Felizmente para nós leitores o roteirista consegue manter a historia movimentada e no mesmo tom até agora. Desafio você a não sorrir durante a bela cena "musical" desta edição na qual o autor quebra a quarta parede narrativa de uma maneira que eu nunca tinha vista antes.
A arte de Chip Zdarsky é icônica e aqui chegamos ao ponto em que não consigo imaginar esses personagens desenhados por ninguém além dele. Como acontece com muitos títulos independentes o artista cria uma identidade visual e um estilo de design tão marcante que a arte e o criador se tornam uma coisa só. O estilo "tirinha indie" é leve e ao mesmo tempo cheio de profundidade e soluções narrativas muito bem pensadas. Desde os detalhes do cenário, a linguagem corporal dos personagens passando pela colorização e as pequenas inovações de formato (a cena das mensagens de texto é brilhantemente concebida). Toda a arte aqui é extremamente cativante pra quem curte um traço mais intimista e leve.
Não posso dizer se você deveria estar lendo Sex Criminals e ainda não sabe disso. Posso dizer que eu estava nessa situação há alguns meses atrás. Pra mim o título era somente uma HQ engraçadinha. O caso é que isso aqui não é. Sex Criminals é uma aventura romântica que aborda temas muito controversos de maneira honesta, natural e bastante maluca. E não é todo dia que você vê um protagonista de HQ sendo estapeado com um consolo no meio da cara.

domingo, 22 de junho de 2014

All-New X-Men #27

A casa caiu, Ciclope. A irmandade do futuro (Aquela de "Battle of the Atom" composta por Molly Hayes, Raze, Xavier, Jean Grey velha vestida de Xorn, uma versão Hulk do Homem-de-gelo e Hank McCoy chifrudo.Se você não conhece esses personagens de autoria do Bendis não se preocupe em conhecer) chegou ao complexo arma-x (onde os X-Men de Ciclope montaram acampamento) e nesta edição toca um terror na escolinha de mutantes. Aqui ainda temos flashfowards com a origem da aliança entre os irmãos (É. Eles são irmãos) Raze e Xavier. Este último é filho de Charles Xavier com Mística (É. É isso mesmo. A Mística é mãe dos dois).
A HQ alterna entre o ataque da irmandade do futuro no qual temos boas cenas de ação e muita tensão ao vermos os jovens X-Men sem rumo quando são atacados em sua própria casa de surpresa e os flashes do futuro contando a história de Xavier e Raze. Basicamente este grupo de mutantes voltou no tempo para matar os X-Men pois julgam que o legado de Charles Xavier foi manchado. Não entendi muito bem porque não tentaram evitar a morte de Xavier desde o início, mas tudo bem. Coisas de Brian Michael Bendis com viagem temporal. Já cansei de tentar entender esses devaneios do autor.
Analisando friamente esta não é uma edição ruim. Por mais que eu esteja cansado de viagem no tempo em revista dos X-Men e nas histórias do Bendis tenho que admitir que a história parece muito mais coesa e organizada do que "Battle of the Atom". Os diálogos são muito bons, Raze e Xavier são tratados com mais atenção e são bem desenvolvidos aqui. O  dois se conhecendo é uma das melhores cenas deste número. Muito bem escrita e divertida. As cenas de Jean com Ciclope e Emma Frost também são bem legais. E temos muita ação rolando durante todo este número.Então posso dizer que me diverti bastante com esta edição de X-Men.
Stuart Immonen continua impecável. O cara está desenhando absurdamente e vale a pena dar uma conferida nessas últimas duas edições porque os desenhos são incríveis. A intimidade que o artista tem com este elenco todo é impressionante e toda a parte gráfica é dinâmica, detalhada e bem voltada pra ação. Todas as páginas são lindas.
Enfim, Brian Bendis parece estar tentando consertar a cagada que fez em All-New X-Men em "Battle of the Atom". Pra mim não havia necessidade. Era só tentar esquecer aquilo e seguir em frente. Não gosto nem um pouco dessas premissas de viagens no tempo que assolam a Marvel nos últimos 3 anos. Isso fode toda a continuidade e confunde o leitor a ponto de desestimular o cara a comprar qualquer coisa. A história aqui no entanto aqui não é ruim. Temos um grupo jovem de protagonistas, bastante ação, bons diálogos e vilões interessantes tudo isso com uma arte fantástica. Então considero uma boa leitura pra qualquer fã do universo mutante.

Batman Eternal (2014-) #8

Acabou o amor entre o Departamento de polícia de Gotham City e o Cavaleiro das trevas. O comissário Jack Forbes deixa isso bem claro para o Morcegão nesta edição de Batman Eternal. Batman agora é um criminoso procurado e ninguém tem intenção de prendê-lo vivo. Stephanie Brown se vê na mesma situação. Ela é alvo de seu pai e mãe que a querem morta a qualquer custo. Para descobrir os planos de Carmine Falcone Batman parte para Hong Kong no final desta edição.
Este número oito da saga semanal do elenco de Gotham é bem movimentado. Além das cenas com Batman imprensando os capangas de Falcone contra os becos e de Stephanie fugindo de um atentado ainda temos cenas entre o detetive Bard que se aproxima perigosamente de Vicky Vale e se mostra o único aliado do Cavaleiro das trevas na polícia. John Layman, Scott Snyder e James Tynion IV fazem um trabalho narrativo bem legal nesta edição. Assim como um bom seriado semanal a presença de várias linhas narrativas distintas fazem desta HQ uma diversão muito interessante. Em momento algum o leitor fica cansado desta ou daquela trama pois tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. É claro que por este mesmo motivo algumas histórias (a prisão de James Gordon por exemplo) podem ficar paradas por muito tempo, mas estou me divertindo com a guerra de facções criminosas em Gotham e Batman contra a polícia sempre é bacana de ler.
A arte de Guillem March é que infelizmente não atende a qualidade do material escrito. Este título se beneficiaria demais com um artista mais consistente. As cenas urbanas são muito pobres e sem impacto, os personagens são mal caracterizados e a arte toda é meio desmilinguida. Não existe uma página realmente memorável neste número. E acho que pelo que acontece, principalmente na cena entre o comissário Forbes e Batman a HQ merecia um tratamento melhor.
Batman Eternal 8 é uma edição bem agitada e divertida. A situação em Gotham foge totalmente do controle de Batman (que é o protagonista aqui) e o obriga a viajar até outro país para descobrir um pouco mais sobre o retorno de Carmine Falcone. Stephane Brown vive momentos de desespero e todas as tramas caminham para alguma espécie de clímax grandioso. A arte é ruim, no entanto não o suficiente pra estragar a leitura.

Fantastic Four (2014-) #4

Johnny Storm não consegue mais se transformar no Tocha Humana e a Gangue da Demolição com seus poderes aumentados está destuindo o centro de Nova Iorque com a ajuda do Mago.Os únicos que podem ajudar o Quarteto Fantástico são Jennifer Walters, Scott Lang e Darla Deering - os membros da Fundação Futuro.
Muita ação aqui, como não se via desde a primeira edição. James Robinson não perde muito tempo com explicações. Existe uma motivação obscura por trás do ataque da gangue da demolição, mas o foco aqui é ver Ben Grimm e a Mulher-Hulk dando porrada em bandido e Nova Iorque sendo demolida. Os diálogos e todo o plano de Reed Richards para conter a ameaça são extremamente simples, se aproximando demais de histórias clássicas dos anos 1970 quando não havia muita complicação no roteiro das HQs. Acho que essa é a tendência de James Robinson atualmente tendo em vista que em All-new Invaders o autor tem trabalhado da mesma forma. Eu estou achando excelente a abordagem mais direta, mas entendo que pode não agradar algumas pessoas.
A arte é de Leonard Kirk e tenho algumas ressalvas nesta edição pois me parece que o desenhista perdeu um pouco o capricho das edições anteriores. Esta edição era perfeita pra quadros mais detalhados e épicos nas cenas de combate na cidade e o cara desperdiça muitas páginas com quadros mal acabados e ás vezes confusos. Consigo enxergar que o desenhista é talentoso (o trabalho de em Hunger e na própria Fantastic Four, em outras edições é muito legal), mas aqui não senti muita firmeza. Existem boas páginas, principalmente nas cenas com o Coisa, mas no geral a arte é irregular.
Fantastic Four 4 termina com um ótimo cliffhanger. Johnny Storn se sente inútil sem seus poderes e a S.H.I.E.L.D. apresenta uma intimação ao Quarteto e interdita o edifício Baxter. Esta é uma boa leitura, apesar da arte meio capenga e fico empolgado para as repercussões destes acontecimentos daqui pra frente.

The New 52: Futures End #5

Mr. Terrific revela ao mundo (em um evento no estilo "lançamento de iPhone") sua mais nova invenção, a "Esfera U", um dispositivo capaz de armazenar toda as memórias e a praticamente a vida do usuário e muito mais. Grifter está paralisado do pescoço para baixo e é levado a ilha Cadmus por King Faraday. Na ilha vemos Fury de Terra-2 em ação contra alguns O.M.A.C. e somos apresentados a uma nova personagem, uma garotinha ainda sem nome. Após semanas dentro da Matriz Nuclear, Ronnie Raymond liberta Jason Rusch. Jason decide que não quer mais ser Nuclear. É o fim da dupla adolescente. Ainda temos Constantine investigando estranhos sinais em um milharal no meio do Kansas.
A equipe de autores nesta edição faz um bom trabalho acresecentando uma boa dose de suspense e dinamismo nas cenas com Terrific e finalmente volta ao tema de Nuclear colocando as duas metades do herói em conflito. O discurso de Terrific é muito legal, lembrando bastante o hype e a sensação meio "over the top" no lançamento dos produtos Apple e similares. Já as cenas com Grifter e King Faraday estou achando bem confusas e sem graça. Constantine tem uma pequena aparição meio que introdutória que pode ou não ter algumas referência a Brainiac ou Shade. De qualquer forma a cena não tem muito impacto ainda no escopo geral da trama.
A arte de Jesus Merino é bem irregular. O desenhista faz alguns quadros interessantes, principalmente nas cenas com Nuclear e Constantine, mas no resto da HQ o leitor sente o esforço que o artista faz para caracterizar o resto deste elenco. Por isso não posso dizer que esta arte aqui me deixou totalmente satisfeito. Infelizmente a falta de uniformidade nos desenhos é o preço que a DC Comics vai pagar por um título semanal com múltiplos artistas e prazos tão curtos para os profissionais envolvidos.
Future's End 5 é uma edição razoável. A história avança bastante e os protagonistas sofrem transformações, mas o foco ainda é totalmente voltado para personagens sem muita expressão no Universo DC (encaixaram até uns OMAC nesta edição). Isso acaba se mostrando cada vez menos natural. Sinto que os autores são forçados a contar esta história sob o ponto de vista de protagonistas secundários com o intuito de deixá-los mais em evidência. É um esforço louvável sim, mas quando você pega uma saga da DC pra ler você inevitavelmente vai se perguntar sobre os grandes ícones da editora e isso não é tratado ainda e nem sei se será tratado em edições futuras.  

sábado, 21 de junho de 2014

All-New X-Men #26

Pausa para reflexão e diálogo. Ciclope (o adulto) finalmente tem um papo reto com Jean (a novinha) sobre sua condição atual, viagens no tempo, Hank McCoy, seus novos poderes (que ainda não entendi direito), o julgamento dos Shiar e sobre sua relação atual. Enquanto isso X-23 #xatiada com a saída de Ciclope (o novinho) da equipe deixa a Nova escola Xavier para jovens mutantes, mas é atacada pela irmandade do futuro (aquela mesma da maldita saga "Battle of the atom". É... Eles voltaram).
Apesar da ação neste número se concentrar na metada final da HQ o que mais gostei foi justamente o diálogo entre Ciclope e Jean. Brian Michael Bendis conduz a cena com extrema delicadeza. Existia de fato a necessidade desse papo entre Ciplope e Jean Grey desde que ela chegou ao tempo atual com os outros jovens X-Men. A cena é simples e a voz da personagem é muita bem interpretada nas palavras do autor. Fiquei muito feliz com o tratamento dado a personagem nesta parte da história.
Quanto a irmandade do futuro, os vilões aparecem no fim da edição e prometem bagunçar bastante o esconderijo dos X-Men daqui pra frente. Ainda temos algumas cenas com X-23 e Warren Worthington, além de cenas no refeitório com todo o elenco.
Não preciso escrever muito sobre a arte de Stuart Immonen. O cara é simplesmente um dos meus desenhistas favoritos em HQs de super-heróis em atividade. O artista consegue manter um nível de qualidade e naturalidade absurdo tanto nas cenas mais tranquilas (Jean no traço dele é linda) quanto na hora da porradaria. Toda a parte gráfica de All-New X-Men é de extremo bom gosto e alto nível. Não precisa se preocupar com isso.
All-New X-Men 26 apesar de marcar o retorno aos temas de viagem no tempo que afundaram a qualidade do título durante "Battle of the Atom" tem grande valor para o leitor que curte os X-Men por causa do diálogo entre Ciclope e Jean Grey. Brian Bendis resgata uma fagulha daquela personagem que todos nós aprendemos a amar lá no início dos X-Men. A arte aqui é espetacular e a volta da irmandade futura até parece que deve gerar algo interessante nas próximas edições.

sexta-feira, 20 de junho de 2014

All-New X-Factor (2014-) #6

O X-Factor recorre a Doug Ramsey, melhor amigo de Warlock para lidar com Magus e sua nova "tecnocracia". O que parecia ser uma edição naquele padrão "grupo enfrenta super-vilão e resgata amigo hipnotizado de suas garras malignas" acaba não tendo nada a ver com isso.Warlock decide se juntar ao X-Factor voluntariamente e seu pai, que na verdade não é mais um vilão e sim um empresário como o próprio Harrison Snow, o deixa ir com o grupo sem problemas.
No resumo acima parece uma história bem paradona e de fato não existem cenas de lutas nem muita ação neste número, mas All-New X-Factor 6 é uma edição extremamente movimentada e cheia de subtramas. Peter David ao incluir Cifra e Warlock no elenco da HQ abre mais um imenso leque de possibilidades de histórias paralelas e gerencia as tramas recorrentes com maestria. Aos poucos conhecemos a vida pessoal do dono das industrias Serval, Harrison Snow e já nesta edição vemos que Doug Ramsay é o membro mais problemático do novo X-Factor. A história continua sendo contada pelo ponto de vista de Gambit o que dá um ar de surpresa e novidade à narrativa e Perigo continua sendo a personagem mais divertida do elenco pra mim.
Não vou falar mais da arte de Carmne di Giandomenico, quem já leu minhas outras resenhas do X-Factor sabe que ela não me agrada, mas entendo a decisão editorial da Marvel em manter o desenhista no título pelo seu estilo mais "radical" e "diferente".
All-New X-Factor é uma HQ feita sob medida para fãs de Peter Allan David. Se você está acostumado com o ritmo narrativo mais cadenciado e as soluções de conflitos e propostas nada convencionais do autor pode cair dentro. Para o leitor que quer alguma coisa mais impactante realmente sugiro alguma outra leitura. Nesta edição por exemplo temos ótimos diálogos, personagens cativantes, um monte de tramas paralelas, mas nada de ação. Então não digam que não avisei.

Captain Marvel (2014-) #2

Carol Danvers foi para o espaço literalmente. Nesta edição avançamos alguns meses depois de sua partida da Terra e encontramos a heroína em uma missão de transporte, levando uma alienígena em coma para uma colônia junto de seu povo. Logicamente a nave de Carol é atacada por uma frota hostil e logicamente temos cenas de combates espaciais. Neste número Carol conhece os Guardiões da Galáxia quando recebe ajuda dos mesmos durante o combate.
A roteirista Kelly Sue DeConnick se diverte e me diverte bastante aqui escrevendo os diálogos entre Rocket Raccoon e a Capitã Marvel (e quem não se diverte escrevendo as falas de um guaxinim?) em cenas muito engraçadas envolvendo seu gato de estimação. Aparentemente Rocket acha que o gato mau humorado de Carol é um "Flerken" (eu não sei que diabos é isso) e tenta destruí-lo. Hilária cena que já vale o preço da capa.
O tom da HQ é muito leve e sem compromisso e a história tem muita fluidez e segue com uma naturalidade bem diferente do volume anterior, escrito pela mesma autora diga-se de passagem. Você conhecer os personatgens ou não não tem importância aqui. Qualquer um pode pegar este título e começar a ler hoje e vai ter uma experiência bem legal. Esse é o principal ponto de melhoria em relação ao volume anterior. Carol continua sendo o símbolo da mulher independente e poderosa na Marvel (às vezes a autora força um pouco a barra no feminismo sim), mas isso não se dá ás custas de uma boa leitura.
A arte de David Lopez é excelente. O traço do cara encaixa perfeitamente no clima de aventura espacial da história. O desenhista não tem a menor dificuldade em desenhar os Guardiões e nas cenas dentro da nave faz quadros bonitos e divertidos com todo este elenco. As cenas de batalha espacial são bonitas e de fácil entendimento e o design das naves é muito interessante.
O salto de qualidade em Captain Marvel de um volume para outro é gritante. Aqui temos uma revista extremamente divertida, com uma personagem cativante, uma premissa leve que não se prende muito a tramas fixas e uma arte deliciosa de acompanhar. Altamente recomendado pra quem quer ler uma aventura espacial sem compromisso e não está muito afim de complicações.

Aquaman and the Others #2

O avião e quartel-general móvel dos "Outros", os amiguinhos do Aquaman explodiu em pleno voo. Ninguém tem habilidade de voar no grupo. E agora, como faz? É lógico que todo mundo sobrevive aqui, mas é interessante a maneira como Dan Jurgens escreve este título. Aquaman and the others 2 dá continuidade ao arco sobre as relíquias atlantes e revela quem são os primeiros antagonistas do grupo de super-heróis.Nesta edição também temos pequenas referências ao mais recente evento da DC Comics, Future's End quando a personagem Saveh, irmã da falecida aliada do grupo Kahina tem visões sobre um futuro onde as máquinas tomaram conta do Universo DC, inclusive de seus maiores heróis.
Aquaman and the others 2 tem diálogos simples e é mais voltada para a apresentação e fortalecimento de relacionamento entre os personagens.Por se tratar de um grupo com um elenco de ilustres desconhecidos é até aceitável que o autor tenha essa preocupação de escrever uma edição como esta na qual identificamos as motivações dos protagonistas e seu relacionamento entre si.
A arte de Lan Medina neste número é muito boa. Alternando entre cenas externas no meio do oceano, flashbacks mostrando um pouco da mitologia atlante, o mundo dos mortos e em ambientes fechados no cativeiro de Saveh o desenhista mostra bastante habilidade. O traço não tem nada de muito original, mas a caracterização dos personagens é boa, o enquadramento nas cenas de ação é bem fácil de acompanhar e em geral a arte de toda esta edição é bem caprichada.
Aquaman and the others é um título bom, bem escrito e bem desenhado. A história não é muito viajante e você consegue ler uma edição inteira sem ficar entediado. Não dá pra questionar a qualidade do material. No entanto esta HQ não tem nada que apele para novos leitores e nem para os antigos. O elenco é bem fraco e vejo que a premissa não tem nada de especial também. Eu não conheço muitos fãs do Aquaman, falando a verdade não conheço nenhum fã do personagem, então fica a dúvida de por quanto tempo a DC irá manter um material como esse sendo publicado.

All-New Invaders (2014-) #4

Os Invasores foram até Hala, o planeta natal dos Kree, para resgatar Namor e reaver a arma conhecida como "Sussuro ds deuses", um artefato de imenso poder capaz de controlar deuses de todos os tipos. No entanto ao chegar em Hala foram capturados pelas forças comandadas por Tanalth, a perseguidora e agora são obrigados a enfrentar Ikaris, um dos Eternos.
Peço perdão por ainda não ter publicado resenhas sobre este título porque o que temos aqui é mais uma história clássica de super-heróis escrita de maneira brilhante por James Robinson (e isso vem desde a primeira edição). Zero drama e zero enrolação. Nesta edição especialmente temos bastante ação com Namor, Captião América e o Tocha Humana original enfrentando o deus Ikaris enquanto o Soldado Invernal tenta impedir os planos dos Kree. Os diálogos do autor são muito simples e servem à grandiosidade meio nostálgica da história. A todo o momento o leitor sente que está lendo um título escrito na década de 1980 mas com uma roupagem atual.
E que roupagem. A arte de Steve Pugh fica cada vez melhor. Nesta edição temos cenas de luta plásticas e lindas. Quadros bem claros e impactantes e a caracterização do elenco é extremamente bem feita. O cara tem um traço clássico e é perfeito pra títulos de super-heróis.
Se você é um leitor nostálgico que sente falta do tempo em que os quadrinhos eram mais simples, divertidos e sem muita filosofagem All-New Invaders é o título certo pra você. A HQ transpira nostalgia por todas as páginas e é uma diversão mensal muito descompromissada e bem feita. A história só melhora a medida em que a equipe criativa fica mais confortável com este elenco. All-New Invaders cala a boca de todo mundo que diz que os quadrinhos não são como eram antigamente. Aqui eles são exatamente como eram na sua infância.

Green Lantern (2011-) #28

A coisa ficou feia pra Hal Jordan. Após o ataque ao quartel-general da tropa na edição passada e o transmorfo que se passou por Jordan incitando uma revolta, vários setores da galáxia se rebelaram contra a tropa dos lanternas verdes. Além disso o último lanterna azul, Saint Walker perdeu sua fé e seus poderes. Pra completar surge uma nova Lanterna Vermelha, a Kryptoniana Kara Zor-El, mais conhecida como Supergirl.
Esta edição de Green Lantern 28 incluiu a edição 28 de Red Lanterns para contar a história "Red daughter". Duas edições pelo preço de uma. Aqui temos detalhes do trato feito por Jordan com Guy Gardner após o fim do confronto com Relic e descobrimos como as duas tropas lidam com a ameaça de uma Kryptoniana possuída pela fúria do anel vermelho.
Em Green Lantern a história foca mais nos eventos que acontecem em Mogo, o planeta vivo e na repercussão da edição anterior. Temos bons diálogos entre Jordan e Saint Walker além de algumas cenas de batalha entre a tropa e Supergirl. Uma boa leitura, mas nada sensacional.
Em Red Lanterns vemos Atrocitus e sua escalada ao poder enquanto Guy Gardner e os outros Lanternas Vermelhos tentam proteger seu setor e gerenciar a chegada da nova Lanterna, Kara. A HQ não explica porque nem como a personagem adquiriu um anel vermelho. Só toca superficialmente a questão em uma cena em que Guy é informado que Atrocitus confeccionou novos anéis e que provavelmente o anel de Kara é um desses.Uma edição um pouco mais chata. Só salvando-se por conta dos diálogos entre Guy e Hal Jordan. As cenas com os lanternas verdes e vermelhos são interessantes, mas nada de especiais também.
Red Daughter é um mini crossover que serve basicamente para expandir a repercussão dos eventos em Supergirl. A filha de Krypton agora é uma lanterna vermelha e é lógico que os dois títulos seriam afetados. A história aqui não tem nada de muito especial. É burocrática, mas não chega a ser cansativa e a arte segue na mesma linha. Para quem está lendo Green Lantern não acho que vale a pena começar a ler Supergirl ou Red Lanterns só por causa desta nova personagem.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

The New 52: Futures End #4

Frankenstein (que não é mais agente da S.H.A.D.E.) deixa seu exílio gelado e visita seu antigo grupo no Japão em busca de respostas. Lá ele descobre que o Stormwatch foi exterminado por uma força desconhecida nos confins do espaço e é convencido a investigar o caso se juntando novamente a S.H.A.D.E. Lois Lane continua investigando o Robin Vermelho e descobre que Tim Drake vive sob uma nova identidade e uma barba de caminhoneiro. O antigo Titã não quer nem saber de super-heroísmo até que vê uma notícia sobre o Batman do Futuro em um telão. Grifter é atacado por um dos alienígenas que estava perseguindo.
Esta edição talvez seja a mais fraquinha de Future's End que li até agora. Pode ser coisa pessoal, mas eu não estou nem um pouco interessado no Stormwatch ou na S.H.A.D.E. e quase metade da HQ é focada nesse núcleo narrativo. Isso já acabou com a minha empolgação. As outras cenas com Lois, Tim Drake e Grifter não tem nada de especial então posso dizer que não gostei deste número 4.
A arte de Aaron Lopresti também não me agrada nem um pouco. Os personagens são tortos, desproporcionais, muitas vezes mal desenhados e os quadros são burocráticos e sem graça demais. Enfim, uma tragédia visual pra mim.
Future's End é a edição mais fraca da saga até agora. A ausência de algum peso-pesado da DC, o ritmo sonolento e explanatório da história e a arte esculhambada fazem desta leitura um desafio até para o fã mais empolgado da DC Comics. Tomara que o negócio melhore no número 5.

Detective Comics (2011-) #31

O Icarus é uma nova droga sintética altamente nociva que acaba por matar uma empresária amiga de Bruce Wayne na porta de sua mansão. Agora o playboy mais famoso de Gotham está na mira do detetive Harvey Bullock. Enquanto Harvey tenta incriminar Bruce Wayne, Batman corre por fora atrás do fornecedor da droga e do assassino por trás da morte da moça.
Francis Manapul escreve uma edição explorando a faceta mais investigativa do universo do Cavaleiro das Trevas. Temos até uma grata referência a fase atual de Batman Eternal em uma cena em que Bullock afirma que as coisas pioraram muito em Gotham desde que Jim Gordon foi preso. O problema é que a história fica sonolenta a partir da terceira página e até o final você tem que fazer um grande esforço pra não cair babando em cima da revista. Os diálogos entre Alfred e Batman são a mesma coisa que você já lê há mais de 60 anos de morcegão e nem as cenas de luta contra o vilão Sumô salvam esta edição do completo marasmo.
A arte de Brian Buccellato por outro lado é muito bonita. Temos quadros com aspecto meio de pintura e o design estilizadamente desleixado de algumas cenas fica muito legal neste tipo de história. A colorização e enquadramento de cenas também dão um clima bem urbano / investigativo pra HQ.
De qualquer forma todo o esforço do desenhista não é suficiente pra salvar este edição. A história fica muito chata mesmo e apesar de eu curtir a faceta mais "detetive" do Batman a premissa aqui se tornou bem mundana e comum e a história não tem nenhuma novidade.

Swamp Thing (2011-) #26

O Universo DC tem um novo Monstro do Pântano. Devido a inabilidade de Alec Holland de matar Jason Woodrue, o Semeador (tradução de "Seeder" por minha conta e risco) o vilão assumiu o posto de novo avatar o do "Verde".
Nesta edição somos apresentados a origem do misterioso Semeador. A história é contada através de memórias compartilhadas entre Holland e Woodrue. Um interessante ponto de vista que vilaniza ainda mais o novo protagonista. Mas a coisa não fica somente no campo dos flashbacks não. Charles Soule ainda arruma espaço nesta edição para um confronto muito legal do novo Monstro com o Homem-Animal, Capucine e o novo avatar ainda comete um atentado terrorista contra uma madereira peruana.
A história é bem movimentada e muito bem escrita. A origem de Woodrue é contada de forma bem natural e sem enrolação. Os flashback são curtos e, alternando com as cenas no presente não cansam nem deixam o leitor entediado. A batalha contra o Homem-Animal é muito legal e no final descobrimos o quão psicótico é esse novo Monstro do Pântano. E até onde ele irá para deixar sua marca perante o parlamento Verde.
A arte de Jesus Saiz é excelente. O design do novo Monstro é bem diferenciado e reflte a personalidade mais sombria do Semeador. As cenas de luta são lindas e é muito bom ver o Homem-Animal em ação. Cenários bem feitos, quadros bem fotografados, cenas de ação com impacto. A arte aqui é muito legal de acompanhar mesmo.
Swamp Thing 26 é uma ótima leitura. O título muda de protagonista mas não perde a vibe das edições anteriores. Esta poderia ser simplesmente uma edição de apresentação do novo avatar do Verde, mas é mais do que isso. A história caminha e a HQ é bem movimentada além de ter um trabalho de arte acima da média.

Superman/Wonder Woman (2013-) #6

O confronto Kal-El e Diana versus Zod e Faora chega ao seu clímax nesta edição. Os Kryptonianos pretendem abrir um portal para a Zona Fantasma em uma ilha no meio do Oceano Pacífico e trazer um exército para a Terra. Superman e a Mulher Maravilha buscam a ajuda do ferreiro mítico Hefesto que forja armaduras e empresta armas para o combate que segue.
Esta edição é bastante movimentada. O casal mais poderoso da DC Comics tem uma pequena DR no início da história, mas a partir daí Charles Soule não enrola muito e parte do Olimpo direto para a porradaria. O conflito ocupa grande parte da HQ e o leitor tem realmente a sensação de que a coisa ficou feia para os protagonistas, obrigando os mesmos a tomar medidas extremas no final desta edição. O legal deste número é que o autor consegue fortalecer a relação do casal sem deixar a história arrastada nem melosa demais. Clark e Diana estão apaixonados, mas são os seres mais poderosos do Universo DC atualmente e tem suas responsabilidades. É interessante ver quando e o quanto essas responsabilidades influenciam a relação dos dois heróis.
A arte de Tony Daniel já foi melhor. Senti essa edição um pouco corrida. Temos alguns quadros feitos claramente de maneira apressada e acho que seria bom um descanso para o artista antes que a qualidade do material seja mais comprometida. As cenas de luta são boas, mas tenho certeza que poderiam ser muito melhores caso Daniel tivesse mais tempo para trabalhar nelas.
Superman / Wonder Woman 6 põe os dois seres mais poderosos do UDC contra uma ameaça que talvez não estejam preparados 100 % pra enfrentar.O clímax do conflito é interessante e apesar da arte não me agradar totalmente este título, que explora o relacionamento fantástico de dois semi-deuses dos quadrinhos, é uma leitura bem divertida.

Original Sin #4

Original Sin 4 coloca o foco nos grupos de protagonistas que foram contratados pelo "agente misterioso". Nesta edição acompanhamos os 3 times colidindo em um satélite na órbita da Terra. Após resgatar Orb da Torre dos Vingadores (com extrema facilidade diga-se de passagem) Justiceiro e o Doutor Estranho entram em curso de colisão com Pantera Negra, Emma Frost e Homem-Formiga. No mesmo satélite o Soldado Invernal revela o motivo de sua suposta traição na edição anterior ao grupo de Gamora, Cavaleiro da Lua e o recém-chegado Rocket Raccoon. No final todos descobrem para quem estavam realmente trabalhando esse tempo todo.
Nesta edição Jason Aaron consegue organizar um pouco o terreno e dar algumas pistas mais claras sobre a motivação dos protagonistas. O autor meio aos trancos e barrancos consegue colocar todos juntos no mesmo cenário com objetivos similares. Isso não quer dizer que todas as suas perguntas serão respondidas aqui. Não fica muito claro como os 3 grupos de heróis chegaram ao satélite juntos. A explicação ainda é bem vaga e mal feita. Todo o clima de mistério da HQ ainda parece forçado e desconjuntado demais pro meu gosto e as revelações nesta edição sobre a natureza do contratante são extremamente óbvias atenuando muito o cliffhanger deixado no final da edição anterior (isso já é uma marca registrada da Marvel atualmente). Me incomoda muito a postura do Doutor Estranho em relação aos Vingadores sendo que o mago sempre foi um aliado do grupo e em Original Sin 4 ele não tem problema algum em atacar o quartel-general da equipe e libertar um prisioneiro. Por outro lado a interação entre esses personagens tão distintos e os diálogos escritos pelo autor são muito divertidos. Em meio a uma trama tão louca e cheia de perguntas sem resposta a leitura acaba ficando muito legal graças a essas cenas. Stephen Strange e Frank Castle são uma dupla impagável sim e eu adoro ler os diálogos entre os dois. Aliás nota-se claramente o prazer que o escritor tem em usar Frank Castle como ponto de perspectiva do leitor dando a ele falas que eu ou você usaríamos na mesma situação. O Justiceiro por incrível que pareça é o sujeito mais "normal" deste elenco.
A arte de Mike Deodato continua extremamente caprichada. A presença de tantos personagens diferentes não é problema algum para o artista que parece se divertir muito com cada núcleo narrativo que desenha. A caracterização e expressões corporais continuam impecáveis e os cenários são um deleite visual. Quem estava reclamando dos quadros vazios nas edições anteriores pode parar de choramingar. Nesta edição eles somem e dão espaço a páginas com enquadramento mais clássico de quadrinhos. A cena da luta entre Estranho, Justiceiro, Wolverine e Hulk é o destaque da edição pra mim. Apesar de ser uma cena bem curta fazia tempo que não via um Hulk tão selvagem e bem desenhado como no traço do artista.
Original Sin 4 oferece algumas respostas ao leitor e põe algum direcionamento para o grande elenco de personagens da saga. Essas respostas não são necessariamente sobre o assassinato do Vigia e sim sobre a natureza de seu contratante misterioso. O problema é que o que o autor oferece aqui ou cai no terreno do óbvio ou fica mal explicado e forçado. Por outro lado esta é uma ótima oportunidade de ler ótimos diálogos entre personagens bem interessantes com uma arte sensacional. É sim uma leitura bem divertida apesar de ainda parecer uma saga meio sem pé nem cabeça.

The Flash (2011-) #31

Barry Allen ainda tenta arrumar Central City após a confusão toda em Forever Evil. Ao que parece algum criminoso se aproveitou do ataque do Sindicato do Crime e saqueou a sala de evidências da delegacia de Barry roubando várias armas de supercriminosos da cidade. No meio da investigação Iris West pede a Barry que converse com seu sobrinho Wally. Aqui temos o primeiro contato entre os dois personagens nos Novos 52. Enquanto isso o Flash Futuro corre atrás de eventos do seu passado tentando impedir que os mesmo aconteçam. Aqui ele impede que convidados em uma festa de gala morram durante um assalto orquestrado pelo Mestre dos Espelhos.
Esta edição alterna entre uma trama no tempo presente com Barry Allen, Iris e Wally West e a linha narrativa do misterioso Flash Futuro que se passa 5 anos no futuro de Central City.
Robert Venditti e Van Jensen escrevem uma edição razoável. O encontro entre Wally e Barry é previsivelmente conturbado com o adolescente dando um chilique e não aceitando os conselhos de Barry. A ação acaba ficando por conta das cenas com o Flash Futuro, mas apesar de todo o mistério envolvendo o personagem não posso dizer que chega a ser uma leitura instigante.
A arte de Brett Booth varia de razoável a ruim aqui. O desenhista tenta disfarçar sua inabilidade em dar vida e personalidade ao elenco com "splash pages" e sequências de ação confusas. As cenas com Barry Allen e o elenco de Central City são as piores, pois nas cenas sem ação é que o leitor percebe o quanto o artista é limitado.
Flash 31 introduz de fato Wally West aos Novos 52. O personagem tem suas primeiras falas e cenas na revista mensal do velocista. Não é uma estréia impactante, longe disso. A trama aqui é bem fraca e, tirando o mistério acerca do Flash Futuro não há muita razão pra alguém acompanhar de perto este título a não ser que você seja um grande fã do personagem.    

quarta-feira, 18 de junho de 2014

New Avengers Vol. 3 #18

Os Iluminatti se preparam  para enfrentar os heróis da Grande Sociedade, um grupo de seres que conseguiu salvar seu planeta e todo seu universo de todas as incurssões e fusões universais.
Nesta edição vemos a preparação para o confronto. Temos cenas com Namor e a volta do Doutor Estranho; Bruce Banner e Hank McCoy conversam sobre as ogivas universais; Pantera Negra discute com seus ancestrais sobre sua decisão de destruir universos; Raio Negro se recupera enquanto Tony Stark tenta arrancar alguma informação de Black Swan.
Naturalmente com tantos cenas de conversas entre os Iluminatti esta acaba sendo uma edição sem ação. Somente diálogos e expectativa para o conflito. Entretanto não chega a ser uma leitura chata. Os diálogos são interessantes, principalmente nas cenas com o Pantera e o conselho dos reis mortos. Jonathan Hickman consegue gerar alguma expectativa para o conflito que segue e este título parece que vai finalmente sair da inércia na próxima edição.
A arte de Valerio Schiti é bem legal. Temos um traço bem simplificado e direto, sem muita frescura nem diagramação muito complexa. O cara demonstra bastante intimidade com o elenco e as caracterizações dos personagens são bem convincentes.
New Avengers 18 não é uma edição espetacular. Está bem longe disso. Este número preprara o terreno para o grande conflito que se dará na próxima edição e promete mudar o status dos Iluminatti. Se você já estava cansado de tanta enrolação esta edição parece que apresenta uma luz no fim do túnel. 

Avengers Vol. 5 #30

A merda atingiu o ventilador na edição passada. Todos os Vingadores sabem que Tony Stark e os Illuminatti estão lidando com as fusões de Universos secretamente e que pretendem usar armas de destruição em massa para salvar o universo 616. O Capitão América sabe que foi traído pelo Homem de Ferro e teve memórias apagadas pelo Doutor Estranho. O problema é que a jóia do tempo (que acreditava-se estar destruída) reapareceu e transportou os Vingadores para 48 anos no futuro.
Nesta edição somos apresentados a mais um futuro alternativo da Marvel. Neste futuro conhecemos versões do Gavião Arqueiro, Starbrand, Thor, Viúva Negra e Hyperion. Nada fica muito claro sobre o que aconteceu com os heróis da Terra. É mais uma daquelas edições confusas e ambíguas escritas por Jonathan Hickman. Se você já conhece o trabalho que o autor vem desenvolvendo em Avengers nada aqui vai te instigar, surpreender ou interessar. É mais um desvio de foco pra o que realmente está acontecendo na Marvel (o assassinato do Vigia). O autor consegue criar mais pontas pra deixar soltas e as versões futuras dos personagens são totalmente dispensáveis e sem graça. Os diálogos do Hickman continuam sem sal e excluindo a cena do encontro dos dois Gaviões Arqueiros não dá pra você enxergar um pingo de personalidade nos protagonistas por suas falas. Em resumo parece que todos são a mesma pessoa falando.
Os desenhos de Leinil Francis Yu pra mim não se encaixam neste título. O traço do cara não é ruim, mas em HQ de equipes e principalmente de super-heróis ainda prefiro um artista com um traço mais limpo e clássico.
Conclusão: Avengers continua na mesma chatice que persisiste já por umas sete ou oito edições. O título ainda não disse a que veio desde antes de Infinity e a medida que Jonathan Hickman vai introduzindo novos conceitos sem fechar assuntos passados a leitura vai ficando cada vez mais cansativa.