
90% de Sex Criminals 2 é sobre masturbação. Masturbação masculina. Correção: Sex Criminals 2 não é sobre masturbação. É sobre punheta. Aqui conhecemos Jon. Um cara com a mesma estranha habilidade da protagonsta Suzie. Ou seja, toda vez que o cara tem um orgasmo ele consegue parar o tempo também. Nesta edição Jon explica como foi sua primeira masturbação e como sua habilidade temporal impactou seus tempos de adolescente “mão peluda”. Matt Fraction consegue a proeza de criar uma trama interessante que não descamba pro “American Pie” nem pra vulgaridade. O autor transita no limite entre o pastelão erótico e o indie (eu nem sabia que isso existia, mérito pro Fraction) sem se comprometer com nenhum dos dois gêneros. As memórias de Jon são familiares pra qualquer adolescente da década de 1990 e a referência a Jasmine St. Claire (uma das minhas atrizes pornôs favoritas) já vale toda a edição pra mim.
A arte de Chip Zdarsky é certeira. O clima de “tirinha de domingo” misturado com sua ambientação despojada meio Strangers in Paradise é perfeito pra essa HQ. Não dá pra imaginar outro cara desenhando isso aqui. É tudo muito natural e mesmo as cenas de sexo e nudez (tem isso sim) não chocam e nem são vulgares. Parece um trabalho artístico bem simples, mas toda página é cuidadosamente pensada pra não estragar o clima da HQ.
Se a primeira edição de Sex Criminals me divertiu mas não me impressionou esta segunda me fez meio que empolgar no tranco. Os personagens são muito interessantes. A caracterização é muito boa. A arte é extremamente original e a história é divertida demais. Recomendo até pra quem não costuma ler gibi. Tem um pouco de Sex Crimininals na vida de todo mundo e isso vale a pena ler.
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