Robbie Reyes é um mecânico latino que mora em um daqueles conjuntos habitacionais em um gueto em Los Angeles. Ele vive com o irmão que é deficiente físico e mental e nas horas vagas participa de corridas de carro ilegais pela cidade. Em uma dessas corridas, ao “pegar emprestado” um puta carrão que um cliente convenientemente tinha deixado na oficina em que trabalha Robbie Reyes é abordado por um grupo de extermínio que estava interessado na imensa quantidade de drogas no interior do porta-malas. Reyes é fuzilado e renasce como o Espírito da Vingança.
Parece uma primeira edição bem idiota e na verdade a história é mesmo bem rasa, mas a execução aqui é caprichada. Os diálogos não são extensos e a parte visual é um storyboard de um puta filme de ação. As cenas aqui escritas por Felpe Smith são curtas e diretas. Não tem enrolação nenhuma. Voce sabe de cara a motivação de todos os personagens e não tem brecha pra “Se” aqui.
A arte tem uma personalidade incrível. Tradd Moore pode não agradar a todos com seu traço híbrido oriental, beirando o mangá contemporâneo (não pensem em Joe Madureira nem Humberto Ramos), mas com certeza deixou sua marca nessa primeira edição. As cenas de corrida tem o impacto e a velocidade necessária e o design de personagens é variado e interessante. Gostei muito deste tipo de arte a qual geralmente não sou fã.
Bom, como o próprio editor da HQ Mark Panicia escreve na página final tudo que poderia ser feito com o Motoqueiro Fantasma já foi feito então se fossem se aventurar nesta franquia seria tomando um rumo completamente diferente. Isso aqui é diferente, não tem nenhuma relação com Johnny Blaze, Danny Ketch ou com o elenco das antigas HQs e merece uma chance de ser lido. Esta edição me causou um impacto inesperado pelo contexto meio “Velozes e Furiosos” da trama e pelo visual extremamente diferente. Vou acompanhar e mantenho os senhores informados.
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