quinta-feira, 29 de maio de 2014

The New 52: Futures End #3

Bom, Ronnie Raymond é o novo filhodaputa oficial do Universo DC. Além de negligenciar uma chamada de emergência que custou a vida de um colega da Liga da Justiça o cara mantém Jason Rusch preso dentro da Matriz Nuclear. Ronnie decide aqui não desfazer a transformação que separa os dois e mantém Jason como refém enquanto continua com seu estilo de vida boêmio, azarando as novinhas de biquini e voando pela cidade sem ajudar ninguém. Ainda nesta edição descobrimos que Frankenstein não trabalha mais para a S.H.A.D.E. e que vive em reclusão no ermo Canadense. Mas não é só isso: Batman Beyond tenta sem sucesso invadir a Terrifitech e fracassa deixando Mr. Terrific com a pulga atrás da orelha. E tem mais: Grifter, o assassino de aliens que veio da Wildstorm faz compras (É isso mesmo. Escreveram uma cena do Grifter numa birosca comprando mantimentos. E a cena é até legal). Mas, espere tem mais coisa: Nesta edição Lois Lane ainda descobre que uma pessoa que acreditava-se morta está viva (Não é o cara que morreu na primeira edição não. É outro, seus mimimizentos).
Parece infomercial das facas Ginsu, mas é a terceira edição de Futures End.
A quantidade de coisa acontecendo ao mesmo tempo neste número e o ritmo em que a história evolui é louvável. A leitura é bem fácil e apesar de algumas coisas serem claramente explanatórias (as passagens com Grifter e Frankenstein principalmente) a trama vai avançando e vemos lentamente o desenrolar dos eventos que culminaram na tragédia que acontece com o UDC 30 anos depois dessa época (leia edição 0).
A arte aqui é de Mark Irwin e Dan Jurgens e não tem nada de especial. Quadros simples e uma colorização padrão pra manter o foco na narrativa.
Futures End 3 põe o pé no acelerador. Passado o funeral da edição passada a história começa a avançar e o clima de incerteza em relação ao que pode acontecer com estes personagens é o combustível pra instigar qualquer leitor que vem acompanhando com mais atenção os Novos 52.

Batman Eternal (2014-) #6

Guerra entre facções criminosas, o prefeito no bolso da máfia, James Gordon preso injustamente, um vírus tecnorgânico infectando crianças... Você acha que a vida do Cavaleiro das Trevas estava complicada? Pense outra vez.
Nesta edição de Batman Eternal somos introduzidos a uma nova subtrama e um grande problema para Batman. Aparentemente algum espírito (ou espíritos) malígno está aloprando pela cidade e mais especificamente no Asilo Arkham. Como todos sabem Batman não é muito bom com magia. Convenientemente então ele recebe uma visita de Jim Corrigan, o Espectro e posteriormente envia Batwing para ajudar o detetive místico a investigar o caso. Enquanto isso alguém está explodindo coisas em Gotham e o Morcegão começa a sentir que tem mais coisa em sua bandeja do que ele consegue comer.
Novamente a equipe de autores de Batman Eternal adiciona mais uma camada de subplot ao bolo de histórias paralelas do título. Esta edição, assim como a anterior é mais uma que introduz personagens e situações de adversidade sem dar tratamento aos temas anteriores. Os pepinos das quatro primeiras edições ficam em espera e isso acaba dando uma broxada em quem lê. Como eu já disse é muito bom diversificar os temas, mas já ficou muita coisa sem continuidade nesta HQ e introduzir novas tramas é maçante e cansativo, mesmo que elas sejam interessantes. Eu estou mais interessado no atentado no metrô, na situação de James Gordon e até no papel de Harper Row nesta história toda.
A arte de Trevor McCarthy é bem legal e encaixa perfeitamente com o tema místico da HQ. As cenas no Arkham e com o fantasma que ameaça Gotham tem uma colorização incrível e o visual desta edição é todo muito caprichado.
Batman Eternal 6 não é uma leitura ruim, mas eu sou impaciente e quero que a história ande. Esse negócio de ficar aumentando a quantidade de subtramas a cada edição é agoniante e cansativo mesmo que o título seja semanal.

Archer & Armstrong (2012- ) #17: Digital Exclusives Edition

Final da Guerra contra o Secto, evento que colocou Obadiah Archer contra seu parceiro Armstrong. Os dois são orbigados a resolver suas diferenças no meio de um confronto entre as mais bizarras facções do Secto (já expliquei o que é o Secto em outro post dessa HQ. Vai ler lá, preguiçoso!) dentro de uma pirâmide debaixo d'água.
É, neguinho... Tá achando bizarra a situação? Provavelmente você não tem acompanhado essa série então.
O final do arco é extremamente movimentado e muda muito o status dos personagens, lançando o título em uma nova fase. No meio de toda a confusão é lógico que a amizade entre os dois protagonistas se renova e Archer confronta sua irmã Mary Maria.
A arte de Khari Evans está um pouco corrida aqui e parece que o prazo era curto ou ele teve algum atraso. Alguns quadros são mal acabados e isso não é o trabalho costumeiro desse artista. O cara já nos apresentou edições melhores. De qualquer maneira não é um trabalho ruim, só aquém das capacidades do desenhista.
O final de Sect War é mais um triunfo do autor Fred Van Lente. Archer and Armstrong continua com um argumento forte e divertido, situações inusitadas, uma trama que se espalha por toda a história da humanidade, personagens originais, humanos e cativantes, ação, drama, comédia, dinossauros, sociedades secretas e alienígenas. O QUE VOCÊ QUER MAIS? CERVEJA? Tem também! Para os leitores novos aconselho ler desde o início do arco ou mesmo pegar o arco anterior. Ótimo título mensal. Um dinheiro muito bem gasto.

The New 52: Futures End #2

Essa resenha inteira só pode ser escrita fazendo um PUTA spoiler então vou inserir uma quebra de texto aqui pra quem não quiser ser surpreendido (Tá vendo como eu sou legal?).

Captain America Vol. 7 #17

Surge o Doutor MindBubble!
O novo vilão faz parte do programa "Arma Menos" (Weapon Minus no original) criado na década de 1970 pela S.H.I.E.L.D. como contra medida ao programa "Arma Mais" (Weapon Plus no original) que tinha como componentes Wolverine, Nuke e o próprio Steve Rogers. O Arma Menos foi mantido trancado em uma base da S.H.I.E.L.D. esse tempo todo e foi liberado por uma explosão de um dispositivo instalado em Nuke pelo Prego de Ferro (o vilão oriental deste arco atual).
Sobre o Doutor Mindbubble o que pude entender é que ele é um tiozinho esquálido, todo trabalhado na psicodelia setentista. Ele fala como Austin Powers e solta bolhas telepáticas pela cabeça. Se uma dessas bolhas te pegar "um abraço" você está sob o domínio do vilão. É o que acontece com Nick Fury Jr. nesta edição aqui.
Rick Remender se diverte bastante com sua "criação" escrevendo diálogos discursivos e extensos para o antagonista, no entanto esta edição é bem chata. O vilão é ridículo e excêntrico demais pro meu gosto e apesar de se tratar de uma HQ de super-herói soa como chacota um personagem desse tipo. Não tem como engolir, desculpe Rick.
A arte de Nick Klein é correta e até temos uma sequência interessante no Brooklyn com o Capitão América e a filha de Arnim Zola, Jet Black impedindo um assalto, mas nada demais.
Capitão América 17 é um esforço do autor Rick Remender para criar um conceito novo. Mérito pra esse esforço, no entanto a idéia é ruim e soa forçada demais. Parecendo que o escritor quer a todo custo fazer algo bizarro e retrô ao mesmo tempo. Nem Iron Nail, nem o Doutor Mindbubble são vilões cativantes e essa trama está arrastando a HQ para o marasmo. Se é que já não chegou lá.

Batman Eternal (2014-) #5

Edição protagonizada pelo Robin Vermelho, Tim Drake.
Investigando uma infecção de nanobots que atingiu todos os jovens que estavam no incidente com o Professor Pyg na primeira edição o jovem Titã cruza o caminho da repórter Vicky Vale e dos irmãos Harper e Cullen Row.
Não dá pra entender muito bem o que isso tem a ver com a guerra de facções criminosas em Gotham, e essa história parece um pouco descolada da trama principal do título deixando a leitura meio enfadonha.
Batman aqui aparece em apenas três páginas bastante ocupado e mete o pé pra cuidar de Falcone. Enquanto isso o jovem Drake tem que lidar com adolescentes infectados pelo vírus tecnorgânico e alguns criminosos meia-boca.
A arte de Andy Clarke é bem legal, detalhada e tem um tom bem realista nas expressões físicas. Apesar do artista não ser fixo na série faz um ótimo trabalho gráfico.
Batman Eternal 5 é umas das primeiras edições mais chatinhas do título. A trama se desvia muito das edições anteriores e não ensaia nem uma pequena conexão com toda a situação da guerra de facções criminosas nem a prisão de James Gordon. É introduzida uma terceira subtrama paralela envolvendo um novo núcleo de personagens, no entanto esta nova narrativa não tem o mesmo impacto que as anteriores. Isso deixa pontas soltas e muita coisa acontecendo ao mesmo tempo no título. Sei que este é um título semanal e que os autores (são 5 diferentes: James Tynion IV, Scott Snyder, Ray Fawkes, John Layman e Tim Seeley) tem que criar tramas distintas pra aumentar o escopo da HQ e estimular a leitura, mas realmente achei o lance dos nanobots e esse elenco bem caído.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Cyclops (2014-) #1

O que você faria se fosse um adolescente órfão e depois de anos vivendo sem os pais descobrisse que seu pai estava vivo e é um pirata espacial? É lógico que você iria pro espaço com ele.
Esta é a premissa de Cyclops de Greg Rucka. O jovem Ciclope (pra quem não está por dentro esse é o Scott Summers novinho que foi trazido do passado junto com os X-Men originais. Não me culpe. Culpe o Bendis) joga tudo que é X-Men pro alto e vai pro espaço trabalhar com o papai.
O tom da revista é muito diferente de tudo que já li deste autor e apesar disso é muito familiar. A história tem bastante diálogo, é alegre, não tem nenhum drama e é uma espécie de fábula espacial de reencontro entre pai e filho. Nesse aspecto consigo detectar boa dose de Greg Rucka no título, pois isso está longe de ser uma HQ de super-herói. Cyclops trata sobre relacionamentos familiares e é uma história sobre pessoas reais com sentimentos reais.
A primeira edição mostra os primeiros dias do jovem Scott Summers a bordo do Cruzador Estelar dos Piratas Siderais e tudo aqui transpira fantasia e aventura sci-fi. Todo o cast da HQ com a tripulação da nave é muito legal e é bem divertido ler sobre a relação entre o Scott e sua nova madrasta, a linda alienígena Hapzibah.
A arte de Russel Dauterman é linda. Lembra um pouco Olivier Coipel em alguns quadros, mas as expressóes faciais de Dauterman são muito mais definidas e o enquadramento nas cenas de ação é excelente.
Cyclops é a prova de que qualquer cagada (no caso aqui trazer os X-Men do passado) que a Marvel possa produzir pode sim ter algum valor se for tratada de maneira honesta nas mãos de uma boa equipe criativa. Rucka escreve Scott Summers como o adolescente que todos nós somos ou já fomos em algum momento da vida e Corsário é o pai que todos nós em algum momento da vida desejamos de ter.

Avengers A.I. (2013-) #9

Os Vingadores Virtuais e Vampira (Ela é uma Vingadora também, lembram?) dentro do mundo virtual chamado Diamante tentam impedir Dimitrios, uma das inteligências artificiais geradas pra destruir Ultron, de dominar toda internet. É isso mesmo! Se você pegou a revista agora a premissa é que um aplicativo de celular está sendo usado pra influenciar o comportamento das pessoas e deixá-las agressivas criando caos pelo planeta. E esse aplicativo NÃO É O FEISSEBUQUE! Bom, o fato é que isso é um trabalho pros Vingadores que entram na "Matrix" pra salvar a humanidade novamente.
O interessante do roteiro de Sam Humphries é criar uma batalha totalmente surreal entre os heróis e as inteligências artificiais e estimular a discussão sobre a consciência de autômatos como Visão, Victor Mancha e outros do cast. As lutas são bem divertidas e loucas, principalmente as partes envolvendo o Capitão América.
A arte de André Araújo continua bem singular. O traço do cara é muito peculiar e limpo. O design dos cenários e personagens é muito legal e a apresentação deste título é bem distinta dos outros títulos dos Vingadores e venho dizendo isso desde o início da publicação.
Avengers A.I. continua fora do eixo em relação a tudo relacionado aos Vingadores atualmente e isso é totalmente saudável. A história transita no limite da loucura e é ideal pra ser lida em sequência, sem pausas. Esta edição é recheada de ação, tem um  tipo de arte muito caprichado e original e as referências aos sentai japoneses são muito bem vindas. Boa leitura.

The New 52: Futures End #1

Agora é a Vera! Se você pegar isso aqui pra ler vai ver o que acontece com o Universo DC daqui a cinco anos. Pra quem está confuso Futures End se passa cinco anos a frente da cronologia atual do UDC. Batman do Futuro, Terry McGinnis tenta voltar no tempo para impedir a desgraça que aconteceu em sua linha temporal (leia a edição número 0 ou a resenha pra entender) mas chega um pouco depois do que pretendia e agora tem que se virar.
Novamente o roteiro da HQ é uma colaboração criativa entre Jeff Lemire, Keith Giffen, Dan Jurgens e Brian Azzarello. Apesar da premissa ser muito manjada temos aqui uma primeira edição bem interessante.
A história foca em 3 núcleos narrativos principais: Batman do Futuro tentando entender onde está e qual a sua diretiva nesta época; Grifter eliminando alienígenas em uma trama que parece não ter relação com nada e finalmente Ronnie Raymond que negligencia uma chamada de Jason Rusch em uma emergência e faz Nuclear pagar um alto preço por isso. A última página da HQ com a consequência da displicência de Raymond pode não ser chocante pra fãs antigos da DC, mas é bem surpreendente tendo em vista que esta é uma primeira edição.
A arte dividida entre Keith Giffen e Patrick Zircher não é fabulosa, mas é boa e uniforme, mantém a narrativa em foco e não abusa de quadros muito confusos. É o tipo certo de trabalho gráfico pra uma HQ com vários núcleos narrativos como essa.
Futures End 1 é uma boa edição de estréia. Ela depende muito pouco da edição 0 ou de algum conhecimento muito aprofundado do Universo DC pra ser compreendida e apreciada. A apresentação dos protagonistas é sucinta e eficiente e felizmente existe uma trama por trás do evento que não se apóia somente na curiosidade do leitor sobre o futuro da DC. Os flashes que temos do futuro (nesta edição vemos Stormwatch) são pequenos bonus que os autores dão ao leitor e não a história em si.

New Warriors (2014-) #2

O Alto Evolucionário voltou (é... De novo...) e ele está disposto a eliminar qualquer pessoa com algum poder "não-humano" pois acredita que o "Dia do Julgamento" está chegando. Então quer você seja mutante como o telepata Justiça, atlante como Cobra D`água (esse codinome é horroroso) ou até um clone de um certo escalador de paredes como é o caso Aranha Escarlate você está na mira dos Evolucionários.
Christopher Yost escreve uma edição totalmente genérica que poderia figurar facilmente nas clássicas páginas de Novos Guerreiros nos anos 1990 (temos que admitir que aquilo lá, apesar de divertido não tinha nada de muito original). A equipe ainda não é uma equipe. Somente Speedball e Justiça tem um objetivo comum. Os demais protagonistas ficam somente lutando com os Evolucionários sem saber muito bem o que está acontecendo. Nova por sua vez é sequestrado pelo Alto Evolucionário e parece ser o mais perdido em toda a HQ.
A arte de Marcus To é boa. As cenas de ação são bem feitas e inteligíveis e o desenhista consegue imprimir seu estilo sem descacterizar os personagens.
New Warriors 2 continua no ritmo acelerado e meio acéfalo da primeira edição. É uma HQ bem genérica e não tenho certeza se vai conquistar algum nicho de mercado com personagens desse calibre e uma trama tão manjada.

Nova Vol. 5 #15

Sam Alexander e o cão telepata, Cosmo tentam livrar Knowhere, o antigo quartel-general dos Guardiões da Galáxia dos mercenários do Capitão Skaarn sem a ajuda de Bill Raio Beta, que foi mandado pra Jotumheim.
Soa bem genérica esta edição, mas apesar disso ela é bem interessante.Primeiramente porque os confrontos são bem feitos e a arte de David Baldeon é bem dinâmica. Segundo porque os diálogos são curtos e rápidos. O autor Gerry Duggan não se preocupa muito em filosofar. Essa é uma HQ de aventura, então as motivações, poderes e os personagens são apresentados no meio da porradaria sem empacar a história. Terceiro porque o autor ainda arruma espaço nas 23 páginas pra mostrar como a vida do protagonista vira uma zona por causa de sua opção por ser um guardião cósmico.
Novamente a HQ evoca fortemente o tema "vida pessoal / super-heroísmo adolescente" puxando muito da fase clássica do Homem-Aranha e do Aranha Ultimate.
Nova 15 não é nada muito original, muito do espanto e do tom mais grandioso da fase Loeb se perdeu e a HQ ficou mais direta e prática. No entanto não é uma história chata e pra quem aprendeu a gostar do personagem é sim uma boa leitura.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Saga #19

Após um merecido descanso de 4 meses Briak K. Vaughan e Fiona Staples retornam do recesso com o título mensal mais foda da atualidade. E que retorno...
Não dá pra spoilear a primeira página dessa HQ, digamos somente que é uma dos quadros mais lindos, chocantes e bizarros que já vi em muitos anos de leitura de quadrinhos.
A história retorna alguns meses após os eventos de Saga 18. Marko, Alana, Hazel e sua família vivem em um planeta chamado Gardenia disfarçados. Alana trabalha em um grupo de teatro virtual interplanetário que tem uma audiência pequena e Marko fica em casa tomando conta da filha. Além de contextualizar o leitor esta edição ainda nos mostra um pouco da história do planeta de Prince Robot IV e como a família real está lidando com seu desaparecimento.
A arte de Fiona Staples que parecia não poder ficar melhor do que estava melhorou muito. Principalmente a colorização. Gardenia é um planeta muito colorido e parecido com um planeta Terra utópico então a paleta de cores da artista é bastante clara e vibrante aqui, diferente do usual tom pastel usado com frequência neste título.
Os diálogos de Vaughan continuam flertando entre o bizarro e o familiar. A conversa no playground é um exemplo dessa técnica. Situações comuns, mas com personagens muito estranhos e diálogos muito naturais. Esta edição tem zero ação e mesmo assim pra quem é fã do material é uma delícia ler e saber mais sobre a história deste elenco.
Infelizmente pra quem está começando a ler Saga 19 não é uma boa pedida como ponto de partida. Há muita coisa nesta edição referente ao arco anterior e a leitura pode ser prejudicada. Aconselho pegar um tpb do primeiro volume da HQ e cair dentro. Pra quem é fã e já estava acompanhando, acho que não precisa nem ler esta resenha pra correr e comprar a melhor coisa nos quadrinhos atualmente.

Forever Evil (2013-) #7

Forever Evil chega a seu final com uma porrada de assuntos pendentes pra resolver: 
Asa Noturna quase morto, a Liga da Justiça presa dentro de Nuclear (que está prestes a explodir e destruir metade dos EUA) e o principal: Quem diabos vai conseguir deter Ultraman, Deathstorm, Superwoman e MAZAHS...
A quantidade de coisas pra resolver em 42 páginas acaba deixando a HQ toda no limite da velocidade narrativa e algumas coisas são um pouco atropeladas, principalmente em relação a Owlman e o Asa Noturna. No geral, o ritmo acelerado é benéfico para o clímax e o excesso de subtramas é razoavelmente administrado por Geoff Johns não confundindo muito o leitor e deixando poucas coisas mal resolvidas.
O artifício usado pelo escritor pra resolver a trama já era previsível: O Sindicato do Crime é uma equipe formada integralmente por filhos da puta e, em sua filhadaputagem acabam se auto-sabotando. A Liga retorna do exílio deixando uma grande dúvida no ar a respeito de Batman e Diana e isso é bem interessante.
O principal ponto positivo da edição final de Forever Evil é a atuação de Lex Luthor durante toda a HQ. O personagem que já vinha tendo destaque nas outras edições ganha em personalidade, tridimensionalidade e carisma neste final. É muito bom mesmo ver alguém diferente do Batman resolvendo os pepinos na DC. E Lex Luthor é cara certo pra isso. Apesar da luta entre Lex e Alexander Luthor ser bem desigual e até um pouco difícil de engolir (Luthor é um ser humano normal com uma armadura e MAZAHS é quase um deus) ela é empolgante e muito bem feita.
David Finch faz aqui seu melhor trabalho nas sete edições do evento. Apesar da história ser bem corrida a arte é caprichada demais, os quadros são grandiosos do jeito que tem que ser e as lutas são um espetáculo visual. Destaque principalmente nas cenas com Bizarro (que virou meu personagem favorito da saga).
Forever Evil 7 é um clímax bem corrido e cheio de batatas quentes voando pra todo o lado. Geoff Johns consegue em 42 páginas dar resoluções e fechar 90% dos subplots propostos. No geral, o prometido desde o início dessa saga era que os vilões dominariam o Universo DC e foi realmente isso que ocorreu aqui. No final das contas foi um elenco composto por 80% de gente ruim que salvou a Terra do Sindicato do Crime.
Ah, eu não sei como será a reação de vocês, mas quando foi revelada a ameaça que destruiu o Universo do Sindicato do crime no final desta HQ vibrei com o que vem por aí. Leiam e me digam o que acham.


quinta-feira, 22 de maio de 2014

Original Sin #2

Os Vingadores coordenados por Nick Fury e o grupo paralelo de super seres liderados por um contratante misterioso (comicamente descrito na página de recapitulação como "Chefe Misterioso") continuam investigando o assassinado do Vigia. Enquanto o Doutor Estranho e Frank Castle vão a outra dimensão e encontram evidências de um bizarro assassinato o grupo de Fury, Steve Rogers e Tony Stark consegue capturar um dos monstros "Sem mente" e descobrem o paradeiro de um dos olhos do Vigia. No final a promessa de que "Todos os segredos do Universo Marvel serão revelados" finalmente tem início quando o vilão Orb (Aquele restolhento que tem um globo ocular no lugar da cabeça) usa o poder do olho do Vigia pela primeira vez. 
Essa edição é bem movimentada. Temos viagens ao centro da Terra, perseguições pelo centro de Manhattan, batalhas aéreas e algumas revelações. O elenco aumenta um pouco envolvendo alguns X-Men incluindo Mágica que estava foragida desde o final de AvX (ninguém parece se importar mais com isso). Como a ação é mais predominante nesta edição do que na anterior a interação entre os personagens é um pouco menor e temos menor quantidade daqueles diálogos legais que lemos em Original Sin 1. Alguns pontos ainda não estão muito claros, principalmente sobre como o olho do Vigia funciona e sobre como o órgäo caiu nas mãos de Orb. Mas acredito que Jason Aaron pretende revelar esses mistérios mais pra frente. Sem problemas.
A arte de Mike Deodato Jr. aqui é mais voltada para o lado épico / fantástico do que o noir. Quadros mais claros e em página dupla muito bem feitos com o cast dos Vingadores, a cena do carro de Fury sendo destruído é muito bem pensada, mas meus quadros favoritos são os com Doutor Estranho e o Justiceiro e sua investigação extra dimensional. O design de página e a colorização nesta sequência específica é louco e perfeito, contrastando muito bem com as outras cenas mais "terrenas" da HQ.
Original Sin 2 não perde tempo com explicações e joga uma verdadeira bomba no Universo Marvel. A HQ perde um pouco o tom pessoal e intimista da primeira edição,  mas ganha em movimento e ação. Jason Aaron não parece se importar muito com o que está acontecendo com a Marvel atualmente pois a presença de Mágica e do Doutor Banner nesta edição não são justificadas tendo em vista a condição de ambos em seus respectivos títulos. Tirando isso a HQ diverte e o mistério promete um final interessante.

Ms. Marvel (2014-) #3

Kamala deu uma de heroína e salvou sua colega de classe esnobe da morte certa na edição passada.  Agora ela tem que lidar com as consequências de suas ações. A jovem tenta entender seus novos poderes mas näo tem a quem recorrer.
G. Willow Wilson usa a premissa da "descoberta" da adolescência aplicada aos super poderes de Kamala Khan. Esta edição poderia ser facilmente um episódio de seriado teen, no entanto as referências aos costumes muçulmanos deixam a história muito divertida. A cena da palestra na Mesquita é de um sarcasmo com precisão cirúrgica. A HQ caminha em um ritmo próprio, alheio aos eventos catastróficos e os apocalipses que permeiam grande parte dos títulos Marvel atualmente. Talvez por conta desse ritmo o final da edição (que não é nada muito original) pareça muito mais chocante, brutal e abrupto do que realmente é.
A arte de Adrian Alphona continua impecável e de extremo bom gosto. A cara sabe desenhar cenas indie e cenas mais "super heróicas " com perfeição e esta HQ está muito bem servida na parte gráfica.
Miss Marvel é um microcosmo de infinidades dentro da Marvel. Um título que funciona sozinho, mesmo habitando o mesmo universo de um Homem Aranha ou de um Hulk. A história tem praticamente a mesma premissa de qualquer HQ de super herói adolescente, mas aqui a protagonista tem uma cara e uma história muito mais real e sincera do que a concorrência. É um trabalho ousado da autora, mas que devido a sua competência e capricho vem gerando ótimos frutos.
Kamala Khan não enfrentou nenhum inimigo super poderoso ainda, nem salvou o planeta e nem conheceu os Vingadores. Seu desafio é o de uma menina sozinha tentando entender o que é ser uma inumana. E é muito bom ler isso.

The New 52: Futures End #0: FCBD Special Edition

É. Eu sei. Eu sei. Forever Evil ainda não acabou. Eu não sei que diabos aconteceu com a Liga da Justiça ainda, mas a DC Comics não perde tempo e lança um novo evento de verão. Esta edição é um prólogo do evento e é escrita por Brian Azzarello, Jeff Lemire, Keith Giffen e Dan Jurgens. Todos autores bem experientes na editora e pesos pesados da nossa indústria. A edição 0 foi gratuita durante o "Free Comic Book Day" que ocorreu no início do mês e apesar de não ser uma leitura obrigatória é sim muito interessante.
Futures End é uma história que dá um salto no tempo 5 anos na frente da cronologia atual da editora quando um evento de proporções gigantes (é sempre a mesma coisa, né?) muda totalmente o status-quo de alguns de seus personagens principais.
No prólogo aqui vemos o UDC não cinco anos no futuro e sim TRINTA E CINCO anos no futuro. O planeta está tomado por um vírus tecnológico chamado "Brother Eye". Esse vírus (estou chamando de vírus, mas pode não ser um vírus,  ok? Não deem ataque) infectou grande parte da população e dos principais heróis da Terra incluindo SPOILER! Superman e Mulher Maravilha. Batman (SEMPRE ELE) ainda não foi pego pelos andróides e não é só isso ele construiu uma máquina do tempo e pretende resolver as coisas do jeito que a Marvel tem resolvido suas picas atualmente: Viagem no tempo! Infelizmente a Batcaverna é atacada e sobra pro pupílo de Bruce Wayne, Terry McGinnis, o Batman do Futuro consertar as coisas.
A edição faz um bom trabalho introduzindo uma ameaça bem relevante pro UDC e dá pistas de quem são os responsáveis logo de cara. Essas pistas e pequenas peças em forma de fragmentos de diálogos ou de arte deixam a leitura bem instigante e apesar de todo o futuro ser um amontoado de clichês a história corre em um ritmo muito acelerado e não permite o tédio se infiltrar.
A arte é uma colaboração entre Keith Giffen e Patrick Zicher e tem sim seus momentos impactantes apesar de se manter num nível regular a bom durante toda a edição.
Futures End não tem vergonha de fazer uso de um conceito bem manjado em termos de quadrinhos como premissa. O prólogo é uma leitura bem legal sim. No entanto isso se deve muito mais a curiosidade sobre o futuro do Universo DC e a objetividade e crueza da narrativa do que pela originalidade da trama. O problema é que o título será semanal e não tenho certeza se somente a curiosidade será suficiente pra empolgar o leitor.

Wonder Woman (2011-) #30

Retirada estratégica de Mulher Maravilha e sua família para Themyscira. Diana sabe que para deter o Primogênito vai precisar de um exército. As Amazonas estão de volta e elas não estão nem um pouco contentes com a situação da Rainha Hyppolyta que continua transformada em barro. Enquanto isso o Primogênito faz uma visitinha a Hades.
Brian Azzarello escreve uma edição mais parada,  preparando o terreno pra uma guerra iminente entre as Amazonas e o exército Chacal do Primogênito. Além do final nada de muita importância acontece aqui. Diana fica em uma situação difícil com as Amazonas pois tenta unificá-las em uma causa na qual elas não acreditam ou não se importam. Isso no futuro próximo vai gerar alguns conflitos.
A arte de Goran Sudzuka tem grande similaridade com Cliff Chiang e o desenhista novamente consegue dar um descanso pro artista titular sem deixar cair a qualidade do material.
Wonder Woman 30 segue a tendência atual de Brian Azzarello de uma edição com menos ação após a 29 que foi bem agitada. Não é uma leitura empolgante pra quem pega o título deste ponto. Pra quem está acompanhando a HQ da Amazona é uma leitura agradável.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Magneto (2014-) #2


imageO mestre do magnetismo segue a trilha das novas bio-sentinelas que estão matando mutante a rodo pelos EUA. Ele chega a um acampamento sem-terra onde os habitantes são abduzidos para serem transformados em andróides. Enquanto isso a S.H.IE.L.D. (como sempre ) está a 3 passos atrás do terrorista e descobre que Eric tem fanboys.
Esta edição é bem menos impactante que a primeira. Temos a volta dos velhos flashbacks dos campos de concentração (acho tiro no pé pois se Magneto era um adolescente na segunda guerra ele deveria ter uns 70 anos hoje em dia e não os 50 que aparenta). Mas, todo mundo tem a sua história de segunda guerra do Magneto pra contar, então beleza. Os flashbacks são chatos sim, mas servem ao propósito da história e não são a história em si. Então posso até relevar isso.
Magneto continua impiedoso e violento aqui. Bem longe de sua fase “aveia quaker” nos X-Men. As motivações do cara são bem claras e pra ele os fins justificam os meios. É muito bom ver esta caracterização novamente. Muitas vezes sinto um tom meio “Juticeiro” nos voice boxes de Cullen Bunn, mas isso não é uma coisa ruim. Acho essa encarnação do vilão bem mais interessante do que o terrorista megalomaníaco do passado ou o criminoso arrependido das fases mais recentes.
A arte de Gabriel Hernandez Walta é o destaque aqui. O cara faz um trabalho beirando o indie, com um leve tom noir nos flashbacks e todo o design desta edição é muito legal.
Magneto 2 não é uma edição tão boa quanto a primeira. A história de investigação não tem nada de muito original e não há surpresa na leitura. De qualquer forma é bom ver o tratamento dado a este personagem que nos anos recentes foi muito mal conduzido pela equipe editorial do universo mutante Marvel.

All-New X-Men #25


imageEdição comemorativa de número 25. São SETE páginas a mais do que a edição normal (UOU!!!!!!!!) e vários artistas convidados nos desenhos. Nomes como Art Adams, Skottie Young, Buce Timm, Rafael Grampá e J. Scott Campbell emprestam tostões de seu talento aqui.
Neste número a história é totalmente protagonizada pelo Dr. Hank McCoy. O X-Men peludo recebe uma visita misteriosa em meio a uma crise de insônia e é obrigado e rever as consequências de trazer os X-Men novinhos do passado para o presente. Esses “flashes” do multiverso Marvel são apresentados cada um em uma página desenhada por um artista diferente.
Esta edição foi a mais surpreendente até agora pra mim de todas que Brian Michael Bendis já escreveu desde que assumiu os X-Men. O que me surpreendeu foi a capacidade e talento do autor pra escrever uma edição tão ruim como essa.
All-New X-Men 25 é um embuste em forma de HQ. O autor escreveu uma narração pobre e vaga e simplesmente chamou um bando de artistas convidados pra desenhar quadros com versões alternativas dos  protagonistas e do Universo Marvel. Nada além disso. O diálogo entre McCoy e o misterioso visitante (CHOQUEM! É o Vigia!) leva nada a lugar nenhum. Todo mundo já sabe que o McCoy fez uma merda gigantesca trazendo os novinhos pro presente, todo mundo sabe que ele ajudou a quebrar o multiverso Marvel com isso, todo mundo sabe que ele está arrependido, todo mundo sabe que ele se sente culpado e todo mundo sabe que isso não vai dar em porra nenhuma no final. Por isso, mesmo com algumas passagens boas de arte aqui e ali esta edição é um desperdício de papel, pixels, espaço no HD e dinheiro de quem compra.
Depois de “Battle of the Atom” eu estava seguro de que não leria nada pior em termos de X-Men de Brian Michael Bendis. Esta edição me provou o contrário e me deixou extremamente preocupado com os patamares de ruindade que o autor pode alcançar. Um trabalho porco, preguiçoso e totalmente dispensável.

Kings Watch #1 (of 5)

A editora Dynamite nos últimos anos tem trabalhado muito bem franquias de personagens clássicos da cultura pop como Besouro Verde, o Sombra e mais recentemente Voltron. Quando a editora anunciou a empreitada de juntar o autor Jeff Parker (Dark Avengers, Thunderbolts, Batman ‘66 entre outros ótimos títulos) a ícones como Flash Gordon, Fantasma e Mandrake em uma mini-série em 5 partes me interessei demais. Nunca li muita coisa além de pequenas tiras ou contos curtos desses personagens e minha memória mais vívida dos 3 juntos é o desenho animado “Defensores da Terra” que passava no SBT lá na década de 1990. Mais um motivo pra cair dentro dessa HQ.
Kings Watch #1 (of 5)

A editora Dynamite nos últimos anos tem trabalhado muito bem franquias de personagens clássicos da cultura pop como Besouro Verde, o Sombra e mais recentemente Voltron. Quando a editora anunciou a empreitada de juntar o autor Jeff Parker (Dark Avengers, Thunderbolts, Batman ‘66 entre outros ótimos títulos) a ícones como Flash Gordon, Fantasma e Mandrake em uma mini-série em 5 partes me interessei demais. Nunca li muita coisa além de pequenas tiras ou contos curtos desses personagens e minha memória mais vívida dos 3 juntos é o desenho animado “Defensores da Terra” que passava no SBT lá na década de 1990. Mais um motivo pra cair dentro dessa HQ.
Kings Watch 1 não é a típica edição de estréia. A revista não equaliza a atenção entre os protagonistas, deixando mais espaço para o Fantasma e Flash Gordon enquanto as cenas com o Mandrake são curtas e misteriosas. O autor foca muito mais na ameaça apocalíptica que se aproxima do universo do título do que nos 3 heróis. A “mocinha” representada por Dale Arden não é a típica dama em apuros e participa ativamente da história nesta edição. Há muitas cenas de ação principalmente na passagem na África com o Fantasma e Lothar, mas esta primeira edição tem o objetivo de criar o clima para todo o arco da mini. E o objetivo é atingido.
A arte de Marc Laming segue um estilo realista / épico bem comum em HQs do gênero. Os desenhos funcionam muito bem aqui e o artista consegue variar entre passagens mais sombrias e misteriosas, passando pelos quadros grandiosos e chegando as cenas de ação com a mesma qualidade. O design dos personagens é o clássico e apesar disso não parecem nem um pouco datados. Muito legal o jeito como o desenhista consegue usar praticamente o mesmo design desses heróis sem deixar nenhum deles deslocado do resto do elenco. 
Kings Watch 1 é uma edição de estréia muito boa. Apesar da apresentação dos protagonistas não ser o que eu esperava o foco na narrativa e a ação aqui tornam a leitura muito divertida e me deixam bastante curioso sobre o rumo da mini-série nas próximas edições.
Kings Watch 1 não é a típica edição de estréia. A revista não equaliza a atenção entre os protagonistas, deixando mais espaço para o Fantasma e Flash Gordon enquanto as cenas com o Mandrake são curtas e misteriosas. O autor foca muito mais na ameaça apocalíptica que se aproxima do universo do título do que nos 3 heróis. A “mocinha” representada por Dale Arden não é a típica dama em apuros e participa ativamente da história nesta edição. Há muitas cenas de ação principalmente na passagem na África com o Fantasma e Lothar, mas esta primeira edição tem o objetivo de criar o clima para todo o arco da mini. E o objetivo é atingido.
A arte de Marc Laming segue um estilo realista / épico bem comum em HQs do gênero. Os desenhos funcionam muito bem aqui e o artista consegue variar entre passagens mais sombrias e misteriosas, passando pelos quadros grandiosos e chegando as cenas de ação com a mesma qualidade. O design dos personagens é o clássico e apesar disso não parecem nem um pouco datados. Muito legal o jeito como o desenhista consegue usar praticamente o mesmo design desses heróis sem deixar nenhum deles deslocado do resto do elenco.
Kings Watch 1 é uma edição de estréia muito boa. Apesar da apresentação dos protagonistas não ser o que eu esperava o foco na narrativa e a ação aqui tornam a leitura muito divertida e me deixam bastante curioso sobre o rumo da mini-série nas próximas edições.

All-New Ghost Rider (2014-) #2

All-New Ghost Rider (2014-) #2

Segunda edição da fábula radical da Marvel. Robbie Reyes ainda está totalmente perdido a respeito do que significa ser o novo Espírito da Vingança, ainda sem saber o porquê o jovem é atraído pelo misterioso carro assombrado. Aqui descobrimos exatamente de quem é o veículo misterioso e de quem é a carga de drogas que estava no carro.
Novamente a história arquitetada por Felipe Smith não tem nada de muito original, mas é sincera, sem frescura e sem furos narrativos.
Robbie Reyes é um personagem adolescente com apelo muito forte pois é latino, órfão, trabalhador e pobre. E os conflitos do jovem lembram muito Nova e o Homem-Aranha no início de carreira. Tem todo aquele drama de bullying na escola e falta de grana pra cuidar da família, mas isso tudo acontece em um ambiente de gueto em Los Angeles, e não na romântica NY do Aranha ou na calma Carefree no Arizona de “Nova”. Esse novo Motoqueiro tem que ser casca-grossa, pois ele tem enfrentar um ambiente bem mais hostil.
Essa edição é cheia de ação e já conhecemos dois antagonistas pro personagem principal e suas motivações. Novamente o autor não enrola e deixa bem claro quem é quem, o que eles querem e como isso impacta a vida do protagonista. As próximas edições devem ser bem interessantes.
A arte de Tradd Moore é controversa pois não é o tipo de desenho que os fãs mais tradicionais de HQ em formato ocidental costumam apreciar. Pessoalmente acho que todo o conceito gráfico da HQ é muito bom. As páginas tem impacto, o design do Motoqueiro é agressivo e bem ousado e as cenas de ação são fodas. A arte pra mim é o destaque da HQ.
All-New Ghost Rider 2 mantém o ritmo acelerado da primeira edição e já apresenta logo dois antagonistas casca-grossa pro anti-herói novato. A segunda edição é recheada de ação e ótimos desenhos. Recomendado mesmo pra quem não curte muito o Motoqueiro Original.Segunda edição da fábula radical da Marvel. Robbie Reyes ainda está totalmente perdido a respeito do que significa ser o novo Espírito da Vingança, ainda sem saber o porquê o jovem é atraído pelo misterioso carro assombrado. Aqui descobrimos exatamente de quem é o veículo misterioso e de quem é a carga de drogas que estava no carro.
Novamente a história arquitetada por Felipe Smith não tem nada de muito original, mas é sincera, sem frescura e sem furos narrativos.
Robbie Reyes é um personagem adolescente com apelo muito forte pois é latino, órfão, trabalhador e pobre. E os conflitos do jovem lembram muito Nova e o Homem-Aranha no início de carreira. Tem todo aquele drama de bullying na escola e falta de grana pra cuidar da família, mas isso tudo acontece em um ambiente de gueto em Los Angeles, e não na romântica NY do Aranha ou na calma Carefree no Arizona de “Nova”. Esse novo Motoqueiro tem que ser casca-grossa, pois ele tem enfrentar um ambiente bem mais hostil.
Essa edição é cheia de ação e já conhecemos dois antagonistas pro personagem principal e suas motivações. Novamente o autor não enrola e deixa bem claro quem é quem, o que eles querem e como isso impacta a vida do protagonista. As próximas edições devem ser bem interessantes.
A arte de Tradd Moore é controversa pois não é o tipo de desenho que os fãs mais tradicionais de HQ em formato ocidental costumam apreciar. Pessoalmente acho que todo o conceito gráfico da HQ é muito bom. As páginas tem impacto, o design do Motoqueiro é agressivo e bem ousado e as cenas de ação são fodas. A arte pra mim é o destaque da HQ.
All-New Ghost Rider 2 mantém o ritmo acelerado da primeira edição e já apresenta logo dois antagonistas casca-grossa pro anti-herói novato. A segunda edição é recheada de ação e ótimos desenhos. Recomendado mesmo pra quem não curte muito o Motoqueiro Original.

Batwoman (2011-) #1: Annual


imageFinalmente a continuação de Batwoman 24. O título foi abandonado por W. Haden Blackman e J.H. Williams III na época por divergências criativas com a DC Comics. A conclusão de toda a treta do DEO com a família de Kate Kane e o Batman ficaram em “hold” esse tempo todo até sair esta anual com a conclusão dos eventos até aquele momento. Resumidamente Kate Kane é obrigada a caçar e revelar a identidade do Cavaleiro das Trevas ao DEO (órgão do governo que combate crimes sobrenaturais) em troca de sua irmã Alice.
Este número é escrito pelo autor atual de Batwoman Marc Andreyo que faz um trabalho muito inferior aos seus antecessores. A história aqui é puramente burocrática e você já meio que sabe como tudo vai acabar nas 3 primeiras páginas. Os diálogos são mecânicos, as situações (principalmente em relação a polícia de Gotham) são muito mal construídas e personagens interessantes como Alice Kane e o Diretor Bones são tratados de maneira completamente superficial desestimulando qualquer fã da série até o momento a continuar a leitura.
A arte de Trevor McCarthy não é ruim. Ela é até bem adequada ao tom deste tipo de HQ, no entanto estes desenhos nem se comparam ao trabalho do J.H. Williams III que fazia verdadeiras pinturas em forma de quadrinhos neste título anteriormente.
Este anual de Batwoman é extremamente decepcionante. O argumento fraco e a resolução da situação de Kate Kane com o DEO é previsível. Além disso o autor coloca a heroína que tinha um diferencial no enorme universo de combatentes do crime de Gotham de volta ao lugar comum. Hoje em dia Batwoman é somente mais um título de uma personagem feminina fantasiada pulando nos telhados de Gotham e combatendo o crime.

Archer & Armstrong (2012- ) #16


imageO que aconteceu com o mundo desde que Armstrong retornou de sua bebedeira temporal na última edição? Caos, Guerra e todo o tipo de clichê que abale a ordem geopolítica do planeta Terra. Nesta edição ficamos sabendo quais são as repercussões da guerra civil do Secto (o grupo de facções engraçadinhas que comanda os bastidores do mundo neste título e em outros do universo Valiant).
Ótimo trabalho narrativo e de diálogos de Fred Van Lente nesta edição. Apesar de pouca coisa acontecer o que realmente acontece é muito relevante, principalmente pro futuro de Mary Maria e Obadiah. A tentativa de Armstrong de reconquistar a amizade do jovem Archer é muito engraçada. Temos boas cenas de ação envolvendo as facções do Secto, Maria e a irmandade das assassinas e os próprios Archer e Armstrong que enfrentam um grupo de separatistas árabes. E eu falei que acontece pouca coisa nessa edição!?!? Acho que me enganei, acontece bastante coisa, hehehehehehehehehehe.
Khari Evans é o desenhista aqui e ele não deixa o nível cair. Este título já é conhecido por um nível de arte bem legal e esta edição não é diferente. É lógico que os desenhos aqui servem exclusivamente a história e não são o destaque nem são muito originais, mas o artista faz um trabalho bem legal.
A guerra do secto já é um arco muito legal. A história coloca os dois protagonistas em conflito e o clima de zoação em relação as facções deixa a leitura leve e divertida. Esta edição no entanto não é um bom ponto de partida pra novos leitores. É mais aconselhável pegar umas 4 edições anteriores pra se situar antes de chegar aqui. De qualquer forma o título continua muito legal. Uma das revistas mensais mais divertidas que tenho acompanhado.

Moon Knight (2014-) #2


Moon Knight (2014-) #2

8 indivíduos sem relação entre si são eliminados por um sniper. A cada um que é eliminado o leitor descobre um pouco sobre sua vida e sua relação entre si. No meio da confusão surge o esquizofrênico Cavaleiro da Lua para impedir que a última vítima seja assassinada.
Warren Ellis e Declan Shalvey contam uma história curta e aparentemente simples, mas que é trabalhada com muito cuidado e capricho. A HQ começa com oito painéis por página, cada um para cada indivíduo. A medida que os personagens são eliminados o painel é substituído por um espaço em branco e uma narração explicando alguma coisa sobre a pessoa. A ruptura com o formato tradicional acaba gerando um tipo de narrativa só possível em uma revista em quadrinhos. O confronto entre o Cavaleiro da Lua (com capa!!) e o sniper é grosso e brutal sobrando sangue e ferimentos pra todos os envolvidos. E a única frase do protagionista principal é uma pérola que só poderia sair da cabeça do Ellis. A simplicidade da trama pode enganar, mas há muito aqui sobre a personalidade fragmentada de Marc Spector e as vítimas são um reflexo de sua condição mental.
A arte de Declan Shalvey somada a colorização crua e fosca de Jordie Bellaire são PERFEITAS pra esse título. A identidade visual aqui é fortíssima e eu imagino o trabalho que o artista aqui teve pra contar uma história com 8 personagens (só as vítimas) distintos usando oito quadrinhos simétricos por página. A parte visual da HQ aqui é genial e tive que ler duas vezes esta edição porque a primeira vez foi tão rápido que nem consegui curtir os desenhos.
Moon Knight talvez seja o título mensal mais avant-gard e foda da Marvel atualmente. É gibi de alto nível que merece ser degustado com calma por todos os apreciadores da nossa arte.8 indivíduos sem relação entre si são eliminados por um sniper. A cada um que é eliminado o leitor descobre um pouco sobre sua vida e sua relação entre si. No meio da confusão surge o esquizofrênico Cavaleiro da Lua para impedir que a última vítima seja assassinada.
Warren Ellis e Declan Shalvey contam uma história curta e aparentemente simples, mas que é trabalhada com muito cuidado e capricho. A HQ começa com oito painéis por página, cada um para cada indivíduo. A medida que os personagens são eliminados o painel é substituído por um espaço em branco e uma narração explicando alguma coisa sobre a pessoa. A ruptura com o formato tradicional acaba gerando um tipo de narrativa só possível em uma revista em quadrinhos. O confronto entre o Cavaleiro da Lua (com capa!!) e o sniper é grosso e brutal sobrando sangue e ferimentos pra todos os envolvidos. E a única frase do protagionista principal é uma pérola que só poderia sair da cabeça do Ellis. A simplicidade da trama pode enganar, mas há muito aqui sobre a personalidade fragmentada de Marc Spector e as vítimas são um reflexo de sua condição mental.
A arte de Declan Shalvey somada a colorização crua e fosca de Jordie Bellaire são PERFEITAS pra esse título. A identidade visual aqui é fortíssima e eu imagino o trabalho que o artista aqui teve pra contar uma história com 8 personagens (só as vítimas) distintos usando oito quadrinhos simétricos por página. A parte visual da HQ aqui é genial e tive que ler duas vezes esta edição porque a primeira vez foi tão rápido que nem consegui curtir os desenhos.
Moon Knight talvez seja o título mensal mais avant-gard e foda da Marvel atualmente. É gibi de alto nível que merece ser degustado com calma por todos os apreciadores da nossa arte.

Superman/Wonder Woman (2013-) #5


imageFaora INDAHAUS agora!

O General Zod consegue trazer sua amada guerreira de volta da Zona Fantasma e isso significa problemas em dobro pro Azulão. Enquanto isso Diana está em Themyscira em um merecido retiro para meditação. O lance é que meditação pra uma amazona significa matar criaturas gigantescas e horripilantes. Então temos o Super se fudendo pra tentar conter a ira de Zod e Faora enquanto a Mulher Maravilha está em outro lugar de férias. Felizmente Batman (sempre ele) consegue entrar em contato com Diana e a deusa da guerra chega para resgatar seu “môzinho”.
Charles Soule não escreve nada demais aqui. No entanto um confronto entre 3 Kryptonianos e uma deusa da guerra sempre é legal se for bem desenhado. E aqui os desenhos são bons. Fãs de porradarias épicas entre seres superpoderosos vão gostar desta edição. Mas vale relembrar que o argumento não tem nada de fantástico nem original.
Tony Daniel faz um trabalho bem adequado ao título. As cenas na Ilha Paraíso pra mim são o destaque. Elas são épicas, violentas e bonitas ao mesmo tempo. O que sintetiza pra mim a essência de Diana. Nos confrontos entre Zod, Faora e Kal-El o artista também não deixa a bola cair. Tudo bem que os desenhos do cara não são dos mais originais (seguindo a linha de Jim Lee e artistas similares), mas pra esta edição eles resolvem.
Super/Wonder 5 é uma boa HQ. Desta vez o autor deixou de lado um pouco os subplots e o romance e a ação predomina durante toda a edição. A relação Superman e Mulher Maravilha é complicada sim, no entanto é bom quando vemos os dois lutando juntos ao invés de em DR.

All-New X-Factor (2014-) #4


imageO X-Factor vai até a Ilha da guilda dos ladrões (a qual Gambit é chefe) e se depara com uma Perigo (Danger) totalmente descontrolada, querendo matar todo mundo e destruindo a porra toda. Isso significa ação. E isso também significa clichês.
Nesta edição Peter David não se dá muito trabalho de escrever nada muito original. É aquele core-corre e combate entre o X-Factor e Perigo durante boa parte da história. A solução encontrada pra tirar a inteligência artificial do estado de loucura é um beijo de Gambit (!!!!!!!). É. É isso mesmo. Ainda tenho minhas dúvidas se esta solução do autor é hilária, ridícula ou hilária E ridícula ao mesmo tempo. Mas não posso negar que foi surpreendente ler e que acabei rindo com a situação.
Os desenhos de Carmine Di Giandomenico estão bem fraquinhos nesta edição. A necessidade do artista em expressar movimento em todos os quadros acaba deixando a arte bem confusa. E pessoalmente não curto muito o traço do sujeito.
All-New X-Factor 4 é a primeira escorregada de Peter David nesta nova série. A edição não tem nada de especial e só serve pra aumentar o cast da equipe com o advento de Perigo. É tudo feito de forma muito burocrática aqui e a originalidade se perdeu neste número. Espero que a coisa melhore nas próximas edições.

Quantum and Woody (2013- ) #9


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UEHUAWHEUAWHEUHWAUEHWUAHEUWAHEUHAWUEHUAWHEUAWHEUHA
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Quantum and Woody (2013- ) #9


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Minha reação durante 80% das 28 páginas de Quantum and Woody 9. A HQ nas edições anteriores (prncipalmente na edição 0) já havia estabelecido um nível em termos de humor e ação em quadrinhos dificilmente superado. Pra mim era impossível este título ficar mais engraçado do que já estava. Este número 9 me provou errado. Esta edição começa um novo arco de histórias na vida dos irmãos Eric e Woody. O conceito é simples: Eric precisa confiar que Woody pode se comportar como adulto pelo menos um dia de sua vida. Isso significa arrumar um emprego, abrir uma conta bancária e arranjar um cartão da biblioteca pública de Washington. Tarefas simples e corriqueiras que nas mãos do autor James Asmus se combinam pra formar uma comédia de ação histérica. Eu ri alto em várias passagens e olha que o BODE (o personagem mais engraçado do título diga-se de passagem) nem aparece muito nesta edição. Os diálogos são muito sagazes, o humor é ácido sem ser bobo e a HQ sacaneia o gênero a todo momento que pode sem apelar pra caricaturas. Woody é um personagem totalmente real e plausível, não estamos falando de um Deadpool, Lobo ou qualquer outro personagem que apela pro humor barato de vez em quando utilizando habilidades sobre-humanas. Em Quantum and Woody temos pessoas reais, em situações surreais reagindo como pessoas reais agiriam.
O artista atual do título é Kano. Então podem esperar um ótimo nível de qualidade nos desenhos. Nota-se que o desenhista se diverte demais desenhando essas páginas apesar de ainda não estar muito bem familiarizado com o elenco de apoio. A arte é muito boa e tende a melhorar muito mais com as próximas edições.
Quantum and Woody 9 é um ótimo ponto de partida para leitores novos. Se você gosta de HQs de super-heróis, mas está cansado das mesmas coisas na Marvel e DC recomendo fortemente começar por aqui e, se gostar pegar as edições anteriores. Apesar de todo o humor a história dos irmãos nunca fica em segundo plano e nem se perde. Uma ótima diversão mensal que merece ser experimentada por qualquer fã de HQ.
Minha reação durante 80% das 28 páginas de Quantum and Woody 9. A HQ nas edições anteriores (prncipalmente na edição 0) já havia estabelecido um nível em termos de humor e ação em quadrinhos dificilmente superado. Pra mim era impossível este título ficar mais engraçado do que já estava. Este número 9 me provou errado. Esta edição começa um novo arco de histórias na vida dos irmãos Eric e Woody. O conceito é simples: Eric precisa confiar que Woody pode se comportar como adulto pelo menos um dia de sua vida. Isso significa arrumar um emprego, abrir uma conta bancária e arranjar um cartão da biblioteca pública de Washington. Tarefas simples e corriqueiras que nas mãos do autor James Asmus se combinam pra formar uma comédia de ação histérica. Eu ri alto em várias passagens e olha que o BODE (o personagem mais engraçado do título diga-se de passagem) nem aparece muito nesta edição. Os diálogos são muito sagazes, o humor é ácido sem ser bobo e a HQ sacaneia o gênero a todo momento que pode sem apelar pra caricaturas. Woody é um personagem totalmente real e plausível, não estamos falando de um Deadpool, Lobo ou qualquer outro personagem que apela pro humor barato de vez em quando utilizando habilidades sobre-humanas. Em Quantum and Woody temos pessoas reais, em situações surreais reagindo como pessoas reais agiriam.
O artista atual do título é Kano. Então podem esperar um ótimo nível de qualidade nos desenhos. Nota-se que o desenhista se diverte demais desenhando essas páginas apesar de ainda não estar muito bem familiarizado com o elenco de apoio. A arte é muito boa e tende a melhorar muito mais com as próximas edições.
Quantum and Woody 9 é um ótimo ponto de partida para leitores novos. Se você gosta de HQs de super-heróis, mas está cansado das mesmas coisas na Marvel e DC recomendo fortemente começar por aqui e, se gostar pegar as edições anteriores. Apesar de todo o humor a história dos irmãos nunca fica em segundo plano e nem se perde. Uma ótima diversão mensal que merece ser experimentada por qualquer fã de HQ.

Wonder Woman (2011-) #29


imageAgora a porra ficou SÉRIA! O primogênito descabaçou Apollo, destruiu o Olimpo e o panteão de deuses parte pra dentro do bastardo de Zeus. Nesta edição vemos um conflito inicial da família de Diana contra o Primogênito que parece ainda mais poderoso e horrível.
Você consegue ler a revista em 15 minutos sem perceber e quando se dá conta está no final em Thesmyscira com um exército de Amazonas prontas pra seguir a nova deusa da guerra. Ótimas cenas de ação, diálogos curtos e sem muita gracinha (como é característica do Brian Azzarello em Wonder Woman) e a história coloca o pé no acelerador de novo.
Cliff Chiang novamente faz um trabalho excelente dentro de seu estilo. Algumas pessoas não acham legal esse tipo de arte neste tipo de HQ. Eu gosto muito do trabalho do artista em Wonder Woman. O cara sabe dar grandiosidade na medida certa e dinamismo principalmente nas cenas de ação. O traço é simples sim, mas a crueza da arte combina bastante com o tom de histórias do Azarello.
Wonder Woman 29 é uma HQ movimentadíssima e que põe Diana em uma situação em que a obriga a assumir de fato a carapuça de deusa da guerra. O Primogênito é um adversário a altura do cast e o confronto na próxima edição parece muito interessante.

Iron Man (2012-) #20.INH


image
Tie-In com Inhumanity. O anéis do Mandarin estão por aí aprontando e procurando hospedeiros. Quase todos já encontraram alguém adequado. Exceto o anel chamado Nightbringer que é o mais cheio de frescura e não consegue encontrar um hospedeiro adequado. Esta é a história de Vic Kohl, um personagem cheio de falhas de caráter que eventualmente acaba envolvido com os Inumanos e com o Homem-de-Ferro. Vic é escolhido pelo anel Nightbringer após ser exposto às névoas terrigênicas e se tornar um Inhumano.
A história de Vic é até bem trabalhada por Kieron Gillen. O cara é um perdedor e um filho da puta de marca maior e isso torna o personagem interessante como protagonista da HQ. A cena do personagem com a Rainha Medusa é a mais legal da HQ pra mim. Já a parte dos anéis achei um pouco capenga. O tal anel Nightbringer seleciona uns candidatos legais, mas eles são eliminados por motivos bem estúpidos (o Hulk é eliminado por ter um dedo grande que não caberia no anel). Ponto negativo.
Agustin Padilla até faz um trabalho razoável e não dá pra condenar a arte do cara. Só acho que o desenhista tem muito pouca intimidade com o Homem-de-Ferro e a armadura fica meio estranha em alguns quadros. Felizmente o herói aparece pouco nesta edição e a performance do artista não é prejudicada.
Iron Man 20 dá um tempo na relação Tony x Arno e em toda a história de Iron Metropolitan pra introduzir um novo vilão. Esse esquema dos anéis do Mandarin procurarem hospedeiros é uma premissa legal que deve gerar boas histórias no futuro próximo. A edição aqui é razoável, mas pra quem está acompanhando o herói atualmente provavelmente já leu coisa pior antes (Lembram de Secret Origin?).

Astro City (2013-) #7


imageComeça aqui um novo arco envolvendo Winged Victory. A opinião pública se volta contra a heroína após declarações de vilãs sobre possíveis confrontos forjados contra ela. A fé em Victory e em tudo que a ela representa rapidamente é abalada e ela corre risco de perder seus poderes por conta disso.
Aqui Kurt Busiek força um pouco a barra na premissa. Acho muito estranho boa parte do público acreditar na opinião de criminosos conhecidos e condenados.Tudo acontece rápido demais e Winged Victory parece não ter argumentos pra refutar as acusações. É complicado acreditar nisso tudo e comprar a idéia da história. De qualquer maneira é legal ver uma heroína icônica e altiva caindo em desgraça e com isso aprendemos bastante sobre a origem da personagem.
Em uma trama paralela um jovem rapaz espancado busca refúgio no santuário de Winged Victory para mulheres. Este é o ponto de vista de uma pessoa “civil” sobre toda a situação.
A arte de Brent Anderson continua afiadíssima. Em toda esta edição o cara mantém um nível de desenhos excelente que dão ao título o clima de HQ clássica que isso aqui merece. O destaque vai mesmo para as cenas de “sexo aéreo” entre o Samaritano e Winged Victory que já iniciam a HQ de forma romântica e chocante ao mesmo tempo.
Astro City 7 inicia um arco com uma premissa meio furada pra mim. No entanto o trabalho de diálogos, desenvolvimento de personagens, tramas paralelas, arte e a origem de Winged Victory agregam muito valor a esta edição e você acaba não se importando muito com os motivos pelos quais a protagonista enfrenta dificuldades. No final acaba sendo uma boa leitura.

Batman and Robin (2011-) #30: Wonder Woman


Batman and Robin (2011-) #30: Wonder Woman

A caçada por Robin, no caso Damien continua e leva o Morcegão até a Ilha Paraíso. Acredita-se que haja um poço Lazarus na Ilha em algum lugar escondido e que Ra’s Al Ghul queira usar esse poço para ressuscitar Damien e Talia Al Ghul. Como na Ilha homens não entram sem autorização, Batman pede auxílio a Mulher Maravillha.
Esta edição não é de todo ruim. Ela já começa na Ilha com Batman tomando porrada de Amazonas e Diana tentando apartar a briga. O principal problema é o fato de Ra’s Al Ghul ficar carregando dois sarcófagos pra lá e pra cá pela Ilha inteira e ainda conseguir enfrentar Batman, Mulher Maravilha e escapar. Bem forçado.
Nota-se claramente a falta de intimidade de Patrick Gleason com o cast de apoio nesta edição. As Amazonas, incluindo a própria Diana tem rostos muito abrutalhados e, em alguns casos feios. No decorrer da edição voce acaba se acostumando com o desenho, mas inicialmente há um choque quando você vê aquelas mulheres teoricamente lindas desenhadas de um jeito esquisito.
Batman and Robin 30 é uma HQ razoável. Tirando o corre-corre caricato de Ra’s com os cadáveres e os desenhos estranhos das Amazonas dá pra ler e se divertir. Acho meio cedo pra ressuscitar Damien e esse tipo de direcionamento é precipitado. Quando há uma morte trágica e a ressurreição é tratada em um intervalo curto como esse a trama acaba caindo no descrédito do público.A caçada por Robin, no caso Damien continua e leva o Morcegão até a Ilha Paraíso. Acredita-se que haja um poço Lazarus na Ilha em algum lugar escondido e que Ra’s Al Ghul queira usar esse poço para ressuscitar Damien e Talia Al Ghul. Como na Ilha homens não entram sem autorização, Batman pede auxílio a Mulher Maravillha.
Esta edição não é de todo ruim. Ela já começa na Ilha com Batman tomando porrada de Amazonas e Diana tentando apartar a briga. O principal problema é o fato de Ra’s Al Ghul ficar carregando dois sarcófagos pra lá e pra cá pela Ilha inteira e ainda conseguir enfrentar Batman, Mulher Maravilha e escapar. Bem forçado.
Nota-se claramente a falta de intimidade de Patrick Gleason com o cast de apoio nesta edição. As Amazonas, incluindo a própria Diana tem rostos muito abrutalhados e, em alguns casos feios. No decorrer da edição voce acaba se acostumando com o desenho, mas inicialmente há um choque quando você vê aquelas mulheres teoricamente lindas desenhadas de um jeito esquisito.
Batman and Robin 30 é uma HQ razoável. Tirando o corre-corre caricato de Ra’s com os cadáveres e os desenhos estranhos das Amazonas dá pra ler e se divertir. Acho meio cedo pra ressuscitar Damien e esse tipo de direcionamento é precipitado. Quando há uma morte trágica e a ressurreição é tratada em um intervalo curto como esse a trama acaba caindo no descrédito do público.

Swamp Thing (2011-) #25


imageFinalmente chega a hora do “vamo ver!” entre Alec Holland e o misterioso Semeador. O vencedor será o novo avatar do “Verde”.
Charles Soule e Jesus Saiz fazem um trabalho tão simples e legal aqui que as 21 páginas desta edição passam em um piscar de olhos. O combate é intenso, louco e visceral. Os diálogos são curtos, mas estão ali pra dar uma idéia da motivação de Holland principalmente.
A arte é muito boa mesmo. O desenhista aproveita uma edição cheia de ação e pouca explanação pra dar um show visual. O design dos Monstros, os cenários e os enquadramentos são ferozes e épicos.
Swamp Thing 25 é uma edição totalmente sem frescura. Mérito pro autor que optou por deixar a parte visual por conta da narração. Voce sabe quem são os caras lutando. Conhece suas motivações. Então não tem muito espaço pra nhé nhé nhé aqui. A porrada estanca bonito e o resultado é uma HQ muito divertida e fodona.

Daredevil (2014-) #1.50


50 anos de Demolidor!
imageNessa edição de parabéns nós fãs do chifrudo é que ganhamos um puta presentão. A edição tem 41 páginas e 3 histórias totalmente excelentes (Momento Bill e Ted, desculpem) e 2 dessas totalmente relevantes para a fase atual do personagem em São Francisco.
A primeira história é uma pérola de Mark Waid, se passa no aniversário de 50 anos de Matt Murdock e revela bastante coisa sobre o futuro imediato do personagem em São Francisco. Não vou fazer spoiler porque a história é tão bem escrita que não merece esse tratamento. Já é uma das histórias mais bacanas já escritas pelo Waid para o Demolidor e além de celebrar o personagem dá pistas muito claras do direcionamento da série daqui pra frente. A arte de Javier Rodriguez é perfeita. Expressões faciais, movimentação do personagem, caracterização e cenários. Tudo caprichadíssimo. A melhor história da HQ.
O segundo conto é escrito por Brian Michael Bendis e desenhado por Alex Maleev. É apresentado em forma de testamento / diário escrito por uma pessoa muito especial para Matt Murdoch. Não vou revelar quem é a pessoa porque novamente prefiro que vocês sejam surpreendidos com eu fui. Linda história. Não tem diálogo algum. É uma carta. A diagramção é simples, com dois quadros por página, mas deixa a história anda mais singela e bonita. Ótimo conto que também revela (ou não?) muita coisa sobre o futuro imediato do Demolidor na Marvel.
A terceira história é um flashback contado pelo Demolidor da fase Gene Colan. Na época o herói teve a idéia de criar um irmão gêmeo para Matt Murdock chamado Mike. O demolidor passou algum tempo usando Mike Murdoch como alter-ego. É uma ótima iniciativa do autor Karl Kesel (que também desenha a história) resgatar essa fase mais “comédia” do herói. A arte é bem retrô e o conto é somente uma mensagem deixada de Mike para Matt.
Daredevil 1.50 é uma bela celebração de um dos personagens mais icônicos da nossa mídia. Essas três histórias provam e celebram o fato de que o Homem-sem-medo é um personagem tão flexível e completo que pode ser usado em tramas noir, de ficção, aventura, drama e comédia sem sofrer descaracterização por conta disso. Além de celebrar os cinquentinha do Diabo ainda temos muitas pistas do futuro do personagem. E pelo que voces vão ler aqui o futuro do Demolidor é extremamente empolgante.

Powers: The Bureau #6


imageÉ o final do primeiro arco de Powers: The Bureau. Christian Walker, que se infiltrou em uma das organizações supercriminosas mais perigosas dos EUA foi desmascarado. Agora a chefe da máfia Erika Broglia usa Nick Roberts, amigo de Walker para fazer o protagonista se descontrolar. E funciona. Walker se descontrola e temos um momento de pura ação quando o brutamontes finalmente parte pra cima da bandidagem. Deena Pilgrim persegue Erika e consegue prendê-la na confusão.
A edição é bem movimentada e Brian Michael Bendis com liberdade, escrevendo personagens que ele criou é outra história. O cara dá personalidade pra cada voz ali. O climax do arco é bem divertido. Desde que começou Powers: The Bureau tem um rtmo um pouco mais acelerado do que a Powers original e essa edição não é diferente. O autor simplifica bastante as situações e não é necessário pegar a série original pra se divertir com isso aqui.
A arte de Michael Avon Oeming não é uma unimidade. Tem muita gente que não curte os desenhos extremamente cartoon do cara. Realmente não é um estilo que se encaixe em qualquer HQ, mas em Powers funciona muito bem. Nesta edição o artista usa perfeitamente os recursos que tem pra tornar a apresentção e as cenas de ação fluidas e elétricas. É quase um storyboard de um filme de ação pintado.
Powers: The Bureau 6 coloca Christian Walker de volta a atividade. Esta edição particularmente foge do estilo investigativo policial característico das demais e é totalmente voltada para a ação e resolução das situações propostas nas edições anteriores. Algumas pontas ainda ficam soltas principalmente em relação a gravidez de Deena, mas isso não tira o mérito do bom trabalho que Bendis e Oeming vem fazendo com este cast. Muito boa leitura.

ARTIGO: ALL-NEW MARVEL NOW! O QUE VALE A PENA LER?

Bom galera, este é o resuminho com as minhas primeiras impressões dos títulos da segunda temporada do Marvel Now! Também chamado de “All-New Marvel Now!”. Estou listando primeiramente os novos títulos e em seguida os títulos que tiveram a numeração zerada e / ou algumas mudança na equipe criativa. Para resenhas mais completas vejam os post anteriores, reblogueiem (é assim que escreve?) e curtam. Vamos ao que interessa!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Green Lantern (2011-) #26


imageA primeira missão de Hal Jordan como comandante da Tropa dos Lanternas Verdes fica cada vez mais complicada. Após rumar para o planeta Dekann nos confins do setor espacial 0563 Jordan e Killowog se vêem cercados por todos os lados pelos membros do Clan Braid, que são a maioria da população do planeta e defendem com unhas e dentes sua líder a Safira Estelar Nol-Anj. Jordan é obrigado a apelar para a superioridade numérica convocando todos os Lanternas disponíveis (inclusive Mogo, o planeta vivo) para ajudá-lo.
Nesta edição Robert Venditti faz um trabalho um pouco melhor que o habitual na HQ e vemos Hal Jordan experimentando dilemas de liderança com os quais não estava acostumado. As cenas de ação são legais e até o final não foi ruim. O Lanterna experimenta uma vitória agridoce e o autor malandramente já introduz um novo problema para as próximas edições.
A arte de Billy Tan evoluiu bastante desde sua estréia. O desenhista nesta edição já se mostra muito mais confortável com esse elenco e com os cenários extra-terrestres. Apesar de não fazer um trabalho fantástico Tan consegue entreter e passar com clareza o roteiro proposto pelo escritor.
Green Lantern 26 é o início do que pode ser um retorno a boa leitura neste título. O final do primeiro arco de Robert Venditti não é genial, mas para os fãs do personagem é uma boa leitura mensal que diverte.

Aquaman (2011-) #26


Se o final do trabalho de Geoff Johns em Aquaman já vinha capengando com uma saga bem chatinha fechando sua passagem a estréia do autor Jeff Parker aqui não faz quase nada pra tirar o HQ de Arthur Curry do marasmo.
Começa aqui uma nova fase para o regente da Atlântida na DC Comics e a premissa de Aquaman 26 que trata de fissuras na crosta submarina terrestre não empolga nem um pouco. Temos bastante ação nesta edição com Arthur combatendo uma criatura mitológica gigantesca na costa escandinava. Algum subplot político também é tentado por Jeff Parker, mas cai tudo naquela mesmisse de que os Atlantes não gostam de Mera e acham que Arthur dá muita atenção para o povo da superfície. Tudo isso já foi mais do que martelado nas outras 26 edições anteriores da HQ.
A arte aqui também sofreu o impacto da divisão de tarefas entre Paul Pelletier e Netho Diaz. O primeiro continua com seus desenhos que vão de bons a regulares já o segundo artista faz um trabalho fraco e por vezes os personagens saem disformes ou genéricos. Então nem a arte se salva aqui.
Aquaman 26 só não é um grande retrocesso porque o trabalho do autor anterior não estava lá essas coisas mesmo, mas Jeff Parker vai ter que tirar algum coelho da cartola pra deixar este título interessante novamente.

Sex Criminals #2


imageMinha opinião sobre a primeira edição de Sex Criminals é que era um título muito legal, com um conceito interessante mas nada espetacular nem revolucionário como a crítica especializada determinou. Por este motivo e por todo o trabalho fraco que Matt Fraction fez em Fantastic Four recentemente peguei esta segunda edição com uma expectativa um pouco mais baixa. Foi a primeira vez em que uma segunda edição de título me surpreendeu mais que a primeira.
90% de Sex Criminals 2 é sobre masturbação. Masturbação masculina. Correção: Sex Criminals 2 não é sobre masturbação. É sobre punheta. Aqui conhecemos Jon. Um cara com a mesma estranha habilidade da protagonsta Suzie. Ou seja, toda vez que o cara tem um orgasmo ele consegue parar o tempo também. Nesta edição Jon explica como foi sua primeira masturbação e como sua habilidade temporal impactou seus tempos de adolescente “mão peluda”. Matt Fraction consegue a proeza de criar uma trama interessante que não descamba pro “American Pie” nem pra vulgaridade. O autor transita no limite entre o pastelão erótico e o indie (eu nem sabia que isso existia, mérito pro Fraction) sem se comprometer com nenhum dos dois gêneros. As memórias de Jon são familiares pra qualquer adolescente da década de 1990 e a referência a Jasmine St. Claire (uma das minhas atrizes pornôs favoritas) já vale toda a edição pra mim.
A arte de Chip Zdarsky é certeira. O clima de “tirinha de domingo” misturado com sua ambientação despojada meio Strangers in Paradise é perfeito pra essa HQ. Não dá pra imaginar outro cara desenhando isso aqui. É tudo muito natural e mesmo as cenas de sexo e nudez (tem isso sim) não chocam e nem são vulgares. Parece um trabalho artístico bem simples, mas toda página é cuidadosamente pensada pra não estragar o clima da HQ.
Se a primeira edição de Sex Criminals me divertiu mas não me impressionou esta segunda me fez meio que empolgar no tranco. Os personagens são muito interessantes. A caracterização é muito boa. A arte é extremamente original e a história é divertida demais. Recomendo até pra quem não costuma ler gibi. Tem um pouco de Sex Crimininals na vida de todo mundo e isso vale a pena ler.

She-Hulk (2014-) #3


imageO primeiro cliente oficial do novo escritório de Jennifer Walters é Kristoff Vernard, filho do Doutor Destino que pede asilo nos Estados Unidos pois não aguenta mais viver na Latvéria e nem pretende herdar o trono de Victor Von Doom. Após ir a 15 escritórios ele finalmente encontra a advogada ideal pra cuidar do caso: A Mulher-Hulk.
A edição é bem movimentada e Charles Soule usa seus conhecimentos de direito (o cara é advogado atuante, não sei como ele consegue…) pra dar ritmo e embasamento legal à história. A fato de haver um prazo pra entrar com o requerimento perante a corte faz os personagens embarcarem em uma corrida maluca por Manhattan tentando chegar até o tribunal antes das 17:00 (segundo Jen nenhum Juiz fica no trabalho depois das 17…). cheia de Doombots pra todo lado. A presença do elenco de apoio com Hellcat e a secretária de Jen (que parece ter algum poder Jedi de persuasão) com seu macaquinho Hey Hey torna tudo mais divertido e o clima da trama é leve e destoa bastante dos típicos títulos de Super-Heróis beirando os quadrinhos indie.
A arte de Javier Pulido parece simples mas na verdade engana. O artista acrescenta nuances de expressões corporais e faciais sutis e pequenas piadas nos cenários de fundo (repare nas pessoas no Starbucks). A colorização é clara e alegre dando um clima bem cartoon pra a HQ.
Esta edição trata um tema bem complexo com a simplicidade que só os quadrinhos podem oferecer, mérito pro autor. O final de She-Hulk 3 me confundiu um pouco. Não sei bem se começa aqui um arco em busca de Kristoff ou se a HQ parte pra outro caso. De qualquer maneira é uma leitura interessante e leve. Não aconselho se você está buscando algo mais “sério” ou “tradicional”, mas pra quem quer ler quadrinhos com uma proposta diferente é uma boa pedida.

Original Sin #1 (of 8)


Original Sin é o evento de verão em 2014 na Marvel. Como já anunciado aos quatro ventos pela editora em inúmeros previews a trama principal tem início com o assassinato do Vigia Uatu. O crime inicia uma investigação no universo Marvel que envolve Os Vingadores, membros do Quarteto Fantástico, X-Men, Guardiões da galáxia, a SH.I.E.L.D., a E.S.P.A.D.A., anti-heróis como Cavaleiro da Lua e Justiceiro e trás de volta o bom e velho Nicholas Fury a ação.
Nesta primeira edição Jason Aaron consegue atingir o equilíbrio complicado entre tornar a história interessante e relevante e ao mesmo tempo simples de entender e acompanhar se você for um leitor novo. Parece fácil, mas isso é uma das coisas mais complicadas atualmente pra um autor de HQ, principalmente em editoras com tantos personagens e títulos como A Marvel. A apresentação e contextualização do Vigia é feita brilhantemente em uma página dupla. O elenco é apresentado em pequenas caixas de texto em meio a história com legendas bem humoradas e a trama é muito tranquila de acompanhar. Os diálogos entre os persoangens são tão naturais que até estranhei pra um trabalho do Aaron. Um exemplo perfeito de diálogos humanos é uma das cenas em um jantar num diner na qual vemos Nick Fury contando uma história sobre a Segunda Guerra. Na mesa estão Wolverine, Steve Rogers e a Viúva Negra e o diálogo é tão bem escrito que o leitor acredita mesmo que essas pessoas tem um passado em comum e várias experiências boas e ruins juntos.
A arte precisa de um parágrafo separado e bem grande pra ser resenhada porque P@#$% QUE P$@#%&, MERMÃO! O que Mike Deodato faz aqui é nada menos do que épico. A HQ toda transpira grandiosidade. A apresentação de cada um dos personagens é cuidadosa e impactante visualmente (O quadro com a primeira cena do Justiceiro é o meu favorito). Deodato entende como cada um desses personagens é essencialmente e os interpreta de maneira diferenciada: O Homem-Aranha é esguio, Capitão América e Justiceiro são militares, Gamora e Viúva Negra são assassinas e Wolverine é um baixinho feio pra caralho. É assim que esses personagens foram concebidos e é assim que o desenhista os representa aqui. O traço do artista é cru nas partes mais “gore” da revista e suave e belo nas passagens “cósmicas”. A colaboração com o colorista Frank Martin já é familiar pra quem acompanha o artista. Temos aqueles tons mais foscos e escuros de cor que deixam toda a arte com aspecto de pintura e reforçam o clima noir da trama. Sem querer soar demagogo é muito bom ler uma HQ com esse nível de arte desenhada por um Brasileiro.
Original Sin #1 é uma edição introdutória. Tem seus clichês de primeira edição sim. No entanto apesar do escopo grandioso a trama é abordada de maneira extremamente íntima por Jason Aaron. A HQ lembra bastante Crise de Identidade da DC Comics onde vemos personagens grandiosos em uma situação com repercussões enormes mas que tratada com muita humanidade. Ótimo ponto de partida e ótima leitura tanto para os antigos fãs da Marvel quanto para quem quer começar agora.