Após o run de Scott Lobdell na estréia dos Novos 52, considerado pelos fãs da série como desastroso (eu particualrmente só achei fraco) a DC Comics faz uma nova tentativa com a franquia Teen Titans, agora sob a batuta do roteirista Will Pfeifer (Red Hood and the Outlaws e Gotham Knights). Muito se criticou quando a editora revelou a capa da primeira edição e esqueceu-se que, apesar da capa ser realmente meio desforme o que importa é o conteúdo do título. Então vamos lá:

Will Pfeifer faz tudo conforme o manual de estréia de títulos de grupos de super-heróis: Bastante ação, diálogos curtos, pequenas caixas de texto apresentando os personagens, um alívio cômico aqui e ali e uma ameaça bem genérica que logicamente não é totalmente eliminada na primeira edição, deixando aquele gancho maroto para os próximos números. O elenco atual é composto por Red Robin, Bunker, Wonder Girl, Ravena e Mutano. Cinco integrantes, o que é suficiente pra criar uma dinâmica legal de equipe sem confundir muito o leitor casual. Casual é a palavra chave. Se você for com muita sede ou expectativa a essa leitura provavelmente vai se decepcionar. A HQ toda é pensada pra uma faixa etária mais jovem mesmo e não tem nada de muito profundo nos temas aqui abordados.
A arte de Kenneth Rocafort foi estraçalhada pela crítica principalmente na época da divulgação da capa desta edição por retratar Wonder Girl com seios desproporcionais a sua faixa etária e alguns probleminhas de perspectiva e enquadramento. Se você se incomoda com este tipo de coisa é bom nem pegar este título. De resto o trabalho do artista aqui é razoável. Temos boas cenas de ação apesar de Kenneth se embebedar na fonte de Jim Lee na fase dos X-Men na década de 1990. Pra quem ainda acha "massavéi" este tipo de arte, Teen Titans é um prato cheio.
Teen Titans 1 é uma proposta um pouco mais simples do que a de seu volume anterior. O cast é enxuto e coeso e a história faz um feijão com arroz e não escorrega nas próprias pernas. Entretanto esta primeira edição é primordialmente voltada para um público casual e não apresenta um pingo de profundidade ou originalidade. A arte é mediana, mas não chega a comprometer este lançamento que não deve gerar estardalhaço entre os fãs, mas também não vai cativá-los tão facilmente.
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