A esta altura de "Original Sin" você, assim como eu, deve estar louco pra saber quem matou o Vigia. Principalmente por conta da pausa dramática para os flashbacks da quinta edição. Nesta sexta parte do misterioso evento de verão da Marvel Nick Fury revela (ou não?) quais foram suas intenções ao recrutar o grupo de personagens que investigavam os surreais assassinatos que ocorreram no subterrâneo da Terra, no espaço e até em outras dimensões. Aqui voltamos também ao núcleo narrativo composto pelo Doutor Midas e sua filha Exterminatrix e ainda vemos que os Vingadores não estão de bobeira e já sacaram mais ou menos qual é a do velho Nick.

Jason Aaron escreve uma edição que mantém o leitor devorando as páginas do início até o final. O roteirista neste número consegue dosar muito bem a quantidade de informação que coloca nos diálogos. Dessa forma o leitor é instigado sem se sentir enrolado. É tudo que eu particularmente espero de uma trama de mistério. A história avança em todos os núcleos e além de um papo muito bem escrito entre Fury e seu grupo de novos "recrutas" temos uma certa dose de ação em uma batalha no satélite secreto quando os Vingadores (ótima formação diga-se de passagem) chegam com o pé na porta querendo explicações. No final temos um mini-cliffhanger que prepara o terreno para a próxima edição que promete ser de muita ação e revelações ainda mais impactantes.
Já no sexto número de "Original Sin" fica até redundante falar da arte de Mike Deodato. Particularmente até nas edições em que o roteiro não me agradou tanto o time de artistas que além do brasileiro conta com o coloritsta Frank Martin se manteve como uma âncora de qualidade entregando sempre um trabalho muito bem pensado, executado e bem acabado. Nesta revista aqui não há o que acrescentar. Eu poderia falar da bela página de abertura com o navio pesqueiro "Ana Julia" e os quadros angulares que dão profundidade e originalidade ao enquadramento. Ou poderia mencionar as cenas de batalha com os LMD de Fury que são cheias de energia e brutalidade (com direito a decapitação e uma voadora do Pantera Negra). Mas acho que a parte que mais me emocionou aqui é a cena entre Fury e o Vigia. A vulnerabilidade que os desenhos dão ao espião e a expressão de sofrimento no rosto de Nick enquanto o Vigia tem um semblante beirando o sadismo valem o preço de capa. Novamente um ótimo trabalho gráfico. Ah, e ainda temos Deodato desenhando o Hulk, que pra mim sempre é especial.
Bom, já falei muito e se você aguentou ler uma resenha com tanta rasgação de seda meus parabéns. Se você também acompanha este blog sabe que eu não ganho nada pra falar bem de nenhum título. Então quando digo que Original Sin 6 é um ótima leitura, acredite, estou dizendo a mais pura verdade. E que venha a sétima edição.
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