
No meio do Rio de Janeiro, Barbara Gordon procura por um ator de novelas (É isso mesmo!) que foi filmado durante aquele incidente no metrô de Gotham que levou a prisão de James Gordon. Lá ela enfrenta a vilã Escorpiana (alguém lembra?) e receba ajuda de El Gaucho, o Batman Argentino (Pra quem não está familiarizado com esse elenco meio bizarro sugiro uma leitura de Batman Inc. do Morrison) e do Capuz Vermelho. Voltando à Gotham, Julia Pennyworth ainda está muito ferida após o confronto em Hong Kong e é tratada por seu pai, Alfred. Stephanie Brown finalmente descobre a origem secreta de seu pai, o vilão Cluemaster. No cemitério da cidade temos um encontro melancólico entre Selyna Kyle e Batman.
Apesar de termos bastante ação nesta edição o foco demasiado do roteiro em Batgirl, Capuz Vermelho e a situação no Rio de Janeiro parece uma tentativa da equipe de roteiristas de forçar uma barra pra "internacionalizar" a família morcego. Toda a parte no Brasil é cheia de ação, mas soa desnecessária e descolada do contexto geral da série. Não achei um argumento objetivo aqui e nem muito construtivo. Tirando as curtas cenas de Stephanie Brown todo o conteúdo aqui é bem chatinho.
A arte de Iam Bertram é sim um salto de originalidade em relação aos desenhistas anteriores. O estilo do cara é muito distinto e lembra (de longe) aqueles desenhos meio disformes e cartunescos de Rafael Grampá, no entanto não chega nem perto do trabalho do Brasileiro. Os personagens tem um visual bem fantasiosos e nada realistas. Particularmente pra que um artista me faça gostar deste tipo de trabalho gráfico ele precisa ser MUITO foda, como Grampá. Não é o caso aqui. O Rio de Janeiro é retratado de forma genérica na HQ, e tirando alguns painéis pequenos, com paisagens mais marcantes, não tem nada que diferencie muito o cenário da cidade.
Batman Eternal 11 é uma edição bem fraquinha. Principalmente por causa do roteiro. Excluindo a passagem com Stephanie Brown não tem nada de muito interessante pra ler aqui. A arte não é ruim, mas esse estilo não me agrada. A história não se move e as cenas no Brasil parecem deslocadas da trama geral.
Nenhum comentário:
Postar um comentário