segunda-feira, 28 de julho de 2014

Batman Eternal (2014-) #11

Batman Eternal 11 nos leva até a cidade maravilhosa.
No meio do Rio de Janeiro, Barbara Gordon procura por um ator de novelas (É isso mesmo!) que foi filmado durante aquele incidente no metrô de Gotham que levou a prisão de James Gordon. Lá ela enfrenta a vilã Escorpiana (alguém lembra?) e receba ajuda de El Gaucho, o Batman Argentino (Pra quem não está familiarizado com esse elenco meio bizarro sugiro uma leitura de Batman Inc. do Morrison) e do Capuz Vermelho. Voltando à Gotham, Julia Pennyworth ainda está muito ferida após o confronto em Hong Kong e é tratada por seu pai, Alfred. Stephanie Brown finalmente descobre a origem secreta de seu pai, o vilão Cluemaster. No cemitério da cidade temos um encontro melancólico entre Selyna Kyle e Batman.
Apesar de termos bastante ação nesta edição o foco demasiado do roteiro em Batgirl, Capuz Vermelho e a situação no Rio de Janeiro parece uma tentativa da equipe de roteiristas de forçar uma barra pra "internacionalizar" a família morcego. Toda a parte no Brasil é cheia de ação, mas soa desnecessária e descolada do contexto geral da série. Não achei um argumento objetivo aqui e nem muito construtivo. Tirando as curtas cenas de Stephanie Brown todo o conteúdo aqui é bem chatinho.
A arte de Iam Bertram é sim um salto de originalidade em relação aos desenhistas anteriores. O estilo do cara é muito distinto e lembra (de longe) aqueles desenhos meio disformes e cartunescos de Rafael Grampá, no entanto não chega nem perto do trabalho do Brasileiro. Os personagens tem um visual bem fantasiosos e nada realistas. Particularmente pra que um artista me faça gostar deste tipo de trabalho gráfico ele precisa ser MUITO foda, como Grampá. Não é o caso aqui. O Rio de Janeiro é retratado de forma genérica na HQ, e tirando alguns painéis pequenos, com paisagens mais marcantes, não tem nada que diferencie muito o cenário da cidade.
Batman Eternal 11 é uma edição bem fraquinha. Principalmente por causa do roteiro. Excluindo a passagem com Stephanie Brown não tem nada de muito interessante pra ler aqui. A arte não é ruim, mas esse estilo não me agrada. A história não se move e as cenas no Brasil parecem deslocadas da trama geral.

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