quarta-feira, 30 de julho de 2014

Batman (2011-) #32

Penúltima parte do arco que conta como foi o primeiro ano de Bruce Wayne como Batman. Zero Year chega a sua 12ª parte enquanto o Cavaleiro das Trevas e Lucius Fox finalmente conseguem acessar a rede de comunicações do Charada, que domina e controla toda Gotham City, agora uma cidade selvagem.
Pra quem está curtindo esse Batman-McGuyver é uma edição excelente, com o Morcegão e Fox invadindo e descobrindo finalmente de onde o Charada está controlando a cidade.
Scott Snyder entrega uma edição onde as sementes que foram plantadas nos números anteriores podem finalmente ser colhidas. Tirando um pequeno flashback sobre o passado de um certo mordomo tudo aqui tem um ar de frescor e novidade, mesmo em uma mitologia tão esgotada como a do Batman. Esse é o tipo de edição em que você torce pelo protagonista o tempo todo e isso renova um pouco sua fé na franquia. O roteirista prova que não custa muito escrever uma história simples e boa, se houver dedicação, tempo hábil e capricho de quem trabalha.O Charada é elevado a um patamar digno de sua história na DC Comics e as páginas finais aqui são tensas e chegam a irritar pois eu queria ler mais coisa.
A arte de Greg Capullo com finalização de Danny Miki é um exemplo de originalidade, clareza, classe, boas idéias de enquadramente e um acabamento singular. Seja nas páginas povoadas de pequenos quadros e recheadas com balões de diálogos, ou na sequência final com quadros maiores e épicos o trabalho desse time de arte já está eternizado na história do Cavaleiro das Trevas. É uma das equipes de arte mais competentes que já rabiscou um Batman na história da DC Comics. E isso é dizer muito.
Batman 32 é irritante de tão boa. Eu queria uma double-size que fechasse logo esse arco pois a tensão que Snyder conseguiu imprimir nesta última parte (chamada "Savage City") é insuportável pra quem é fã do morcego. Aconselho ler tudo de uma vez, mensalmente é desgastante. De qualquer maneira não considere isso como uma crítica negativa. Minha irritação só é um mero reflexo da qualidade do roteiro de Synder, que deixa o leitor roendo unhas e pronto para as próximas edições. Com uma arte extraordinária o penúltimo capítulo de Zero Year é uma leitura de alto nível digna do protagonista e desse elenco imortal.

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