terça-feira, 29 de julho de 2014

Avengers (2012-) #32

Capitão América, Viúva Negra e Starbrand 5000 anos no futuro. Contemple a inevitabilidade dos fatos, Capita! O que restou dos Vingadores que foram passear pelo fluxo temporal (os demais já voltaram para 2014) tem muitas respostas sobre as incurssões, sobre o final da saga anterior "Rogue Planet" e sobre o futuro de todo o multiverso Marvel. O guia desta edição é Franklin Richards, o onipotente rebento do primeiro casal da Marvel. Franklin revela duras verdades ao Capitão e sana muitas dúvidas de todos nós que estávamos meio que boiando.No final uma pequena surpresa cósmica em relação ao jardim onde o encontro entre os protagonistas ocorre. Empolgante.
Essa é uma daquelas edições brilhantes de Jonathan Hickman (já era tempo). O autor retribui toda a nossa paciência com diálogos extremamente bem escritos entre Franklin e o Capitão América sobre os fundamentos do espaço-tempo. Com um mínimo de massa cinzenta você consegue entender muita coisa que parecia só ter explicação na cabeça do autor e o leitor torce pra que o escopo proposto por esta edição se estenda para todo o Universo Marvel.
A arte de Leinil Francis Yu até me agradou nesta edição. Não sei se intencionalmente, mas os quadros estão mais retos e o enquadramento das cenas é mais "normal". A caracterização continua inadequada (minha opinião) pra este tipo de título, mas a arte aqui atendeu às minhas expectativas.
É muito bom ler uma edição como esta. Um argumento adulto e com conceitos filosóficos sobre a existência da Marvel, mas justo e inteligível pra quem está pagando pelo preço da capa. A revista toda não tem UMA cena de ação e mesmo assim prendeu a minha atenção mais do que o decote da Skye em Agents of S.H.I.E.L.D. Isso tudo porque o autor teve o cuidado de aplicar seus dons na medida em que o leitor mais casual possa compreender, mas sem alienar o cara que estava curtindo seus conceitos loucos de ficção. Avengers 32 é o balanço perfeito e me lembra muito a fase Hickman no Quarteto Fantástico, onde a sensibilidade e a ficção se misturavam perfeitamente. O formato meio "Fantasmas de Scrooge" colocando o foco no Capitão durante os saltos temporais é uma sacada genial e torço de todo o coração pra que o tom permaneça assim nas próximas edições.

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