Sobre esta edição especificamente é interessante notar que ela começa fazendo uma ótima retrospectiva da história de Damian que data desde antes dos Novos 52. O flashback é bem objetivo e ótimo para situar novos leitores além de relembrar alguns momentos marcantes da curta carreira do jovem para os leitores mais antigos.

Não é um início muito promissor para a volta de Damian. Temos bastante ação durante praticamanete todas as 39 páginas desta edição. Mas acho que juntar Darkseid e o tal cristal do caos com o retorno de Robin desviou um pouco o foco do jovem para outra trama. Isso acaba deixando Robin e a própria situação de Batman meio que em segundo plano desde que lemos a palavra "Darkseid" na HQ.
A arte de Andy Kubert sinceramente nunca me agradou nem na época em que Jubileu ainda era virgem. Não sou fã do traço do cara e acho que o artista foi uma escolha errada para este One-Shot que tem um tamanho um pouco estendido. Você nota claramente que a medida em que a história avança o design de página e os quadros vão ficando mais degradados e corridos. Existem cenas realmente lamentáveis (a das baleias) nesta HQ e isso poderia ser evitado escalando um artista menos relapso e mais caprichoso como o próprio Patrick Gleason que já trabalha com Tomasi em Batman and Robin.
Apesar do foco da narrativa não ser Robin e nem muito o Batman dá pra se divertir lendo esta edição. Omega é um início que empolga não pela expectativa do retorno de Damian Wayne, mas sim pela volta de Apokolips ao Universo DC pós-Novos 52. Talvez Peter J. Tomasi tenha feito isto intencionalmente, meu palpite é que o autor mirou no que viu e acertou o que não viu. A arte desta edição poderia e deveria ser muito melhor. O roteiro que é pura ação pode acabar agradando o leitor exclusivamente pelo prazer de ver cenas de batalha entre heróis da Terra contra seres de outra dimensão. A justificativa para essa batalha no entanto é fraca e não convence quem está lendo.
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