Eu adoro escrever resenhas de HQ. Ler alguma coisa e posteriormente dar minha opinião sobre o título é muito prazeroso e esse é realmente o único motivo para eu estar acompanhando Uncanny Avengers hoje em dia. Nesta edição o que restou dos Fabulosos Vingadores se junta aos Chrono Corps de Kang e partem para cima do Conselho-X (se você quer se situar nessa bagunça leia o review da edição 19. Tem um resumo bem condensado sobre a situação no Planeta-X). Alex Summers consegue convencer seu irmão Scott a ajudá-lo e temos cenas de luta entre os X-Men e a nova X-Force (que é praticamente a antiga irmandade de mutantes). No final Thor recupera o machado Jarnbjorn e o time consegue transferir suas mentes para o passado novamente.
Bom, o trabalho de Rick Remender em Uncanny Avengers ficou bem desinteressante desde o início deste arco. Não existe gancho narrativo que prenda a atenção do leitor. Isso se explica principalmente porque o universo proposto pelo autor no título é hermético, passageiro e convenhamos: Todo mundo sabe que no final isso tudo aqui volta ao "normal". Então essa premissa de uma nova "Era dos mutantes" não convence ninguém. O que temos aqui é um elenco ENORME de versões "futuras-alternativas" dos seus personagens favoritos lutando entre si sem muita exploração de personalidades ou desenvolvimento de conflitos. O objetivo da equipe é simplório: Voltar no tempo e consertar tudo. Então se você gosta de ser enganado, boa viagem.
A arte de Daniel Acuna é uma péssima escolha para este título. O traço simplificado e meio rústico do desenhista não combina nem um pouco com a escala épica do arco e apesar do design dos personagens ser interessante a execução das cenas é pobre e sem apelo. Particularmente prefiro artistas como Acuna em HQs solo de personagens "urbanos". O surrealismo e a ficção não ganham em nada com este tipo de arte menos detalhada.
Uncanny Avengers 20 é uma HQ com bastante ação e cenas de luta. Se isso for suficiente para você pegar esta edição, fique a vontade. No entanto continuo achando o arco simplório, raso e por vezes confuso. O elenco é inchado demais e o universo criado por Rick Remender não encanta pois não consegue convencer quem lê de que aquilo ali é permanente. A arte é inadequada e nem um pouco épica e a HQ não oferece nada de interessante ao leitor tanto de Vingadores quanto de X-Men.
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