Resumo: A saga multiversal de Grant Morrison chega ao seu final. Veja a resenha.
É o fim. Chegamos à nona e última parte da série multiversal escrita por Grant Morrison. Esta edição retorna à linha narrativa estabelecida na primeira parte do arco, encerra a saga e nos mostra o destino do último dos monitores do multiverso DC, Nix Uotan.
É o fim. Chegamos à nona e última parte da série multiversal escrita por Grant Morrison. Esta edição retorna à linha narrativa estabelecida na primeira parte do arco, encerra a saga e nos mostra o destino do último dos monitores do multiverso DC, Nix Uotan.
Apesar da grande quantidade de informação (muitos personagens em múltiplas versões, diversas Terras, um festival de referências à história da editora e toda a já característica metalinguagem que permeou a série como um todo) empacotada nesta edição de Multiversity se formos destilar a trama até seu âmago, teremos um roteiro bastante simples para a conclusão do evento. Aqui somos apresentados ao arriscado plano de Nix Uotan para salvar o Multiverso, a formação definitiva de uma equipe destinada exclusivamente a conter ameaças multiversais, vemos pistas da origem dos misteriosos seres (chamados "Gentry") que ameaçam a existência do Universo DC e finalmente entendemos como as benditas "revistas amaldiçoadas" se interligam e contribuem para restabelecer a ordem na chamada "Casa dos Heróis".

E a arte? Na verdade qualquer resenha de The Multiversity deveria ser iniciada com um parágrafo exaltando o trabalho do Brasileiro Ivan Reis. Esta edição é uma verdadeira "pedreira" para o ilustrador (e toda a equipe de arte) e o sujeito tira de letra. Imagine um roteiro mega-multiversal totalmente abstrato com 49 páginas escrito por Grant Morrison. Agora imagine este mesmo roteiro fazendo referência a oito histórias prévias totalmente surtadas com mais de 40 personagens super-heroicos com os designs mais variados lutando e se matando. Imaginou? O grau de dificuldade para o artista é altíssimo e Reis não decepciona. Isto aqui é tudo que se espera de um puta final épico de saga super-heroica clássica. Um exército de fantasiados desenhados da maneira mais bonita que se pode esperar em cenas que desde já se tornaram clássicos da editora. Não acredita? Então veja as passagens mostrando o Capitão Cenoura, a Aquawoman em ação, a Família Marvel os Gentry e a aparição espetacular do Super Demônio e diga se não são de tirar o fôlego. Reis pode se orgulhar de entregar a edição visualmente mais épica de toda a saga com esta conclusão. Isso tudo no meio de um plantel de artistas do mais alto nível. Uma verdadeira vitória em forma de arte em uma das edições mais complicadas de se trabalhar em toda a saga.
The Multiversity #2 definitivamente não é uma HQ para detratores de Grant Morrison. Se você tem ressalvas quanto aos devaneios do roteirista fique longe disso (na verdade já deveria estar longe há algum tempo). Para os fãs de suas "morrisagens" isto é o presente definitivo. O autor consegue dosar sua loucura e metalinguagem até o limite da auto indulgência e entrega uma ótima história épica recheada com tudo aquilo que nos faz amar seu trabalho, mas sem a enrolação que por vezes lhe é característica. Esta edição fecha brilhantemente um evento inovador e clássico que celebra o que há de melhor no Multiverso DC e abre um novo leque de possibilidades para roteiristas que se aventurem a explorar o conceito.
Se você quiser saber mais sobre esta super saga da DC Comics leia as resenhas individuais de cada uma das partes de The Multiversity e divirta-se.
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