Edição comemorativa! O retorno de Al Simmons - O Spawn original.
Conforme anunciado pelo próprio criador de Spawn, Todd McFarlane a única certeza sobre esta edição 250 de Spawn é que Al Simmons está de volta. Nesta edição comemorativa com tamanho triplo (70 páginas) temos o clímax do arco atual e o início de uma nova fase na publicação do soldado do inferno.

A arte nesta edição é um excelente trabalho de Szymon Kudranski. O traço do artista regular de Spawn é foto-realista na medida certa, deixando a revista com um tom menos caricato do que outrora, mas sem puxar muito para o realismo. Um equilíbrio bem delicado em uma publicação com protagonistas sobrenaturais com é o caso de Spawn. Felizmente a HQ tem um visual incrível e cativante, principalmente para quem não estava acompanhando o trabalho do ilustrador neste título.
A realidade sobre Spawn #250 é que a revista é muito mais uma conclusão de arco do que um recomeço para o título. Temos sim o esperado retorno de Simmons no final da edição, mas em grande parte o autor gasta páginas tentando deixar mais grave a situação em Nova Iorque e finalizando a passagem de Jim Downing na publicação. Algumas pontas soltas permanecem e isso é até um ponto positivo para o futuro da revista, mas o fato é que não dá pra ler Spawn #250 como uma edição número 1 pois ela não é. A arte por sua vez é caprichadíssima e totalmente de acordo com o tom do roteiro de McFarlane. Por muitas vezes vemos o Spawn sob a ótica de outros personagens, o que dá um novo ar ao personagem, o tornando mais estranho e misterioso do que suas encarnações prévias. As cenas de batalha são magníficas e o final, apesar de meio abrupto é sim empolgante pra quem curte Al Simmons. O saldo é o seguinte: Spawn #250 não é ruim, mas também não é fácil de ler. Temos muita coisa confusa para novos leitores assim como leitores que pararam de acompanhar o título na década passada. Apesar disso a história é boa e suas 70 páginas passam voando. Mesmo não sendo uma edição brilhante (mesmo porque McFarlane nunca foi um exímio roteirista) a proposta deixada pelo autor na publicação é garantia de histórias no mínimo interessantes no futuro próximo.
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