terça-feira, 31 de março de 2015

HQ do Dia | The Valiant - A Saga Completa

Uma saga do jeito certo. 

The Valiant é uma mini-série mensal em quatro partes lançada no final de 2014 que teve sua última parte publicada agora em Março e reuniu praticamente todo o elenco do novo Universo Valiant contra um inimigo comum. A mini foi concebida e escrita por Matt Kindt e Jeff Lemire e desenhada pelo astro Paolo Rivera - Que nós entrevistamos exclusivamente esse mês.
A premissa da saga é extremamente simples: O Guerreiro Eterno, Gilad Anni Padda é o protetor designado dos seres chamados Geomancers. O Geomancer é uma espécie de divindade no Universo Valiant que tem total conexão com o Planeta Terra e as forças da natureza e que encarna em seres humanos normais durante a história da humanidade. Para cada vez que surge um novo Geomancer surge também a entidade maligna denominada o Inimigo Imortal. O Inimigo Imortal é a encarnação do mal e das trevas e tem o único objetivo de destruir os Geomancers. Durante sua carreira como protetor dos Geomancers o Guerreiro Eterno fracassou três vezes e após a morte de cada um desses Geomancers pelas mãos do Inimigo Imortal o Planeta entrou em uma era de trevas. A mais nova Geomancer do Universo Valiant e a jovem ex-assistente de relações públicas chamada Kay McHenry e agora ela, Gilad e todo o Universo Valiant terão de lutar contra o Inimigo Imortal para evitar uma nova era de escuridão.

O roteiro de Kindt e Lemire na primeira edição dá um panorama geral das interações entre Gilad, os antigos Geomancers e o Inimigo durante os séculos e vai se desenvolvendo de forma bem clara e objetiva até os tempos atuais. O leitor presencia de maneira bem simples, direta e brutal os fracassos do protagonista em proteger as divindades. Em um linha narrativa paralela vemos Bloodshot em uma missão que parece não ter relação com a trama principal até que o Inimigo surge nos tempos atuais e o soldado pálido se torna um improvável protetor da nova Geomancer. Sabiamente os roteiristas selecionam alguns elementos do grande elenco e focam a mini-série nestes personagens. Então temos como principais protagonistas Kay, Bloodshot, Nijak e logicamente o Guerreiro Eterno como o elenco principal da saga. A trama se desenrola de forma simples como não se vê há tempos em termos de grandes eventos - por um lado temos um conflito desesperado entre a coalizão de super-seres da editora tentando parar a máquina da morte que é o Inimigo Imortal e em uma subtrama temos uma improvável relação que se desenvolve entre Kay e Bloodshot durante o conflito, lembrando muito a relação entre personagens como T-800 e o jovem John Connor em Exterminador do Futuro 2. O destaque da história vai para a representação do antagonista, que devido a um poder de manipulação de temores protagoniza ótimas cenas com todo este elenco. O Inimigo Imortal é ameaçador e carismático ao mesmo tempo e sua motivação é clara. A alternância muito bem feita entre o grandioso e o íntimo durante praticamente toda a saga é uma ideia simples, mas que funciona perfeitamente para leitores que só querem ler algo descomplicado e bem escrito. 


A arte em The Valiant merece um post separado (e nós fizemos). No geral é um dos trabalhos mais desafiadores da carreira de Paolo Rivera. O desenhista e seu pai (Joe - arte finalista em todos os trabalhos do filho) tem um elenco relativamente grande em suas mãos, uma trama que se passa em diversos períodos históricos bem distintos, cenas íntimas que tem que passar sentimento e um vilão que tem que convencer visualmente o leitor de que é uma "pica sem tamanho". E os caras entregam muito mais do que isso na mini-série. O trabalho dos Rivera em The Valiant é meticuloso, detalhado, impactante, horrível e emocionante nas horas certas e vai ficar marcado como uma das melhores apresentações gráficas em mini-séries da história editora. O design do antagonista (e as mudanças que o mesmo sofre a medida em que o tempo passa) é destruidor. As cenas de batalha são cenas de batalha de verdade. As expressões faciais e interpretações são precisas. Os cenários são muito bem acabados e a colorização é sóbria, limpa e sem sacanagens e ou artifícios pra disfarçar falhas na arte. Um trabalho que vale muito mais que o preço de capa.

The Valiant já é a melhor coisa da Valiant em 2015. A saga atende o clamor do leitor tradicional de quadrinhos por uma história simples envolvendo todo um universo de super-heróis com um premissa compreensível, um antagonista relevante, uma arte de qualidade, um final nem um pouco típico (não é o que você espera e nem o que você quer ler) e principalmente REPERCUSSÕES que mudem algo na editora. Não é difícil agradar quem curte bons quadrinhos e a equipe criativa em The Valiant dá uma aula de como fazer gibi de super-heróis. Não é ótimo. Não é excelente. Pra quem é leitor do Universo Valiant isso aqui é essencial.     

sexta-feira, 27 de março de 2015

HQ do Dia | Bill & Ted's Most Triumphant Return

O retorno triunfal dos Garanhões Selvagens.

A editora BOOM! Studios começou uma iniciativa extremamente positiva resgatando ícones do entretenimento das décadas de 1980/90 com o lançamento da revista em quadrinhos baseada em Aventureiros do Bairro Proibido em 2014. A ideia fez tanto sucesso entre leitores, fãs e crítica que a empresa resolveu investir em outra franquia adorada pelos saudosistas e agora em Março temos o lançamento da primeira edição da HQ baseada em Bill S. Preston e Ted "Theodore" Logan - Os Garanhões Selvagens

(Pausa para você fazer o "Air Guitar" e proferir um "Arrebentou!")

Se você não conhece Bill & Ted faça um favor a si mesmo e assista os dois filmes (Bill & Ted - Uma
aventura fantástica e Bill & Ted - Dois loucos no tempo) da franquia criada por Chris Matheson e Ed Solomon. Se você já conhece a dupla de viajantes do tempo bem vindo de volta a San Dimas. O chamado "retorno triunfal" se passa cronologicamente logo após os eventos do segundo filme da franquia. Após vencer a Batalha das Bandas com sua primeira canção, os Garanhões Selvagens aqui tem a árdua missão de compor algo tão impactante quanto seu primeiro petardo e cumprir seu destino como os Messias da harmonia intergalática. Na história escrita por Brian Lynch, acompanhamos o que muda na vida dos dois jovens e de todo o indefectível elenco de apoio deste universo após a primeira vitória da dupla. Então se você estava com saudades das Princesas, dos Bebês, dos Bons Robôs Bill e Ted, dos Divinos e da Morte regozije-se! Todos estes ícones estão aqui nestas páginas. Triumphant Return #1 é primeiramente um presente para os fãs da franquia e uma introdução a uma nova era de aventuras dos dois músicos. Os diálogos de Lynch são certeiros em termos de tom e vozes. Dá pra escutar Keanu Reeves e Alex Winter conversando aqui nestas páginas. A história é um pouco parada pois há muito o que recapitular e logicamente o roteirista precisa por novos leitores a par dos acontecimentos prévios, mas o humor inocente dos protagonistas e os conceitos absurdos de viagem no tempo estão todos lá. Se isso basta para te divertir, caia dentro da leitura. A revista ainda vem com uma história bônus muito divertida protagonizada pela dupla e seus robôs escrita por Ryan North - roteirista de A hora da aventura.

A arte na história principal em Bill & Ted é de Jerry Gaylord e o ilustrador usa um estilo 100% inspirado no desenho animado da década de 1990 (inspirado nos filmes). O traço é simples, o enquadramento é sóbrio e sem viagens e as caracterizações são muito bem feitas apesar de pouco detalhadas. O visual da história é basicamente o de um desenho animado adaptado para quadrinhos. Cenários bem coloridos e personagens distintos entre si. Na história bônus temos arte de Ian McGinty, basicamente no mesmo esquema cartoon de Gaylord, só um pouco mais estilizado e mais puxado para os desenhos animados contemporâneos do que o outro artista.

Se você está lendo essa resenha até aqui provavelmente é fã de Bill & Ted. Então, sinceramente essa HQ foi feita para você. Há um esforço sim para arrendar novos leitores nesta primeira edição, mas o cuidado com as caracterizações, a arte puxada para o desenho e o fato da história dar continuidade a trama do segundo filme da franquia são iscas muito claras para quem já conhece estes personagens. Isto aqui não é Bill & Ted para uma nova geração de leitores. Isto aqui é Bill & Ted para quem já curte Bill & Ted. Uma HQ simples e bem feita que resgata bem a essência desta franquia: A inocência meio imbecil dos protagonistas e sua inclinação para o bem - algo que, no mundo cínico e hostil de hoje é uma raridade. Em uma palavra - Excelente!   



quinta-feira, 26 de março de 2015

'Guerras Secretas' e 'Convergence' | A mesma história em editoras diferentes?



Este meio de ano é especial para os leitores de quadrinhos. Marvel e DC Comics preparam os terrenos para seus "Maiores eventos já contados" (ou algo do tipo) - Histórias envolvendo não só os Universos, mas sim os Multiversos da duas editoras. Ou seja, todas as realidades alternativas das duas editoras terão alguma participação nesses eventos de Primavera / Verão. 

Na Marvel a saga foi nomeada como Guerras Secretas - homenageando uma de suas sagas mais importantes. Na DC Comics o evento chama-se Convergence (Convergência) fazendo uma alusão a uma colisão entre suas múltiplas Terras.



As duas empresas sempre competiram e tiveram suas similaridades como é característica, mas analisando friamente as premissas e as circunstâncias envolvendo as sagas verificamos que elas são estranhamente parecidas.

Você duvida? Então vamos comparar:


Ambientada em um mundo no qual diversas "cidades" de várias dimensões do Multiverso são colocadas lado a lado.
Ambientada em um "Mundo de Batalha" no qual diversas regiões de várias dimensões do Multiverso co-existem.
Um poderoso vilão (Telos) é o responsável por reunir estas regiões em um local específico com um propósito nefasto.
Um poderoso vilão (Desconhecido) é o responsável por reunir estas regiões em um local específico com um propósito nefasto.
Mundo composto de dúzias de "cidades" separadas em domos.
Mundo composto por dúzias de "cidades" separadas por muralhas.
Haverá conflito entre os habitantes das "cidades".
Haverá conflito entre os habitantes das "cidades".
Eventos, personagens e elementos de diferentes realidades serão reintegrados na cronologia atual ao final da saga.
Eventos, personagens e elementos de diferentes realidades serão reintegrados na cronologia atual ao final da saga.
Localidades envolvidas incluem sagas favoritas dos fãs (Reino do Amanhã, Pré-Flashpoint, Século 30 Pré-Crise)
Localidades envolvidas incluem sagas favoritas dos fãs (Guerra Civil, Era do Apocalipse, Zumbis Marvel)
O evento é formado por uma mini-série em 8 partes e dúzias de pequenos tie-ins que substituem todas as revistas mensais durante seu curso.
O evento é formado por uma mini-série em 8 partes e dúzias de pequenos tie-ins que substituem todas as revistas mensais durante seu curso.

Ainda não é claro o que definitivamente acontecerá nas duas sagas e logicamente as duas se desenrolarão de maneiras distintas, mas com tantas similaridades em suas premissas básicas o leitor pode se perguntar se não se trata basicamente da mesma história.


Tanto Marvel quanto DC Comics afirmam que estas duas sagas serão as bases para os novos rumos de seus respectivos “novos universos”. No entanto é bem possível que as sagas tenham impactos mínimos como é costume nas editoras. 



Convergence começa no dia primeiro de Abril com a edição #0 e segue até o final de Maio. A série principal é escrita por Jeff King com artistas variados e terá publicação semanal. As 40 edições tie-ins serão histórias em 2 partes publicadas durante o curso da saga.

Guerras Secretas escrita por Jonathan Hickman com arte de Esad Ribic e capas de Alex Ross tem início em Maio e se estende até Agosto com tie-ins na maioria dos títulos mensais da editora durante o curso da saga.





quarta-feira, 25 de março de 2015

HQ do Dia | The Multiversity: Ultra Comics #1

Na penúltima parte de The Multiversity você é o protagonista.

No penúltimo capítulo do passeio de Grant Morrison pelo Multiverso DC somos levados até a Terra 33 mais conhecida como Terra Prime ou Primordial. Um mundo no qual as leis da física impossibilitam a existência de super-heróis. Portanto, para defender este universo de uma misteriosa e iminente ameaça é criado um ser que é meio meta-humano e meio revista em quadrinhos (Sim!). Este ser se chama Ultra Comics e é o protagonista que dá nome a esta verdadeira "Morrisagem" em forma de HQ.

Esqueça Homem-Animal, esqueça Sete Soldados, esqueça todas as demais edições de The
Multiversity lançadas até o momento. Ultra Comics é a mais ousada, experimental e insana incursão de Grant Morrison na sua própria história como autor de arte sequencial e você ao ler este material fará parte disso tudo. A revista começa com um aviso direto ao leitor de que o que está prestes a ler é uma armadilha e que nas próximas páginas tudo vai dar errado. Isso serve tanto como chacota quanto como alerta para os detratores do roteirista, do tipo: "Nem comecem a ler isso e se começarem estejam avisados." Durante o curso da história conhecemos a origem de Ultra Comics e como sua fisiologia é baseada fisicamente e mentalmente em histórias em quadrinhos e nas pessoas que estão lendo a história naquele momento (Sim, você!). Isso vai desde a composição de seu corpo até a constituição de sua personalidade e memórias. Aqui somos apresentados a ameaças alegóricas que devem ser combatidas pelo protagonista para salvar a Terra-33 e todo o Multiverso. A todo momento o autor envolve o próprio leitor como parte da história, seja com chamadas diretas a quem está lendo ou mesmo citações nas quais a pessoa que está lendo é mencionada (não nominalmente, é claro). A mente de Ultra é um coletivo de pensamentos de todos que estão lendo a revista naquele momento e o herói se utiliza disso para combater os antagonistas. Existe uma tênue espinha dorsal quase que invisível que guia a história em direção a seu próprio início e torna esta aventura cíclica e quase que infinita (Chegue ao final e leia de novo. Com certeza haverá alguma coisa que você interpretará de outra forma ou que não percebeu anteriormente), no entanto as páginas tem tanta (muita mesmo) alegoria, crítica em relação ao mercado atual de quadrinhos e metalinguagem que o leitor pode facilmente perder o fio da meada e se ver envolvido completamente pelos temas abordados esquecendo o roteiro básico. Tudo aqui descrito, escrito e mostrado tem um significado maior e faz referência ao nosso Universo aqui do outro lado das páginas. Afinal, a Terra 33 teoricamente é onde nós leitores vivemos. Em determinado momento o herói é inquirido com um comentário extremamente pertinente que você fará lendo (Sim. Você vai pensar EXATAMENTE isso no meio da história) e Morrison simplesmente leu a sua mente e colocou ali na página. Por outro lado para quem quer somente ler uma aventura de super-heróis Ultra Comics não deixa a desejar, apesar da confusão aparente a trama pode sim ser lida como uma mera aventura linear e tem um final bem dramático até.

Doug Mahnke é um dos maiores talentos da DC Comics atualmente e sua colaboração aqui com Christian Alamy, Mark Irwin, Keith Champagne, Jaime Mendoza traduzindo em imagens a loucura do autor é nada menos que perfeita. Ultra está vivo nessas páginas. Quando ele falar com você, tu vai ouvir sua voz na tua cabeça. A equipe de arte faz um trabalho magnífico evocando e homenageando eras, clichês e origens dos quadrinhos sempre mantendo o louco roteiro de Morrison amarrado, sob controle e tão concreto que dá vontade de falar com a revista. O que poderia ser um desastre visual nas mãos de uma equipe de arte que resolvesse viajar nas composições de páginas torna-se uma das edições single mais bem desenhadas do ano na editora.

Ultra Comics é um legado de Grant Morrison. Não é exatamente um legado vitorioso nem fracassado pois esta edição particularmente é muito controversa, extremamente experimental e plausível de inúmeros argumentos a seu favor e contra. Talvez por isso esta HQ tenha sido mostrada em todas as outras partes de The Multiversity como "infectada", "amaldiçoada" e como a danação do Multiverso. A história é um legado no sentido de que será discutida daqui pra frente infinitamente pelos fãs. A história é um legado no sentido de que dissolve amarras narrativas que pareciam invisíveis para este autor até o momento. A história é um legado principalmente no sentido de que demonstra como o roteirista se esforça para se reinventar e com isso reinventar o tipo de arte que se propõe a trabalhar. Morrison aqui é como um cientista buscando uma fonte alternativa de energia ou uma novo meio de transporte para a humanidade. O roteirista tenta a sorte, bota a cara a tapa e não tem medo da crítica (inclusive fazendo piada com a reação do público no meio da história). O fato é que gostando, não gostando, odiando ou mesmo escarnecendo com o popular "Meh" é impossível ler esta edição e passar incólume e não ficar pensando "o que diabos essa porra desse Careca Escocês quis dizer ali?". No final das contas qualquer material que te põe pra pensar da forma que Ultra Comics faz tem sim seus méritos.

DC Comics | Editora lança guia interativo de Convergence

Em preparação para o evento descrito como "A maior história na história da DC Comics" a editora lançou hoje um Guia Interativo com algumas informações sobre as Terras nas quais as histórias da saga serão contadas.


Na imagem acima podemos ver a imagem de divulgação com o novo vilão Telos flutuando a frente do painel com hexágonos em forma de colmeia. Mas no site da editora ao clicar sobre os hexágonos temos informações bem úteis sobre cada um desses universos. Por exemplo temos o Universo de Reino do Amanhã, a Gotham pré-Flashpoint, o Universo Fawcett entre outros.

Convergence é o evento multiversal de nove semanas da DC Comics que começa no dia primeiro de Abril com o lançamento de Convergence #0 e afeta todos os títulos da editora durante sua duração.





HQ do Dia | All-New Hawkeye #1

Os Gaviões Arqueiros estão de volta, mas eles não tinham ido a lugar algum.

Em uma estranha decisão editorial a Marvel lança no início de Março um novo título protagonizado pelo Gavião Arqueiro sem nem mesmo ter terminado de publicar o volume anterior da revista estrelada por Clint Barton. 

Não entendeu? Sabe aquela fase deliciosa do Gavião Arqueiro escrita por Matt Fraction e desenhada por David Aja atualmente sendo publicada em Capitão América & Gavião Arqueiro? Isso ainda não foi finalizado lá fora. O que acontece é que a Marvel antecipou o novo volume da revista do Gavião Arqueiro com um nova equipe criativa composta de Jeff Lemire e Ramon Perez e já lançou o material. 

Esta nova HQ se chama (pra variar um pouco) All-New Hawkeye e nos mostra na primeira edição duas histórias em épocas diferentes da carreira do Arqueiro Vingador. A primeira história é um flashback mostrando a infância de Clint e seu irmão Barney e sua dificuldade em se adaptar a lares adotivos. O tom da história é bem nostálgico e com leves tons de drama / fantasia infantil. Os dois irmãos são os protagonistas e não se vê os rostos de outros personagens que fazem parte destas passagens. Esse flashback é alternado com cenas mostrando uma aventura nos tempos atuais na qual Clint e Kate Bishop estão em uma daquelas missões "padrão Marvel" - Invadir uma fortaleza da Hydra. Ou seja,  bastante ação, piadinhas cretinas e flechas para todos os lados. As duas histórias se combinam e dão um panorama geral do protagonista no passado e presente e a história nos tempos atuais termina com um cliffhanger típico de primeiras edições, no entanto sem impacto algum pra quem lê. Os diálogos de Jeff Lemire são bons, mas é inevitável a comparação com o material anterior escrito por Matt Fraction na fase anterior / atual (sic). 

A arte do premiado Ramon Perez é de extremo bom gosto nesta estreia. O desenhista alterna entre um estilo "aquarelado" e bem etéreo de ilustração nos flashbacks e um traço reto, fosco com muita influência de tirinhas de jornal. Essa mistura inusitada torna a leitura muito interessante e disfarça a falta de profundidade do roteiro de Lemire. No final da edição os dois estilos se fundem e a divisão de quadros misturando os dois estilos de arte utilizada pelo desenhista acaba ganhando o leitor pelo capricho na execução e planejamento de cenas perfeito.

All-New Hawkeye é um desafio imenso e uma tarefa ingrata para essa equipe criativa que acaba de assumir. O volume anterior da revista injetou carisma e redefiniu a nova persona meio confusa, cafajeste, falha e atrapalhada de Clint Barton além preparar o terreno para que Kate Bishop pudesse se tornar muito mais do que uma mera coadjuvante. Infelizmente aqui a moça continua relegada a um papel meio secundário no título apesar de sua popularidade já ter sido comprovada em diversas ocasiões. É inevitável fazer uma comparação com a fase anterior (mesmo porque ela ainda não acabou) do personagem e a conclusão que chegamos é: O roteiro desta estreia não apresenta nada de espetacular e nas mãos de outro artista poderia se tornar enfadonho e cansativo. No entanto, o trabalho de Ramon Perez na primeira edição carrega a HQ nas costas e disfarça muito bem as limitações do autor.  


terça-feira, 24 de março de 2015

Marvel | Novos times de Vingadores, Defensores e Inumanos anunciados

Se utilizando de múltiplos canais a Marvel hoje revelou parcialmente seus planos para o futuro de três de seus títulos durante e pós-Guerras Secretas.

Primeiramente através do teaser abaixo do novo título The All-New, All Different Avengers desenhado por Jerome Opeña, no qual podemos ver a nova Ms. Marvel, Kamala Khan juntamente com anova Thor e as manjadas silhuetas usadas pela editora em seus teasers. Na capa da edição prévia a ser lançada no Free Comic Book Day (Dia dos quadrinhos grátis nos Estados Unidos) vemos também as mãos do que parece ser o Doutor Chen Lu, mais conhecido como o Homem Radioativo.


A Marvel ainda não anunciou a equipe criativa deste novo título dos Vingadores.

Se você gosta de adivinhações a editora hoje também revelou um outro teaser referente a nova revista Uncanny Ihumans no qual podemos ver a Rainha Medusa juntamente com o novo Inumano, Inferno e mais algumas silhuetas.


Além da imagem abaixo pouco se sabe sobre o novo time de Inumanos, no entanto há um anúncio prévio da editora referente ao retorno do Rei Boltagar, mais conhecido como Raio Negro às páginas do título da equipe.

Ainda sobre Guerras Secretas a editora revelou uma nova formação dos Defensores com equipe completa e liderada pela personagem Faiza Hussain, introduzida como Capitã Britânia na série de 2008 Captain Britain and MI: 13 escrita por Paul Cornell.

O novo título que se passa durante os eventos de Guerras Secretas chama-se Captain Britain and the Mighty Defenders e tem a equipe criativa formada por Al Ewing e Alan Davis.
O título que estreia em Julho tem uma equipe formada por Gatuno, Mulher-Hulk, Tigre Branca, Kid Resgate além da própria Faiza como Capitã Britânia. 


Captain Britain and the Mighty Defenders tem estreia prevista para Julho durante o evento Guerras Secretas.